terça-feira, junho 13, 2006

113.ª etapa



VOLTA A PORTUGAL.3


Volto ao percurso, hoje divulgado pel'A BOLA.
No artigo anterior, era evidente, deixava uma pequena provocação. A intensão era a de gerar comentários.

Agora mais a sério. Há, como é evidente, prós&contras em relação ao traçado escolhido mas, uma vez mais, nota-se ali o dedo de alguém que sabe muito de ciclismo. Um abraço forte ao Joaquim Gomes.

Das Voltas PAD-JL Lagos/PAD, parece-me ser a de desenho mais bonito. Na realidade, apenas duas grandes regiões não são contempladas, o Alentejo Interior - que já teve a Volta ao Alentejo e vai ter os Nacionais - e o Oeste, por onde já se andou e que o Troféu Joaquim Agostinho, no próximo mês, vai preencher.

A Volta regressa a Sul, com uma etapa a começar no Algarve; o Alentejo Litoral tem uma chegada a Santiago do Cacém e uma partida de Grândola; vem-se a Lisboa e depois teremos Fátima/Leiria a ligar a Viseu, o Douro Litoral com a etapa Gondomar alto de St.ª Quitéria (Felgueiras) e ainda a partida de Santo Tirso, o Minho com a chegada a Fafe - mais o dia de descanso -, as Terras de Basto, com a ligação Celorico-Mondim (Sr.ª da Graça), Trás-os-Montes, com a partida de Favaios e a Beira Alta com a chegada à Guarda e a partida de Gouveia. A etapa da Estrela e o crono final são na Beira Baixa. Em termos de cobertura do território nacional é a mais abrangente dos últmos anos.

Os primeiros 6 dias podem proporcionar espectáculo, com etapas talhadas para as fugas e as chegadas ao sprint. As equipas de menor nomeada têm a sua oportunidade, mas as que querem ganhar a Volta não poderão descuidar-se.

A chegada a St.ª Quitéria fará uma primeira selecção e é bom que o dia de descanso surja em vésperas da Sr.ª da Graça. Para recuperação de forças e re-deliniar estratégias. O único ponto negativo é mesmo fazer as equipas deslocarem-se 115 km (mais, concerteza, na maioria dos casos) entre a região de Basto até Favaios. Nesta zona não há oferta hoteleira suficiente, pelo que adivinho que a viagem terá de ser feita no dia da própria etapa que depois vai terminar com a dificilima subida até ao centro da Guarda, a mais de 1000 metros de altitude. Prémio de 1.ª, para a Montanha. A etapa da Estrela epeta a subida desde Seia e a descida da Torre pela Covilhã. Depois aqueles 30 km até ao Fundão. Podem ser muito importantes.

Quanto ao crono... o calor e, principalmente, os zig-zagues da estrada, com alguns topos, mas nada de significativo, perspectiva-de, de alguma forma técnico, mas onde qualquer bom rolador pode fazer vingar os seus dotes.

Sinceramente, acho o percurso muito bonito. Bem escolhido em termos desportivos e de espectáculo garantido. Assim queiram os artistas.

1 comentário:

RuiQuinta disse...

A mim agrada-me o facto de passar por muitos sitios, mas parece-me que as 3 dificuldades juntas... podia ser melhor divididas.