quinta-feira, janeiro 04, 2007

389.ª etapa



ALEGAÇÕES FINAIS (PARTE 2)

A principal questão que deverão estar a por a vós mesmos é esta: Mas que corridas é que estas Equipas de Elite (não-profissionais) poderiam correr? Todas as da Classe 12.
O Troféu RDP-Algarve (que o Benfica não vai poder disputar…), a Volta ao Sotavento Algarvio, o Troféu Sérgio Paulinho, a Clássica da Primavera, a Volta a Terras de Santa Maria, a Clássica de Amarante, o Circuito Alpendre, o Troféu Reis Eusébio, o GP do Minho, a Volta ao Concelho de Albufeira, o Prémio Abimota, o Prémio Dolce Vita/Douro, os Campeonatos Nacionais Elite, o Prémio Barbot, o GP Vinhos da Estremadura e as clássicas (duas) da PAD, previstas no calendário…

Dezassete provas, 39 dias de competição.
Para Profissionais, com encargos muito superiores, por parte das equipas, é pouco. Para grupos não-profisionais… não me parece mal. E até poderia este calendário ser alargado para o ano. Que tudo isto só pode ser implementado para o ano.

Este ano já está feito, está feito! Pronto.

A possível divisão do espaço nacional em duas zonas, para evitar grandes deslocações, com as despesas daí inerentes… não me seduz.
E creio que terá ficado explicado ao longo deste trabalho o porquê.
A ideia, para que se promovesse uma intensa competitividade neste escalão era a da criação de uma competição nacional, como referi, estilo Taça de França, ou a antiga Taça do Mundo.
Ora, era imprescindível que todas as equipas, com todos os seus melhores corredores, cumprissem todas as provas.
Aliás, raciocinem comigo…

Ao fim da primeira corrida já ia haver um líder dessa competição, mas ia haver mais quatro ou cinco corredores muito próximo dele, pontualmente. Corredores, cujas equipas teriam o máximo interesse em fazer a corrida seguinte com o objectivo de tentarem alcançar o primeiro lugar nessa classificação por pontos. Pontos que se conquistavam mediante a colocação do corredor no final de cada etapa, no número de dias em que liderava uma classificação secundária e, claro, na ordenação final da geral individual, em cada prova.
E se os potenciais candidatos iam ter todo o interesse em se apresentarem na próxima corrida para tentarem destronar o líder, encontrado no final da primeira, é evidente que este ia querer estar lá para defender a sua posição.

Num pelotão que só poderia ser bastante equilibrado, em termos de valores, é grande a hipóteses de acontecerem várias alterações na classificação da, chamemos-lhe assim, Taça de Portugal.
E será esta a parte que vai atrair a Comunicação Social (CS).

Tomando exemplos de anos anteriores. Se houve - e já houve, e muitas vezes - quem não se interessasse pela prova… uma ao acaso, a Clássica da Primavera, por exemplo, no caso de se perspectivar que poderia vir a acontecer uma mudança de líder, estava ganho o interesse da CS.
Um corredor… (aqui é melhor inventar um nome). Por exemplo, se o Manel José Madeira, da equipa de Alverca, corredor de pelotão, que nunca dera nas vistas, que a CS até só sabe da existência pelas listas de inscritos, estivesse lesionado – estou a falar do sistema presente, aquele que ainda vai valer este ano – isso jamais seria notícia.
Mas se o Manel José Madeira liderasse a Classificação da Taça de Portugal e, em vésperas de uma corrida de 5 dias, onde muita coisa poderia ficar definida, ficasse lesionado… Exactamente!

Já perceberam.

Não só era notícia como era obrigatório dá-la. Provavelmente ouvi-lo e ouvir o seu técnico. E a recém inventada equipa de Alverca, que andara no pelotão Profissional durante anos, limitando-se a ganhar uma meta volante de três em três anos e que nunca conseguira uma linha nos jornais, se calhar tinha uma página. Mais de uma página, se se somasse o espaço dado por cada um dos jornais.

Outro exemplo?
Se a CS acha que não vale a pena ir fazer uma Clássica da PAD, porque “não acontece nada”… outra vez a mesma situação: se nessa mesma prova se antevissem mudanças na Taça de Portugal tinha que se fazer.
E imaginemos que, durante a temporada, há quatro ou cinco líderes dessa Taça de Portugal.
Vale a pena fazer uma entrevista de página ao vencedor de uma corrida de um dia, que, actualmente, não conta para totobola nenhum?

E se ao vencer essa mesma corria, esse mesmo corredor ascendesse à liderança da Taça de Portugal?
Claro que já valia a pena.

Com este sistema aumentaria exponencialmnte a possibilidade de cada uma das equipas poderem ver, nos jornais, trabalhos sobre si. Logo, sentir um retorno muito mais palpável ao investimento que os respectivos sponsors fizeram no início da temporada.

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