segunda-feira, março 27, 2006

46.ª etapa



IDEIAS, PRECISAM-SE!...

O meu caro amigo Paulo Sousa (um abraço para ti Paulão) teve a coragem, num outro espaço onde se pretende falar (?) de ciclismo, de avançar com algumas ideias. Não eram as melhores Paulo, mas não sou eu quem vai atirar-te a primeira pedra, fica descansado. Pior se devem sentir aqueles que voltaram a ficar calados, porque ideias é coisa que não têm e do ciclismo só querem ter direito a uma credencial para poderem pavonear-se por locais que nunca deviam pisar. Mas passemos à frente.

Se os responsáveis das equipas precisam que nós lhes lembremos que devem convidar os patrocinadores para jantar com a equipa ou seguir uma etapa de vez em quando, então Paulo, espera aí que eu já venho...

O Barrancos-Enchidos Paulo Guerra, convidar o Paulo Guerra para um jantar que É ELE QUEM PAGA, ou para fazer uma etapa é o mínimo que os responsáveis pela equipa Barrancos-Enchidos Paulo Guerra pode fazer. Mas, tal como diz o post em resposta ao teu, não ganha com isso nem mais um comprador para os produtos Paulo Guerra!

Mas não andaste longe do alvo. Não senhor.

Permito-me, com toda a liberdade que me dou a mim mesmo - passe alguma sobranceria nisto que escrevi -, dizer que a tua ideia é "chave". Não nesses moldes, mas muito, muito perto. E a tal liberdade que invoquei em nome próprio justifica-se com o facto de o que vem a seguir não ser, à luz do actualmente vigente... "politicamente correcto". É que vou dar um exemplo, com nomes claro, que a isso não virarei a cara, que pode melindrar terceiros. Não é, nem de perto nem de longe, essa a minha intensão.

Ando no ciclismo há 16 anos consecutivos, quase 90 dias de estrada por ano e, desde a primeira hora uma figura se me tornou habitual. Também lhe chamo amigo, porque nos respeitámos sempre mutuamente: refiro-me ao Amândio Louro. Patrocinado pela CIN, primeiro, depois pela Sotinco, com fases "por conta própria", ele mostrou como se devia fazer.

Estávamos em Alguidares de Baixo e, para além de, durante as três horas que estava no ar, agradecer publicamente à Tasca do Senhor Zé da Esquina o facultar-lhe a energia electrica que precisava - e era publicidade que não cobrava - nunca se esquecia de repetir a morada do agente CIN ou Sotinco mais perto do local onde estávamos. Retribuia, de alguma forma, o investimento feito pela empresa-mãe na sua actividade. Impecavelmente profissional.

Porque é que as equipas não fazem o mesmo?

Explico e dou um exemplo concreto: a Liberty Seguros arregimenta funcionários seus que, em troca de um livre trânsito, conseguem ser, hoje por hoje, a única "claque organizada" de apoio à equipa que leva o nome da empresa.

Os responsáveis pela companhia de seguros jantam com a equipa? Algum deles faz, de quando em vez uma etapa no carro da equipa? Óptimo. Tal como a Verm disse na altura, isso é uma "delicadesa" que cai sempre bem... junto dos homens/mulheres que se empenharam no apoio financeiro do projecto.

E o público? Que, como o Costinha disse, no "forum" do Cyclolusitano, são os consumidores dos produtos que as marcas querem fazer passar?

Como é que eu, tu, o Zé, o Manel, o Chico, podemos ser induzidos a "comprar" aquilo que as equipas publicitam?

Com brindes? Estilo sacos de plástico e bonés? Sim... mas não só.

(Com a excepção que já fiz, em falar da Liberty Seguros, porque é real e não seria honesto subtraí-la a este tema, vou inventando nomes ou recordando outros que já andaram no pelotão, mas já não andam).

Dão-me um boné da Coresa, é bonito mas que faz a Coresa?

E volto ao Amândio Louro que levou anos a deixar "pistas" que, aparentemente, ninguém percebeu.

Porque é que Bolonheza, a Gavião, a ACC, a Madeinozes, a Rota dos Armários, as águas do Carvalhal, a Imovendas, a Duta ou a Bacalhau da Ribeira não fazem como a Liberty Seguros?

Porque não têm carros na Caravana Publicitária?

Porque não gastam mais 1000 euros e põem o carro do som, nas partidas e chegadas a dizer que o seu agente, representante, revendedor, seja o que fôr, mais próximo está na Rua X, naquela mesma terra, se fôr o caso... ou a mais próxima dali... ou que se encontra à venda em qualquer supermercado ou loja de esquina?

Fiar-se apenas na mensagem que pode, ou não, passar atravez das camisolas... é arriscar demais.

É apenas... mais uma ideia que deixo. De borla.

Aceitam-se mais, e melhores, se possível.

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