quarta-feira, fevereiro 06, 2008

1068.ª etapa

PÁREM DE FINGIR QUE SÃO CEGOS E SURDOS...
PORQUE... SEREM MUDOS JÁ VOS COMPROMETE

Posso ter os defeitos todos que alguns não perderão a oportunidade para mos colar como forma a fazer de mim, assim qualquer coisa como... proscrito, mas, e apesar de todos os problemas porque tenho passado - e obrigado por nada, aos amigos que me deixaram cair - mantive sempre a necessária clarividência em relação ao que se passa à minha volta.

Diria que, uma das vantagens de estar há tanto tempo afastado do meu meio natural - a redacção - a soube reverter em meu proveito.
Li. Li muito.
Li quase tudo o que me ajudasse a manter-me em dia com o fenómeno desporto.
A começar com a legislação.

Nunca antes sentira a necessidade de estar tão a par do legislado como nesta longa ausência.
E não comecei mais cedo porque, e apesar de tudo, nunca pensei estar tanto tempo ausente.
Talvez por isso tenha ficado satisfeito com a solução encontrada para me substituir.
O mal foi que isso se prolongou de mais.

Bem ou mal aceite (seja lá por quem fôr), a verdade é que me sinto, ainda, com plenos direitos de me pronunciar em relação à área onde me movimentava no MEU Jornal.
Não me interessa o que pensam.
É O MEU JORNAL.
Esse, onde por manifesta falta de solidariedade, tive períodos em que entrava às nove da manhã e saía às duas da madrugada.
Tantas vezes...
O que pode a toda a hora ser provado, como saberão os interessados.
Presente ante homens justos e honestos, não tenho nada a provar.

E porque é que começo este artigo vincando que não perdi o fio à meada no que respeita á legislação? Porque ainda não li a puta de uma linha sobre ela, fora do perímetro futeboleiro.
Mas a Lei não foi feita para o futebol.

Então, pergunto-me, não foi ainda citada... por falta de espaço ou por manifesta ignorância? Foi por manifesta ignorância, não tenho dúvidas.
Mesmo que os visados tenham vindo a coleccionar... notas A, nestes dois anos (a juntar à primeira avaliação...)

Quando é mais importante cair em graça do que ser engraçado... que posso eu fazer?
Sou capaz de ser engraçado, mas recuso-me determinantemente fazer o pino ou fazer rolar três bolinhas coloridas tocadas pelo nariz, como as focas amestradas.

Acreditem que gozo, antecipadamente, com o vosso desnorte. Dá-me gozo mesmo...

Mas deixamos as questínculas pessoais. Mano-a-mano chamo-vos um... "figo".

Este artigo - que já vai longo - tem a ver com a nova Lei dos regimes jurídicos das federações e com uma mensagem que recebi há pouco de um amigo na família do Ciclismo.

Caro amigo, repensa tudo o que escreveste tento em conta o novo texto da Lei.
As Associações, sejam elas de que modalidade forem, perdem de forma significativa o peso que tinham anteriormente. Acabou-se o status quo vingente até agora.
Mudou tudo.

O que eu acho estranho é que nas MODALIDADES ninguém tenha dado conta.

A base do edifício associativo passa a ser os clubes.
As associações - que sempre foram um ninho de cobras - perdem o peso que tinham.

E creio que o seu estatutro foi modificado porque já era por demais evidente que mandavam de mais.

E isto também é válido para com o Ciclismo.
É válido para todas as modalidades.
Os jornais, cujos coordenadores mais não fazem do que esperar pelos registos das agências, FALHARAM COMPLETAMENTE.

Porque digo isto?
Porque vou, já de seguida, citar a Agência Lusa.
O que é que podemos retirar deste caso?
Que quem leu não percebeu a importância da matéria em causa.
Agora... façam pela vossa vida.
Aqui vai ficar escarrapachada a vossa incompetência.

Diz a Lei...

Regime Jurídico das Federações
Mais democracia, representatividade e transparência
(Laurentino Dias)
Lisboa, 18 Dez (Lusa) - O secretário de Estado do Desporto, Laurentino Dias, defendeu hoje em entrevista à Agência Lusa que o novo Regime Jurídico das Federações vai trazer mais democracia, representatividade e transparência, permitindo uma renovação do associativismo desportivo.

A proposta da Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto (SEJD) foi apresentada segunda-feira ao Conselho Nacional do Desporto (CND), que deverá apresentar alterações na próxima reunião do organismo, a 25 de Fevereiro.

"Entendemos que as federações desportivas, sendo a entidade mais importante em qualquer modalidade em Portugal, têm que ter consciência que a base de qualquer actividade desportiva são duas entidades, os atletas e os clubes", afirmou Laurentino Dias.

Para o secretário de Estado, "uma federação tem de reflectir nos seus órgãos principais, sobretudo em Assembleia Geral, a importância da base da sua modalidade, os atletas e os clubes".

A ponderação de votos das associações de clubes será de 70 por cento, com metade a ser distribuído pelas associações distritais e o restante a ser atribuído às associações nacionais, que, ao nível do futebol, serão ainda subdivididos pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (25) e pela Liga Portuguesa do Futebol não Profissional (10).

Os restantes 30 por cento serão atribuídos à associação mais representativa dos praticantes (15) e pelas associações de treinadores e de árbitros, com 7,5 para cada.

Nas modalidades individuais, os atletas de alta competição terão representação até 25 por cento dos delegados na Assembleia Geral.

"É uma forma de garantir aos atletas um espaço e uma capacidade de decisão e influência", referiu Laurentino Dias.

Em relação ao Ciclismo... a Associação de Equipas Profissionais e a Associação Portuguesa de Corredores Profissionais, mais a associação de Organizadores - mal esta se regularize, o que ainda não aconteceu - ocuparão o seu espaço na AG da FPC.
À custa das associações regionais?
Claro que sim!
Como em qualquer outra modalidade.

A Assembleia Geral das federações passarão a ter entre 60 a 120 delegados, sendo que cada um terá um voto e que, segundo Laurentino Dias, "acabaram os votos em pacote, ninguém pode chegar a uma assembleia e dizer que representa 25 por cento de votos".

"Não alteramos nenhuma das competências próprias nem das federações, nem das associações distritais. A única diferença é que a representação de todos os organismos se modifica. Deixa de haver uma estrutura a ter uma maioria", garantiu.

Fonte: Agência LUSA

2 comentários:

Paulo Sousa disse...

Madeira,

Se consultares os Estatutos da U.V.P./F.P.C. isso já é possível há muito mas mesmo muito tempo.

Podes verificar isso no Artigo 25º nomeadamente na ponto 2º alínea a).

Para facilitar a procura podes (m) consultar os Estatutos em http://www.uvp-fpc.pt/subregulamento.php?id_subregulamento_new=3.

Madeira,
Tomando como exemplo a A.C.P. (Associação de Ciclismo do Porto) onde com a crise directiva instalada já há alguns anos, os clubes não aparecem nas Assembleias, logo, como é que querem que eles vão ás da Federação?

Mas para reclamar estão sempre prontos.

mzmadeira disse...

Caro Paulo Sousa...
O que escrevi não tem nada a ver com situações presentes, mas com o que a NOVA LEI diz... E esta diz que as associações PERDEM números de votos.
E, só por isso - e sabendo nós como eram geridos esses votos através das associações - já é positivo.

Os clubes, como poderás ler na Lei em causa, também não entram no um clube-um voto; terão que se reiunir em associações de clubes...

O importante nisto é que mais ninguém pode projectar a sua candidatura - às federações - "comprando" os votos das associações que, até aqui,tinham... mais votos.

Logo, se os clubes querem ter uma palavra na AG da federasção, que se associem. Para já temos a Associação de Equipas Profissionais, mas mantém-se aberto o espaço para o aparecimento de outras.

Não-profisionais, de formação...

Percebes?