quarta-feira, março 22, 2006

36.ª etapa



E SE...

E agora que já temos uma Associação de Equipas Profissionais, se em vez de defenderem correr com as estrangeiras de cá para fora e chamar ao pelotão as sub-23 (repito-me, parece que não se acham capazes de ganhar a mais do que aos miúdos), porque não discutirem, a sério, a possibilidade de criar-se UMA equipa NACIONAL com dinheiro e estruturas para poder candidatar-se ao quadro ProTour?

A Federação e a Secretaria de Estado, ou o Instituto do Desporto de Portugal podiam (e deviam) ajudar.

Com o esforço conjugado de todos, criava-se uma equipa que ia aproveitar os melhores corredores portugueses de cada uma das actuais e fazia aquilo que os portugueses sempre foram bons a fazer... ia lá para fora fazer pela vida!

O que ganhavam as outras equipas?

Para além do reconhecimento do ciclismo português além fronteiras ganhariam atletas mais motivados para fazerem boas corridas se... se ficasse bem definido que a equipa NACIONAL todos os anos se renovaria, sei lá, para aí em um terço do plantel com quem mais se destacasse no calendário doméstico.

Ora, uma equipa ProTour teria sempre, pelo menos 27 corredores, o que quer dizer que, os que ficavam a correr por cá tinham de mostrar serem capazes de ocupar uma das nove vagas para, na temporada seguinte darem o salto. A renovação/substituição dos nove que sairiam seria espaldada com a garantia de que aqueles, se não abandonassem por motivos de idade, teriam colocação garantida nas equipas caseiras.

Um fundo, mas isto já seria matéria para a Associação e Corredores, que se iria acumulando, garantiria um complemento salarial para que, quem estava a ganhar 2 mil ou 2500 euros na equipa ProTour, não passasse, de um ano para o outro, a ganhar apenas os 1000 que as equipas Continentais lhe podem oferecer.

Mas será que a nóvel Associação de Equipas Profissionais de Ciclismo pensou nisto? Será que está disponível para equacionar esta hipótese? E a Associação de Corredores pode dar uma força?

Ou o primeiro objectivo, por parte dos directores e directores-desportivos, vai continuar a ser garantir, antes de mais nada, o seu próprio empregozinho?

O tempo o dirá...

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