quarta-feira, maio 31, 2006

101.ª etapa



TRABALHO DE "CASA" BEM FEITO




No artigo anterior deixei expressos os meus parabéns ao Sérgio Ribeiro. Fi-lo só a ele que merece ser destacado, mas tenho, agora, que os estender a toda a equipa da Barbot-Halcon. Esteve enorme na etapa de Domingo. Era de fácil leitura a etapa até à chegada a Beja, e havia mais duas equipas interessadíssimas em controlar a corrida, o que, de alguma forma, simplificava a vida à equipa de Gaia e, premeditadamente ou não, Carlos Pereira fez bem em assumir as respostas aos primeiros ataques. Primeiro, mostrava aos adversários que estava plenamente confiante nas capacidades dos seus homens, depois, “obrigou” os outros, por mais que não fosse, por descarga de consciência, a trabalharem mais na parte final. Claro que, quando se rola a 50 km/hora, como aconteceu (os últimos 20 km foram cumpridos em pouco mais que 25 minutos), TODOS rolam à mesma velocidade, mas quem puxava eram a Barloworld e a Relax. A Barbot preparava-se para a jogada final.

E aqui soma-se um aspecto que não será do conhecimento de todos.

No Sábado à tarde, depois da chegada ao Redondo, Carlos Pereira meteu-se no carro, com Sérgio Ribeiro, e deslocaram-se a Beja para estudarem a chegada. Já o sabia, mas o próprio Sérgio acabou por o confirmar no final da corrida.
"Mediu" a distância da última curva à meta, “apalpou” o pendente da avenida até ao risco final, tomou referências. “Descobriu” o melhor sítio para lançar o ataque final e surpreender os seus adversários. Estava ganha a primeira parte da tarefa. Depois... depois foi o que os preveligiados tiveram oportunidade de ver. E Daniel Moreno, o segundo classificado, confessou-o após a etapa: não pode responder ao camisola amarela porque desconhecia a chegada. Mas é assim que se faz.

Parabéns, portanto, também para o Carlos Pereira. Não ganhou a corrida por mera sorte ou porque a dominou sem lugar a equívocos. Ganhou-a porque QUIS ganhá-la. E porque contou, para além do Sérgio Ribeiro, com uma equipa que soube sofrer. Mas sabe tão bem sofrer assim...

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