sexta-feira, fevereiro 01, 2008

1055.ª etapa

ALGUNS ESCLARECIMENTOS
QUE ACHO NECESSÁRIOS

Em relação à etapa anterior…

… desculpem, antes disso quero, sinceramente, pedir desculpa por trazer aqui pormenores que não vos interessarão em nada. Ninguém tem culpa de eu estar doente, de eu passar tardes inteiras no Hospital. Não voltará a acontecer. Espero que me desculpem.

Em relação à etapa anterior, a Cooperativa formada pelo colectivo da equipa espanhola da Extremadura – que não vai contar com o patrocínio da Spiuk – tem um nome e é esse nome que vai aparecer nas suas camisolas sob a “marca” Extremadura.
Chamaram-lhe… Ciclismo Solidário.
A imagem, de fraca qualidade, admito, que junto, copiei-a do META2Mil

Ainda em relação à etapa anterior…

Quando digo que o Doutor Artur Lopes terá esgotado o seu prazo de validade enquanto presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, faço-o baseado em factos reais.
O dr. Artur Lopes foi o homem certo, num certo momento que estava a ser atravessado pelo Ciclismo Português. Fez muito por ele.

Para os mais jovens, ou para os mais distraídos, devo aqui recordar que foi já no seu consulado que Portugal entrou para o mapa do Ciclismo mundial. Foi já no seu consulado que, primeiro, a Volta a Portugal e depois todas as outras provas que ainda hoje constam do Calendário (agora) Europeu, foram internacionalizadas.

No meio tempo, o dr. Artur Lopes conseguiu, galgando degraus na estrutura da UCI, um Campeonato do Mundo de Estrada para Portugal e, aqui e ali, foi safando algumas equipas de situações complicadas que, provavelmente, nem lhe competia a ele descomplicar.
Mas fê-lo.
Logo, o dr. Artur Lopes já conquistou o seu lugar na história mais recente do nosso Ciclismo.

A sugestão – que reafirmo, porque não tenho razões para mudar de ideias – de que chegou a hora de, mantendo (porque isso é importante para o Ciclismo português) o seu lugar na Comissão Executiva do Ciclismo de Estrada da UCI, pode – para não dizer… deve - libertar o lugar de presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo sustenta-se em duas situações não passíveis de discussão.

Passo a explicar.
Quando o presidente da FPC – tomando como certo que o que li foram, de facto, declarações suas – afirma que o Ciclismo português está materialmente e, na sua opinião, sem margem para discussão, mergulhado no doping e ele nada faz mais do que dizê-lo – ainda por cima quando essa sua opinião é contestada pelo Doutor Luís Horta, responsável pelo Laboratório Nacional Anti-dopagem que refuta a ideia e avança com números nunca antes alcançados de controlos, quer em competição, quer fora dela, sem que o número de casos positivos tenha aumentado …

… quando o presidente da FPC, entidade que regula, aceita e autentica as inscrições das equipas, diz – pelo menos foi o que li – que tem pena que tenhamos tantos corredores espanhóis implicados na Operação Puerto nas nossas equipas, e se é mesmo isso o que pensa… e quando, se tivesse razão, lhe bastava negar a inscrição desses corredores – o que não pode porque, à luz da Lei, nada pesa sobre eles -, então, se se está a ver obrigado a sancionar situações com as quais não concorda… podia sempre abdicar do lugar, em nome da sua consciência.

Ao tentar fazer – terá mesmo sido isso, ou fizeram-lhe o favor? – passar a mensagem de que tudo isto lhe desagrada, eu não oiço (não leio) o presidente da FPC; leio e oiço um elemento da Comissão Executiva da UCI.

Por isso escrevi que pode estar na hora de o Doutor Artur Moreira Lopes se centrar nos objectivos da UCI e deixar o lugar de presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo.
Nem sempre o mesmo rabo se pode sentar em duas cadeiras… se é que me faço entender.

E pegando no comentário do Paulo Sousa [Paulão], apesar de não, não ter sido minha intenção abrir, ou tomar partido em putativas campanhas eleitorais – nem sei, de momento, quando serão as próximas eleições – concordo com ele numa coisa.
Actualmente, o nome mais presidenciável que podemos encontrar no universo do nosso Ciclismo é mesmo o do Joaquim Gomes.

Acho que sim...

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