"DOPING"
Li a impressionante entrevista de um jovem ciclista francês, luso-descendente, ao jornal Midi-Libre, na qual explica porque aos 21 anos desiste da possibilidade de enveredar pela carreira profissional.
Recusou-se a recorrer a métodos, pelo menos dúbios, para "uma recuperação mais rápida" - fala-se em injecções de ferro, mas a mim "cheira-me" a EPO - e foi perdendo importância dentro da equipa. Estagiou com uma outra equipa, por acaso do grupo ProTour, com a promessa de poder a vir fazer parte dos seus quadros e não gostou do que viu... Somando pequenas coisas, aqui e ali, decidiu-se por não ser profissional.
É uma entrevista - para a qual a minha atenção foi chamada por um post no Cyclolusitano - muito importante e seria bom que todos os jovens corredores a lessem.
Agora, o que me chocou foi mesmo a "resposta" de um outro membro do "fórum" daquele site segundo o qual o "rapazinho deve andar bastante confuso", diz ele, aqui à distância e fiquei siderado ao ler... "desde quando a aplicação intravenosa de ferro é doping?", terminando com esta "pérola": O doping existe, mas seringas não implicam doping!
Remeto todos para o site da Agência Mundial Anti-dopagem, no Capítulo MÉTODOS PROÍBIDOS, na alínea M2, diz-se: Aplicações intravenosas são proíbidas, excepto se por comprovado tratamento médico.
Não fala em ferro ou em alumínio...
Eles falam, falam, falam...
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