[Acordo Ortográfico] # SOU FRONTALMENTE CONTRA! (como dizia uma das mais emblemáticas actrizes portuguesas, já com 73 anos, "quem não sabe escrever Português... aprenda!») PORTUGUÊS DE PORTUGAL! NÃO ESCREVEREI, NUNCA, NUNCA, DE OUTRA FORMA!
segunda-feira, janeiro 22, 2007
408.ª etapa
ALGARVE DÁ O EXEMPLO... SIGAM-NO!
Falta espaço nos jornais. Poucos o saberão tão bem quanto eu. Por isso entendo que não há oportunidade para, aos poucos, ir escalpelizando a realidade do Ciclismo Nacional.
Existe, e isso será provado. Mas existe às custas de quem?
Não seria interessante sabê-lo? Eu acho que sim.
Refiro-me apenas ao calendário de Elite mas, reconheçam-no, estou a ser coerente já que defendo que é preciso cimentar, reforçando, o topo da pirâmide, isto se queremos mesmo que o nosso Ciclismo se consolide.
Sei que me estou a repetir, mas em vez de se criarem mais equipas de sub-23, numa altura em que, chegados à idade limite para poderem competir nesse escalão, aos jovens se fecham as portas – e insisto que os exemplos dos dois últimos anos ainda não garante coisíssima nenhuma (tivessem as equipas melhores orçamentos, e mais dinheiro para gastar… quem nos garante que não serviríamos apenas como catapulta para ser aproveitada pelos jovens espanhóis de 24 e 25 anos? A meu favor tenho os exemplos de há três… quatro, cinco anos atrás. E é indesmentível) – porque não há equipas suficientes no escalão imediatamente superior… que é, é mesmo, o de Elites não-amadoras, me parece trabalho em vão.
Pronto, passando sobre os considerandos. Há que sustentar, com corridas, as categorias disponíveis.
E quem responde presente! quando todos são chamados a essa obrigação?
Voltemos então ao princípio. Ao calendário nacional para este ano.
Das 32 provas calendarizadas, a PAD/João Lagos Sports garante a organização de 11, cerca de um terço. Substancialmente mais do que aquilo que há oito anos a SportNotícias fazia. Também não é tema para ser discutido, são factos.
Como é do conhecimento público, há duas organizações, já com créditos conquistados – a AMDE e a UDO – que garantem duas corridas no calendário do Circuito Europeu, mas ainda sobram 21 corridas.
A União Velocipédica Portuguesa/Federação Portuguesa de Ciclismo realiza o Troféu Sérgio Paulinho. Sobram 20.
A questão que aqui lanço agora é esta… sabiam que dessas vinte corridas, seis – mais de 25% – são da responsabilidade da Associação de Ciclismo do Algarve, entre elas, uma do calendário do Circuito Europeu?
As restantes 14 são montadas pela AC Vila Real (duas), AC Minho (uma); AC Aveiro (uma); AC Lisboa/Critérios (duas); o clube de Navais (uma) e no calendário não estão indicados os organizadores das restantes sete.
Naquele lógica de que é preciso assegurar corridas que levem a todas as regiões do País as principais figuras do ciclismo português – e não só – tirando deste quadro a PAD/João Lagos Sports, só o Algarve, a Associação de Ciclismo do Algarve está a cumprir esse desígnio.
Tem seis provas. Três por etapas e três corridas de um dia.
Multiplique-se este esforço por todas as associações do País e tentem perceber como não seria difícil arranjar um (bem preenchido) calendário para a tal mal amada (para não lhe chamar enjeitada) categoria de Elite.
E só estou a falar do pelotão maior… porque no Algarve também há corridas para os escalões mais novos.
Daqui envio um grande abraço ao meu querido amigo Rogério Teixeira. É enorme, o trabalho que ele está a fazer à frente da AC do Algarve.
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3 comentários:
Correctíssimo Caro Amigo,
mas eu não falei de profissionais em lado nenhum... falei em Elites. E o que eu pretendi-a com este artigo era tentar demonstrar que, se outras associações seguisem o exemplo da do Algarve, o nosso calendário, para Elites, poderia ser bastente melhor. Isto no seguimento do que defendi e que era o da separação, definitiva, entre as equipas Profissionais (que sei não poderem correr as provas .12) e um pelotão inexistente de Elites. "Aconselhando", no fundo, a que as equipas actuais, menos preparadas para sonharem com o profissionalismo não tivessem problemas em se assumir como não-amadoras.
Caro Paulo,
resposta - parte I
em relação à organização de provas, segui o calendário da FPC. Há lá várias SEM organizador.
Acho estranho, no calendário que DEVE ser o oficial, aparecerem provas sem organizador... e isso levanta-me dúvidas. Se a FPC NÃO SABE... quem sou eu para o saber?
O Abimota, por exemplo... até me podes dizer que é uma organização Abimota, mas é-o com o apoio técnico da Associação de Ciclismo de Aveiro...
Resumindo, se me podes ajudar neste campo, eu agradeço-te.
Um grande abraço,
MJM
Caro Paulo,
resposta Parte - II
Não é minha a confusão entre Elite e Profissional... é geral, em Portugal e só por uma razão (que eu nem sei qual é): não temos um calendário Elite.
Mas é isso que eu venho a dizer desde o princípio da minha exposição
Ok... "adoptei" a designação espanhola. Em Espanha, as Elites são as equipas "de clube" não-amadoras. Explicando: não são profissionais, mas têm encargos financeiros com os seus corredores que, por sua vez, não sendo profissionais não têm contratos, e passam "recibo verde" para receberem o... ordenado estabelecido.
Claro que, na divisão etária, elite é todo aquele - profisional ou não - que tem mais de 23 anos. Básico.
Mas, repito, toda a minha exposição assenta na necessidade de revitalizarmos essa categoria, pura e simplesmente varrida da nossa realidade.
Eu chamo-lhe Elite, do espanhol... se quiserem encontrar outra designação... força.
Aliás, o M.Amaro tem sempre reforçado o facto de as Equipas Continentais não serem reconhecidas como profissionais.
Não o são, de facto, em todo o Mundo menos... em Portugal, claro.
E não sou eu quem o diz. Vejam, por exemplo, o que mandam "pintar" nos seus camiões e caravanas.
"Equipa Profissional de Ciclismo de...", não é?
Ah, pois é!...
Que provas é que eu acho que as Associações deveriam organizar para a categoria de Elite...
Provas .12, definitivamente. Sendo que nada as impede de, se tiverem meios para isso, organizar corridas para Profissionais.
Só há miúdos de 10 anos nas escolinhas de futebol porque querem ser como o Figo e o Cristiano Ronaldo, quando crescerem.
Temos que proporcionar aos mais novos - porque com o Ciclismo não acontece como no futebol, em que à mesma hora, na TV, dá um jogo em canal aberto enquanto a SportTv.1 dá outro e a SportTv.2 um terceiro - a possibilidade de cimentarem o seu gosto pelo Ciclismo vendo correr os nomes que admiram... da EuroSport.
Trazer cá esses nomes devia ser parte da preocupação das associções - independentemente de serem elas ou não a organizarem a corrida - para que, na sua área de juridisção aparecessem mais jovens a querer praticar Ciclismo.
Tal como a federação, tal com qualquer organizador particular, devem as associações procurar parceiros para que seja possível tornar isso uma realidade, sem gastarem o seu dinheiro que, esse sim, deve ser investido na formação.
Mas é isso que a AC Algarve faz.
Por isso eu apelei a que as outras olhem ao seu exemplo.
Esclarecido, Paulo?
Um grande, grande abraço.
MJM
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