[Acordo Ortográfico] # SOU FRONTALMENTE CONTRA! (como dizia uma das mais emblemáticas actrizes portuguesas, já com 73 anos, "quem não sabe escrever Português... aprenda!») PORTUGUÊS DE PORTUGAL! NÃO ESCREVEREI, NUNCA, NUNCA, DE OUTRA FORMA!
sábado, março 18, 2006
Media.3
Continuam, inexplicavelmente para mim, a chegar-me reacções hostis aos escritos que atrás deixei sobre os equiparados a jornalistas que, ano após ano e principalmente na Volta a Portugal, enxameiam o "pelotão" dos profissionais da Comunicação Social.
Prometo que não usarei mais o exemplo de, num caso caricaturado, eu ponho uma gravata e me sento ao balcão de uma instituição bancária, por exemplo, a receber depósitos e efectuar pagamentos, situação na qual, estou mesmo a ver, o titular do lugar esperaria olimpicamente que eu acabasse para depois, ele sim, poder fazer o seu trabalho!
Tirem as palas dos olhos e vejam o que está à vista de todos.
Porque há-de uma rádio local, de uma determinada vila/cidade sem a mínima ligação à modalidade, pedir acreditações para uma prova de um dos escalões superiores de uma modalidade que, passando a raia que nos separa de Espanha (que outra fronteira não temos) é tratada universalmente com a maior das dignidades?
Há duas respostas.
Primeira: a Volta a Portugal "vende-se". Explico: é fácil convencer pequenos anunciantes locais a investir dinheiro na cobertura da Volta. Por isso há rádios locais que nos 5 minutos que demora cada intervenção passam 4 de "spots" publicitários.
Segunda: a vaidade. Estudantes, empregados do comércio, desempregados... toda uma laia (vejam no dicionário om significado da palavra, que não é esse que estão a pensar) de pessas que NADA tem a ver com o ciclismo, que NADA percebe de ciclismo... se intromete no meio dos profissionais que tentam cumprir as suas funções.
Imaginem uma equipa de cicloturistas inscrever-se para participar na Volta. Claro que não teriam pedalada para os profissionais, mas seria o seu (pequeno) momento de glória. Mas seriam aceites? Clar que não.
Então porque é que os profissionais da Comunicação Social têm que levar com a turba de amadores, "jornalistas" de fim-de-semana que mais não fazem do que mostrar os autocolantes dos microfones? E põe o som no ar (quando o poem) sem sequer identificar quem falou porque... não sabem quem foi?
É tão difícil assim de entender?
Há situações aberrantes, que todos conhecemos.
Mas vamos calar isto para sempre?
Há situações de excepção, tendo em conta a realidade nacional. Mas, já agora, esperarei que se pronunciem para eu poder responder a esses casos concretos.
Sei que a Organização está bem mais preocupada com o relatório (obrigatório) que tem de enviar à UCI e que, mostrando uma indiferença que magoa, escolhe(u) ter um formulário, em relação as Órgãos de Comunicação Social que acompanharam - reforço: ACOMPANHARAM - a prova, o mais preenchido possível.
E não esqueço o antes do final da etapa, na Volta do ano passado quando em São João da Madeira apareceram famílias inteiras - pai, mãe e procissão de filhos - com máquinas fotográficas digitais na mão e pretendendo ser repórteres do jornal local e a procurarem as respectivas acreditações.
Senti-me achincalhado. Mesmo que o responsável pela ligação com a Imprensa os tenha mandado dar uma volta ao bilhar grande.
O sentimento foi esmagador.
Olhei à minha volta e não identifique mais do que meia duzia de profissionas, numa sala cheia.
Quem tem uma profissão, seja ela qual for, há-de perceber isto.
O meu barbeiro não consentiria que um curioso agarrasse a tesoura e se pusesse a cortar cabelos. A senhora do quiosque onde diariamente compro jornais não deixa lá entrar mais ninguém.
Eu...
Eu tenho que dividir as "salas de imprensa" com duas dúzias de curiosos. Ainda por cima, alguns deles convencidos. De nariz no ar.
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