[Acordo Ortográfico] # SOU FRONTALMENTE CONTRA! (como dizia uma das mais emblemáticas actrizes portuguesas, já com 73 anos, "quem não sabe escrever Português... aprenda!») PORTUGUÊS DE PORTUGAL! NÃO ESCREVEREI, NUNCA, NUNCA, DE OUTRA FORMA!
domingo, junho 25, 2006
123.ª etapa
SER OU NÃO CHEFE-DE-FILA
Muita tinta tem corrido a propósito da possibilidade de José Azevedo poder vir a ser o chefe-de-fila da Discovery Channel no próximo Tour. Depois... confunde-se o poder vir a levar o dorsal n.º 1 com a mesma condição de chefe-de-fila, uma figura que, por exemplo, mesmo cá em Portugal já vai caindo em desuso. Veja-se o que aconteceu na Maia nos últimos anos, quando nem sempre o primeiro dos seus corredores que encabeçava a lista de inscritos era o principal candidato à vitória final. Aliás, a equipa maiata alinhou muitas vezes sem um chefe-de-fila, até porque nas suas fileiras dispunha de várias opções para lutar pela vitória. Quem não se lembra de 2002 quando os maiatos preencheram o pódio final e quando, na última etapa, um crono em Sintra, um corredor seu tirou a liderança e a vitória final... a outro companheiro de equipa.
A Discovery, agora sem Armstrong, tem também na equipa que vai levar ao Tour pelo menos quatro homens com capacidades reconhecidas para fazer... uma grande corrida. O que importa sair-se com o n.º 1? Claro que eu, como português gostava que fosse o Zé. E são muitas as hipóteses de isso vir a acontecer. É verdade que o facto de Armstrong ser sempre o primeiro, num alinhamento por ordem alfabética dos apelidos, ajudou a que se institucionalizasse na equipa esse mesmo factor de escalonamento, e José Azevedo, desde que mudou para a equipa americana era dono do dorsal... n.º 2. Tendo Armstrong saído, e porque Bruyneel tem, de facto, pelo menos mais três corredores que podem vencer o Tour, para não ferir susceptibilidades deverá manter a política do alinhamento pela ordem alfabética, sendo que o nosso Zé é um dos 4 que tem direito - e por direito - a ser considerado candidato.
Mas ele sempre fugiu a esse pormenor. Aliás, foram muitas as vezes que negou mesmo pretender assumir essa responsabilidade. O que conta é que a Discovery - e sobretudo Johan Bruyneel - tem pela frente um desafio aliciante: provar que é capaz de ganhar o Tour mesmo sem Armstrong e, neste caso, e com 4 homens capazes de fazer de Armstrong, qual seria o técnico que arriscaria apostar num e só num... antes de a corrida arrancar?
Vai ser a corrida a decidir quem será o ponta-de-lança dos norte-americanos. Nós, portugueses, puxamos, naturalmente, pelo nosso Zé, mas não devemos ficar melindrados se, a partir de dada altura tivermos de o ver a trabalhar para um outro companheiro. Faço minhas as palavras que o Zé me disse o ano passado: «Vencer o meu Tour é ajudar o Lance a vencer o seu 7.º Tour.» Conhecendo-o como conheço, nada mudou e para o Zé, ajudar um companheiro de equipa a suceder a Armstrong será para ele mais uma vitória na corrida francesa.
P.S.: Hoje em dia, com a possibilidade de "sacar" de qualquer site a história e o percurso desportivo de um corredor é a coisa mais fácil, mas quero aqui chamar a atenção para o trabalho de duas pessoas, fãs declaradas do corredor de Vila do Conde, que meteram mãos à obra e estão a construir o primeiro site inteiramente dedicado a José Azevedo. É um site "não oficial" claro. Igual a milhares de outros que milhares de outros fãs de outros atletas contruiram com um único desejo... homenagear o seu ídolo. Mais dia menos dia o Zé terá o seu site oficial, mas isso não colidirá com este a que me refiro e que podem ver em www.joseazevedo.no.sapo.pt. É um tributo, nada mais do que isso, ao melhor corredor português da actualidade.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário