sábado, junho 24, 2006

121.ª etapa




ENIGMA...



Sigo atentamente o noticiário diário que se debruça sobre o ciclismo nacional e, naturalmente, sobre os três corredores lusos que representam equipas estrangeiras.

Não há muitos dias ainda, uma delas dava conta de que José Azevedo não competiria nos Nacionais - nos últimos anos só veio uma vez, a Almeirim, e ganhou naturalmente -, que Hugo Sabido, depois da desistência na recente Volta às Astúrias, ponderava ainda a sua participação e que... Sérgio Paulinho não participava obedecendo a ordens da sua equipa.

Por isso fiquei bastante surpreendido ao receber hoje, do Gabinete de Imprensa da Astana-Wurth, o seguinte comunicado:

ASTANÁ-WURTH SALDRÁ CON 15 CORREDORES
EN EL CAMPEONATO DE ESPAÑA DE FONDO

24-6-2006
El Astaná-Würth, dirigido por Herminio Díaz Zabala, saldrá hoy en el Campeonato de España de fondo en carretera con todos sus efectivos nacionales, salvo Marcos Serrano y Joseba Beloki. Tomarán la salida 15 corredores, entre los cuales destacan Ángel Vicioso, José Joaquín Rojas, David Etxebarria o Luis León Sánchez como las mejores opciones de medalla. “Buscaremos meternos en los cortes”, dice Herminio, “porque será muy difícil que un equipo controle hasta el final, aunque ese podría ser el caso del Balears, que cuenta con Gálvez para el sprint”.
La carrera, sobre 221,8 kilómetros, dará comienzo a las 11 de la mañana y terminará después de 11 vueltas a un circuito con salida y llegada en Móstoles (Madrid).

Astaná-Würth Team / Oficina de Prensa
Jacinto Vidarte / tlf: +34 69.....
Calle Princesa, 25 – 2º, 1 / 28008 Madrid-ESPAÑA
Tlf: +34 91 542 04 43 / Fax: +34 91 542 51 98


Porque terá sido que Marino Lejarreta não deixou o Sérgio Paulinho correr os Nacionais portugueses e... o permitiu a todos os espanhóis da equipa? Mesmo aos que estão certos na equipa que vai ao Tour?

Enigma!...

1 comentário:

mzmadeira disse...

Agora já percebo porque a Astaná-Wurth mandou todos os seus corredores espanhóis aos Nacionais daquele país: PARA FAZEREM GREVE, juntamente com os outros.

Foi um dos momentos mais tristes e ridículos que o ciclismo conheceu nos últimos tempos e, concordando plenamente com o que o António Dias escreveu no Cyclolusitano, o que os corredores profissionais espanhóis fizeram foi... darem um grandessíssimo tiro no pé.

E volto à Astaná-Wurth. O facto de ter escalado todos os seus corredores espanhóis faz-me lembrar do "gato escondido com o rabo de fora".

Creio que poucos duvidarão agora que tudo aquilo foi concertado, não pelos corredores, mas pelas equipas. E qual terá sido o papel da Associação Espanhola de Ciclistas Profissionais?

Então... é fazendo estas "greves" parvas que querem resolver o problema do doping? Quer dizer... se não correrem não vão ao controlo. Só se for por isso.

É uma questão para todos meditarmos.