quarta-feira, janeiro 17, 2007

403.ª etapa


ALGUMA COISA NÃO BATE CERTO...

Diz o meu amigo que, “tendo em conta o calendário de provas internacionais a disputar em Portugal… o número ideal de equipas Continentais (Profissionais ou não), não poderia ser inferior a nove nem superior a 12”.

Na minha… “tese”, defendo qualquer coisa entre as 3 ou 4 Profissioais (mais uma no topo), criando e enriquecendo, ao mesmo tempo, um pelotão de Elites.

Há, de facto, uma diferença muito grande entre os nossos dois pontos de vista.

Reconheço-lhe mais conhecimentos e maior autoridade para esgrimir argumentos neste aspecto, mas não deixo de tentar justificar a minha opinião. Para isso, paremos um breve instante para atentar no seguinte:

Equipas Continentais/Profisionais Continentais em…
…Espanha – 4 + 3 = 7
… França – 3 + 1 = 4
… Itália – 0 + 4 = 4
… PORTUGAL – 8 + 1 = 9

Corridas inscritas no Circuito Europeu (e só neste). Em…
… Espanha – 34
… França – 63
… Itália – 81
… PORTUGAL – 7

Com o devido respeito, aquele não me pareceu ter sido o melhor dos argumentos.

E aqui tenho de repetir – concordando, como referi na altura, com uma outra das pessoas que mais autoridade tem para falar nestas coisas – que não seria de todo despropositado o reforço do Calendário Nacional, onde as Equipas Elite competiriam, num ciclismo muito mais português; deixando as sete corridas internacionais para as equipas profissionais.

Ainda assim, teríamos quatro ou cinco equipas portuguesas, num pelotão que não precisaria de ultrapassar as 12 formações. Isto uma vez por mês. De Fevereiro a Agosto. As sete ou oito convidadas viriam, naturalmente, de Espanha, França, Itália (num exemplo académico, porque poderiam vir de qualquer outro país). Trariam alguns corredores que todos já conhecemos, mas também outros novos que aprenderíamos a conhecer.
Estas corridas internacionais teriam tudo para chamar o público à estrada. Para apoiar as formações portuguesas, que até estariam em minoria no pelotão, o que, a cada vitória alcançada, levaria o povo a senti-la como um triunfo nacional.

É um cenário que particularmente gosto de antever.
E, definitivamente, melhor do que ter 10 portuguesas em pelotões de 14 e, ainda assim deixarmos escapar as vitórias.
Veja-se o destaque que tem uma vitória de um piloto português no Dakar…

E porque é que eu acho que as quatro ou cinco teriam mais hipóteses de conquistar triunfos? Porque seriam mais fortes dos que as actuais 9 uma vez que os principais corredores, agora espalhados por nove formações, se concentrariam nessas quatro ou cinco… ou seis, contando com uma na Divisão de Topo.

Caro amigo, o número ideal de formações profisionais não tem, em definitivo, qualquer relação com o número de provas internacionais por país.
Ou então… anda muita gente enganada, por essa Europa fora…

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