OBRIGADO, BRUNO! OBRIGADO MANEL...
Para minha sorte, segundo o relatório diário que recebo, houve mais de 150 pessoas que leram a etapa anterior, isto até às três da tarde de ontem. Antes de se saber quem ganhara na Serra de São Mamede. De contrário corria o risco de algumas mentes mais perversas ainda aparecerem - nem que fosse nas conversas de café - a dizer que eu pusera aquela foto onde apareço junto do Bruno Pires depois de saber o resultado da etapa.
Desta vez não têm por onde me pegar.
Foi um artigo diferente, como o está a ser este.
Mesmo aqui no VeloLuso nunca arrisquei parecer ser parcial, muito menos sê-lo. E não o sou. Tenho amigos - felizmente ainda tenho amigos - em todas as formações e faço questão de cultivar a mesma seriedade que sempre me caracterizou. E assim há-de ser até ao fim.
A maioria não terá percebido a mágoa que interiormente sinto por não estar no Alentejo porque, como bom alentejano que sou, disfarço a tristeza com uma ou duas saídas que desviam as atenções.
Infelizmente - e há-de haver razões sustentadas para que medidas destas tenham sido tomadas - a partir da ligação internet do Jornal não consigo aceder às emissões on-line das rádios. Da maioria das rádios.
Ontem cheguei mesmo a pensar em levar o meu portátil pessoal com o qual e através da internet móvel, poderia aceder, por exemplo, à Rádio Voz da Planície... Acabei por não levar. Acabei por ter como informação apenas o filme da etapa. Que, permitam-me uma crítica objectiva e construtiva, é leeeeeeentinhooooooo, porra!
(Ah!, e já agora - mesmo que isso não tenha lá grande interesse porque é fácil perceber que se tratou de uma gralha - como é que hoje [leiam sábado, por favor] houve mais corredores à partida do que aqueles que terminaram a etapa de sexta-feira? Houve repescagens ou há substituições?)
Também vi há pouco o resumo da etapa na Sport-Tv e, em relação àquilo que escrevi na etapa anterior, as coisas ficaram-se pelas meias tintas. Nem foi uma jornada assim tãoooooooo espectacular, mas pronto...
Para pôr um ponto final ao meu momentâneo facciosismo, ganhou o meu compadre Bruno Pires. E ganhou de uma forma espectacular. Hoje não tive oportunidade de ler ainda crónica nenhuma, não sei qual será a leitura dos camaradas que estão no terreno, mas o alentejanito ganhou com classe. Pena é que não foi o suficiente para ganhar a volta...
Acabou aqui o puxar a brasa à minha sardinha porque a sério, totalmente a sério, é preciso reconhecer - porque o merece - que Hector Guerra fez uma grande etapa também. Aliás, exemplar, tendo em conta que era (e assim se manteve) o líder.
Desta feita, amigo Manel Zeferino, as coisas não resultaram. Eu sei que era difícil, mas tiremos o chapéu à corrida do Guerra. Tinha que se preocupar com o David Blanco, e foi isso que fez. Nota 20. Para ele e para o Américo Silva. Dificilmente - eu diria mesmo, impossivelmente - perderá esta prova. Irá ser o segundo triunfo do Américo na Alentejana, depois de já ter ganho com o russo Andrei Zintchenko.
Seria preciso acontecer uma hecatombe para que Hector Guerra perdesse esta Volta ao Alentejo. E assim se manterá a tradição. Ainda não vai ser desta vez - e disso já há a certeza - que alguém consegue bisar. 26 voltas... 26 vencedores diferentes.
Que bonita é a minha Alentejana!...
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Para não estar a queimar artigos e porque amanhã tenho de estar cedo no Jornal e tenho que ir para o vale de lençóis, junto aqui mais um comentário. Às palavras do Orlando Rodrigues, após o crono de 6.ª feira.
Disse o Orlando - com um fino tom de sarcasmo - que a concorrência [ao Benfica] é mais forte dentro de portas do que quando corre no estrangeiro [leia-se Espanha e, para sermos precisos, Comunidade Valenciana].
Quem leu percebeu exactamente o que o Orlando quis dizer nas entrelinhas, mas, e num fim de semana aziago para as águias, quando se quer fazer passar a imagem de que alguém as está a empurrar para baixo... conseguem a proeza de, gratuitamente - no sentido do... não havia necessidade!... - cometerem hara-kiri.
Segui o filme da etapa, vi o resumo da Sport-TV e, tirando uma meta volante ganha pelo Hélder Miranda, onde esteve o Benfica?
E, já que cheguei aqui, e para terminar, deixem-me dizer... na grande fuga do dia as equipas portuguesas foram comidas. Adrian Palomares, Eládio Jimenes e aquele moço sul-africano da Barloworld eram sempre candidatos a vencer no alto. O Paredes ainda lá meteu também o André Cardoso, mas o Benfica meter o Hélder Miranda, ou mesmo a LA-MSS o Cláudio Faria... revela que não acreditaram nunca na fuga. A questão que deixo no ar é esta: porque é que levaram tanto tempo a anulá-la?
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