VERGONHOSO E...
EU NÃO ADMITO!
Afinal, este tríptico tem… quatro partes.
E, uma vez sem exemplo, esta parte é para falar em defesa própria. Ou na defesa de um camarada de escrita que foi, de forma mais do que censurável, vilmente agredido na sua honorobilidade, ainda por cima numa cena que teve tudo de arquitectada. Desmintam-me…
Nada do que o Fernando Emílio escreveu, quanto aos casos de hematócritos acima do normal, detectados em dois corredores da DUJA-Tavira num controlo surpresa, ultrapassou o meramente noticioso. Nada. O Fernando Emílio é um jornalista de ciclismo que não precisa provar nada a ninguém. Terá os seus excessos, não sou eu quem o vai negar (nem julgar), mas nesta situação não ultrapassou as fronteiras do que era pura notícia.
Não merecia, por isso, “os mimos” de que foi alvo, com direito a cartaz e tudo. Mantenho, eu, Manuel José Madeira (e aqui empenho o meu nome) relações cordiais com toda a gente na DUJA-Tavira. Do presidente, o meu caro Jorge Humberto Corvo, ao Yuri, massagista, ou ao Carlos Matos, mecânico.
Há década e meia que as minhas relações com a equipa de Tavira são, mais do que próximas, são quase cúmplices.
Não admito, nem agora, nem nunca, que me julguem por parvo, que o não sou.
O mero leitor de jornal – mesmo que o seja de A BOLA, que se esforça por dar visibilidade ao ciclismo – não podia ter percebido no texto – repito-me - meramente descritivo da situação vivida pela DUJA-Tavira, qualquer coisa de… sei lá, chamemos-lhe… “anormal”.
Portanto, e espero sinceramente não ter que pôr “nome aos bois”, como diz o povo, e o povo tem sempre razão, aquele cartaz que apareceu a meio da etapa que terminou em Loulé só pode ter sido instigado por aguém “de dentro” da equipa.
Calma… Não reajam já.
Pensem.
Pensem com calma…
Pensem naquilo que eu escrevi lá atrás.
Não sou parvo e não admito, seja a quem fôr, que me tome por tal.
Aquela VERGONHA saiu de dentro da estrutura da DUJA-Tavira. Nem que tenha sido apenas por indução de intensões.
Se eu já tivesse regressado ao activo, e como responsável no jornal, hierarquicamente superior do Fernando, teriam tido, na hora, a resposta.
Não em nome do jornal, que não confundo instituições, como o é A BOLA. E também o é o Clube de Ciclismo de Tavira.
Mas, se neste há gente capaz de descer tão baixo, eu garanto, numa qualquer tentativa de repetir a gracinha eu, baixar-me a esse nível consigo. Agora, quem fez aquilo é que nunca será capaz de se elevar ao nível, não meu (embora eu não tenha problemas em o dizer aqui), mas ao de A BOLA.
Foi baixo. Foi feio. Foi vergonhoso.
A instituição CC Tavira não o merece.
Mesmo que, nesta ânsia de novo-riquismo, consigam ter uma etapa em Tavira e nem ao menos convidarem o PAI – incontornavelmente o pai – deste clube para aparecer na meta.
Se fosse preciso irem buscá-lo onde quer que esteja… Eu, no vosso lugar, consideraria isso uma prioridade.
Mas, num “flash”, uma “luz” que me passou pelos olhos, eu compreendo porque o eng.º Brito da Mana foi esquecido.
Em algum dos dos lados, este CC Tavira apesenta um flanco frouxo…
Alguém é suficientemente mesquinho para patrocinar uma atitude daquelas.
Se a intensão era ferir um jornalista, colaborador da casa, fiquem a saber que “tocaram” mesmo a instituição que é A BOLA, e a essa, meus amigos (verdadeiros ou não), quem aparece a defendê-la sou eu.
Se têm dúvidas em relação a quem eu sou… ou ao que eu valho…
(E é propositadamente que, á falta de "culpados", aqui ficam as cores dos patrocinadores.
Explicam-lhe vocês o porquê... ou explico-lhes eu?)
2 comentários:
Manel,
Não conheço essa situação em concreto. Apenas tive conhecimento da reacção dos responsáveis da equipa do Tavira à notícia, que com TODA a legitimidade (e propriedade) foi veiculada por vários meios de comunicação, não só a nível nacional como internacional... E estou habituado a que as equipas visadas nestas casos reajam com normalidade e não hostilizem os meios de comunicação social... Como se este tipo de notícias tivesse de ser censurado...
O que é facto é que dois corredores da equipa DUJA-Tavira superaram os valores permitidos pela UCI, no chamado teste australiano...
Ainda esta semana, Paride Grillo, da Panaria de Bruno Reverberi, superou também a taxa de hematócrito... Atitude da equipa: nenhuma hostilidade perante a comunicação social; processo disciplinar ao corredor, com possível despedimento do corredor em causa. Não advogo que para estes casos, este tipo de soluções seja adoptada. O que é certo é que a atitude desta (como de outras) equipa mostra uma cultura diferente.
Quem não deve, não teme.
Um abraço, Manel.
(Espero que voltes em força em este ano ao nosso ciclismo)
Os factos, António, são que o jornalista em causa está perfeitamente por dentro dos regulamentos. Ainda assim, e fora alguns comentários que possa ter produzido no local, a notícia que escreveu foi "limpa". Depois há o que surge no jornal. O que "irritou" os responsáveis do Tavira foram as duas enormes (para o caso) fotos que foram publicadas. Deveriam as pessoas saber que a página é editada em Lisboa e o enviado especial não é tido nem achado. Aquele texto cabia em um quarto de página, o que foi, sensivelmente, o espaço daso pelos oputros jornais. Só que, em Lisboa se empolou a situação e, à falta de texto... abriram a página com as duas fotos a 4 colunas. Exagerado, despropositado... revelando até uma preocupante falta de cultira desportiva. Pelo menos no que ao Ciclismo se refere.
Eu cheguei no Sábado ao Algarve, a convite da ACAlgarve. Assisti a uma conversa - que não começou da melhor maneira, mas, depois das explicações devidas, foi aceite pelo presidente da DUJA-Tavira...
Entretanto, a meio do percurso havia um cartaz que se referia ao jornalista usando termos insultuosos.
Nestas situações, lembramo-nos sempre do que aprendemos em história, quando, desagradado com uma notícia, um imperador mandou executar o mansageiro.
À equipa em causa, reconheço a prerrogativa de tentarem "limpar" a sua imagem. Que o façam.
Que o tentem fazer. Irão, quase sempre, chocar contra alguém que escreve com profundos conhecimentos dos regulaments. E terão que arcar com a responsabilidade de, disso não estão livres - que o percebam todos os responsáveis, por qualquer equipa - de se verem desmascarados em público.
O que foi por demais evidente foi que, nenhum adepto anónimo, lendo uma notícia pura, sem quaisquer processo de inquinação por parte do jornalista, pudesse chegar ao escrever um cartaz de todo insultuoso. Pior, porque o jornalista não lhes merecerá respeito de maior, esqueceram a instituição que está por trás dele.
Foi, é, isso que eu não admito.
Por acaso, ninguém, da parte da equipa, respondeu ao meu artigo. Creio, sem qualquer espécie de vaidade ou ânsia de protagonosmo, adivinharam que, respondendo-me a mim... iam ter que acarretar com a obrigatoriedade de uma resposta bem mais complexa - sempre passível de ser rebatida - porque eu sei o que fazem, eu sei como fazem... eu sei como tentam esconder o que fazem. E eles sabem que eu sei.
Mas cometeram um erro. Não distinguiram o jornalista, mero colaborador de A BOLA, desta instituição. E acho que foi por isso que não houve reacções ao meu texto. Porque, como eu deixei escrito... todos eles sabem quem eu sou e o que valho...
Não é meu objectivo arrastar o ciclismo pela lama... mas se puserem em causa a minha honorabilidade - e conhecimentos - usarei da mais primitiva forma de defesa que se conhece. Ataco!
Contudo, e a bem do ciclismo português... o melhor é que as coisas fiquem assim... Esperemos mais uma semana para saber dos segundos testes a que aqueles corredores foram sujeitos.
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