sexta-feira, novembro 30, 2007

989.ª etapa

COM UM ESTREITO ABRAÇO
PARA O “MESTRE” EMÍDIO

Há 15 dias, mais ou menos por esta hora, estava aqui a escrever um texto no qual expressei de forma clara – acho eu – os porquês de uma entrevista publicada perlo Jornal Ciclismo não me ter agradado.

O editor do jornal enviou-me um e-mail “codificado” que não cheguei a perceber; o seu director – com quem falei já esta semana – mostrou uma maior abertura, aceitando as minhas críticas naquilo que, na essência, elas realmente eram: somente a minha opinião.
E o que vem a seguir volta a ser apenas isso: a minha opinião.

Gostei muito do trabalho com o Mestre Emídio Pinto. Muito mesmo.
(Também não incorrerei no erro primário de pretender ler, escrito por outro camarada, aquilo que eu escreveria… Espero ainda poder vir a fazê-lo eu mesmo.)

Mas aplaudo a oportunidade das entrevistas. Desta, com Mestre Emídio Pinto, e também da anterior, com o Cândido. Revelam, por parte do jornal, uma visão séria do fenómeno Ciclismo e, mais do que isso, revelam que sabem perfeitamente o que estão a fazer. E que conhecem os terrenos que pisam.

O Mestre Emídio Pinto é um homem impar.


Tenho a felicidade de ser seu amigo e de saber que é recíproco. Tantas vezes falámos já…
Tantas “estórias” já lhe ouvi – e quero ouvir ainda muitas mais – e exemplos destes deixam a descoberto a desorientação vigente nas redacções dos vários jornais – não há um que escape a esta apreciação – no que concerne às modalidades.

Estou perfeitamente consciente do que acabei de escrever.

O jornalismo – para além daquilo que é notícia – é também a arte de contar histórias.

E é preferível ouvi-las enquanto os seus protagonistas estão vivos.
E às vezes gasta-se espaço a contar histórias decalcadas dos serviços de agência ou pior ainda, que está-se a abusar da Wikipédia.
Isto enquanto ainda temos à mão, à distância de um simples telefonema – embora eu considere esta como a última hipótese –, tanta gente do desporto português (na área das modalidades) com tantas histórias para contar.
Parabéns, portanto, ao Jornal Ciclismo.
E calculo que o João há-de ter sentido aquilo que eu já tantas vezes senti.
Tenho aqui material para uma dúzia de páginas… como vou meter tudo em duas?

É o fantasma que jamais deixará de nos assombrar, amigo.
Pior do que isso, só ver como é tão fácil decidir-se por ocupar duas páginas com biografias decalcadas dos serviços de agência, sobre nomes que só são mais mediatizados do que aqueles que, se calhar são conhecidos por menos gente, mas que são… nossos.

Termino com um estreito abraço para o Mestre Emídio Pinto.

3 comentários:

Pedro Santana disse...

Sem duvida o grande Srº Ciclismo em Portugal.
Em conversa com o Vicente Belda Vicedo da Fuerteventura Canarias durante uma etapa da volta a Portugal deste ano, dizia-me ele que o destino do Mestre Emídio Pinto era morrer enquanto conduzia o carro de apoio durante uma etapa. Que Deus o guarde durante muitos e bons anos entre nós é aquilo que peço para o Mestre.
Já agora amigo Madeira, qual irá ser o futuro do Emídio Pinto enquanto DD para a próxima época?

Abraço

mzmadeira disse...

Acho que tudo está nas mãos do prof. José Santos. Mas também sei que ele é um dos muitos admiradores de Mestre Emídio...
Por outro lado, o Prof. é o DD há mais anos à frente da mesma equipa... por isso acho que tudo vai estar nas suas mãos.

Haverá lugar - interventivo - para os dois?
Não levem isto à letra - porque não há comparação - como seria pôr o Luis Felipe Scolari como "adjunto" do Zé Mourinho?
Complicado, não é?

O Mestre já teve que impôr a sua cátedra, este ano, mas em relação a um parceiro bem menos conceituado - o que não significa de menor valor - que o Prof.
Vamos lá ver...

Em relação à frase que credita ao Vicente Belda - pode ter tido problemas (aqueles que todos sabemos) mas é um dos grandes estrategas do Cclismo mundial - a verdade é que eu já a ouvi da boca do próprio Emídio Pinto. E com "aquele" brilho muito especial nos olhos.

É um bom amigo e aproveito para subescrever o que o Carlos Flórido escreveu neste número do "Jornal Ciclismo". Aconteceu também comigo, terá acontecido com todos... porque eu sou dos mais antigos, mas o Mestre sempre se mostrou disponível para uma boa conversa e tanto eu aprendi com ele... Renovo o abraço que lhe enviei no artigo princpal.

Pedro Santana disse...

Penso que a Madeinox também terá uma palavra a dizer, visto que o Emídio Pinto tem sido o homem de confiança deles. Por outro lado penso que não serei o único que gostaria de continuar a ter o Mestre na caravana Portuguesa.

Abraço.