DE VEZ EM QUANDO UMA BOA NOTÍCIA
Faz-nos bem ao ego. Que o temos, é evidente, e não há mal nenhum em assumi-lo. Aquele “nos” engloba todos os que gostam muito de Ciclismo.
O Benfica é hoje notícia porque faz parte de um grupo – ainda que elevado – de equipas que merecerão ser convidadas para as principais corridas do calendário. Não é pelo facto de poderem vir a preencher vagas para além das do ProTour, é porque, apesar das diferenças económicas que as separam, demonstraram ser, em termos desportivos e de gestão, tão credíveis quanto aquelas. E é bom para o Ciclismo português que tenhamos uma formação portuguesa nesse lote.
Faz-nos bem ao ego. Que o temos, é evidente, e não há mal nenhum em assumi-lo. Aquele “nos” engloba todos os que gostam muito de Ciclismo.
O Benfica é hoje notícia porque faz parte de um grupo – ainda que elevado – de equipas que merecerão ser convidadas para as principais corridas do calendário. Não é pelo facto de poderem vir a preencher vagas para além das do ProTour, é porque, apesar das diferenças económicas que as separam, demonstraram ser, em termos desportivos e de gestão, tão credíveis quanto aquelas. E é bom para o Ciclismo português que tenhamos uma formação portuguesa nesse lote.
Muita gente houve que desconfiou deste projecto do Benfica, ou da JLS, que escolheu para parceiro o clube encarnado. Desconfiou porque sim, porque é geneticamente português olhar de soslaio seja o que for que apareça de novo. Principalmente se a iniciativa for doméstica. Seremos eternamente uns pobres provincianos. Fechados nas nossas respectivas conchas e tendo como primeiro pensamento algo do género… “se fosse possível já eu tinha feito”.
Custa-nos conceder o benefício da dúvida a seja quem for. Até num projecto com o selo de um nome que não nada a provar, o de João Lagos. Isto numa primeira fase. Depois, quando se começa a perceber que a coisa até pode ser que funcione, sobressai outro dos sentimentos que mais cultivamos. A inveja.
Invejamos tudo e todos os que conseguem ser melhores, fazer melhor.
Mas aí está o projecto JLS-Benfica a mostrar-se perfeitamente exequível reforçando-se a partir de dentro, demonstrando que o primeiro passo para que algo vingue é haver, por parte de quem se empenhou nele, uma dose equilibrada de trabalho e auto-confiança. Muito trabalho e muita confiança. O caso deste Benfica nem é virgem. Foi usando os mesmos ingredientes que a antiga Maia se impôs a nível interno, mas também internacionalmente.
Podemos dizer que hoje, para variar, tivemos uma boa notícia de Ciclismo. Por isso, todos os que gostam da modalidade terão ficado satisfeitos.
Há uns meses atrás ainda se falou na hipótese de podermos vir a ter mais duas equipas no escalão Continental Profissional… Ficou-se pela intenção. É pena.
Embora já contemos com um número não desprezível de provas internacionais no nosso calendário, o Ciclismo português só teria a ganhar se aumentasse o número de equipas que, para além das nossas corridas, fossem também ganhar experiência lá fora. Mais vezes. Em melhores corridas.
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Aproveito para felicitar a coragem e ambição demonstradas pela Fercase-Rota dos Móveis-Paredes, com a contratação de um reforço de peso, no caso, o Eládio Jimenez (ex-Karpin-Galicia). E a contratação do experiente Vergílio Santos pode vir a revelar-se fundamental numa equipa cujo plantel é muito jovem. E espero, sinceramente, que o Joaquim Andrade ainda possa ser reforço. É outra boa notícia.
De sinal contrário, as dificuldades por que passa o Vitória que parece ter herdado as aflições anuais do velho Tavira que, entretanto, conquistou alguma serenidade nos últimos anos. E, claro, a possibilidade de o Centro de Ciclismo de Loulé poder vir a ficar de fora do pelotão. Esperemos que ambos os casos terminem a contento de todos nós, o que seria tê-las, a ambas, no pelotão de 2008.
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