domingo, dezembro 10, 2006

349.ª etapa


E NÃO SE PODE EXTERMINÁ-LOS?

Não há um mês ainda, numa reunião que sentou à mesma mesa responsáveis da Comissão ProTour da UCI e representantes das associações internacionais de Equipas e de Corredores – ver etapa 329 –, reunião na qual foi, mesmo que tacitamente, reconhecido que o actual Código de Ética não tem valor jurídico (é mais um Regulamento Disciplinar Interno), há dois dias, ao abrigo desse mesmo documento, a associação de equipas ProTour expulsou a Active Bay e a Discovery Channel. A primeira é a proprietária de uma licença ProTour – ainda não percebi se tem ou não equipa nem como é que há duas Astana… –, a segunda porque contratou Ivan Basso, pelos vistos banido pelo Cartel ProTour porque, quer a Federação Italiana de Ciclismo, quer o CONI (Comité Olímpico Italiano), não encontraram motivo para suspender o corredor.
Faz-me lembrar a história de um velho ditador que, tendo-lhe sido escondido que já não governava, continuava a despachar documentos-fantasma.
O que este Cartel parece desconhecer é a força dos tribunais estado-unidenses no que respeita à defesa dos Direitos dos seus cidadãos ou organizações.
Mas de Austin ainda não veio nenhuma reacção visível. Devem ter constatado o que nuitos já perceberam. Estes movimentos do referido Cartel não são mais que as convulsões finais do estertor de pré-defunto, numa morte pré-anunciada.
Em relação a isto, subscrevo na totalidade a opinião do Joaquim Nascimento (Record de ontem). É que, de facto, começa a faltar pachorra que chegue para reconhecer ponta de moralidade a esses senhores.

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