domingo, dezembro 17, 2006

361.ª etapa


CICLISMO PORTUGUÊS, QUE FUTURO?
FUNDAMENTOS – I


Precisamos de uma equipa que compita ao mais alto nível internacional.
Primeiro, porque temos, de vez, que deixar de ser miserabilistas. De autocomensurar-mo-nos, aceitando, sem um esboço sequer de luta, que somos uns pobres coitados, afastados do centro do Mundo. Que é este o fado que nos foi concedido e que o melhor a fazer é conformar-mo-nos. Não!...

Segundo – mas não menos importante –, porque Portugal tem, de facto, um rol suficiente de corredores de qualidade que merece mais do que andar por aqui a fazer voltinhas.

(Sem ponta de desprimor em relação a qualquer organização, seja ela qual fôr).
Apesar de a maior fatia se limitar a cumprir aquele tal fado.

O facto de sermos periféricos não pode ser desculpa para ninguém se atrever a dar um passinho maior. Antes pelo contrário, deveria fazer com que tentássemos alargar a passada. Inovar. Surpreender.
Não foi assim que nos lançámos ao Mar Oceano e acabámos por demonstrar ao Mundo que mares há muitos? E oceanos também.

Nada no meu passado me liga ao Ciclismo.
Em minha casa nunca houve uma bicicleta. É verdade!
Entrei na Modalidade… quase diria a contragosto, mas rapidamente aprendi a amá-la. Claro, para amá-la foi preciso ir conhecendo-a. Foi o que fiz. Nunca me deixei ficar pelos encontros casuais, episódicos. A partir de certo momento deixei de poder viver dela afastado, por isso, procurei formas que me permitissem uma ligação quase permanente. Claro que há.
Há livros, há jornais (novos e velhos; velhos, principalmente), há pessoas a ela ligadas há muito tempo. Fiz amigos, estreitei laços, perguntei, quis saber…
Ouvi.
Ouvi muita coisa. Tanta que, mesmo sem que nada no meu passado me ligue ao Ciclismo, consegui preencher espaços vazios e fazer, mais ou menos sólido, os meus conhecimentos sobre a modalidade.
Vale tudo.

Um recorte de jornal aqui… 15 minutos de conversa com um velho acompanhante (estou a lembrar-me do Chico Araújo) ali… E depois do surgimento da Internet, todo um manancial de informação que não me canso de consumir.

Ao Ciclismo português fui-o aprendendo com a prática, vivendo-o muito por dentro, nos últimos 16 anos. Ao Ciclismo, no geral, busquei conhecê-lo usando tudo o que estava ao meu alcance.

E porque, sem falsas modéstias, me reconheço o mínimo de autoridade para tocar no assunto, aqui está este trabalho. Quase a entrar na sua fase crucial.


Não tenho pretensões.
Nunca isso me preocupou.
Tenho dados que não muitos terão e sobre eles firmei uma opinião.
É isso que quero compartilhar.
Há quem, ciosamente, tente esconder dos demais que sabe em quantas cores se decompõe o arco-iris. Isso dá-lhes segurança. Um falso sentido de segurança. É que, ao não tentarem sequer partilhar essa informação, fugindo ao tema, acabam por ignorar que o segredo é do conhecimento de todos. Não vale um chavo, portanto.

E – estarão vocês a perguntar-se – onde é que irá encaixar mais este desvio de rota?
(É verdade que sou mesmo difícil de ler?)

Vai encaixar-se no facto de haver quem bem poderia ajudar numa pequena revolução do nosso Ciclismo mas que, porque se julgarem donos únicos – já viram a incongruência? - de determinados conhecimentos, se recusam a partilhá-los com todos. Acham que assim garantem uma certa superioridade. Coisa vã. Vazia. Que não serve para nada a não ser para alimentar os próprios egos. E isso não serve a mais ninguém. Pior. Isso não tem servidão nem para os próprios. Se sabem e não dizem, ninguém sabe que sabem.

Era bom que, quem tivesse ideias viesse a público sem medos de as apresentar. É isso o que eu estou a fazer. Daí (mais) este pequeno desvio da rota.

Mas eu não perdi o fio à meada.

Não o percam vocês também.

1 comentário:

Pedro disse...

tenho de confessar que nao concordo com uma coisa que escreveu neste último posto.... díficil de ler??? não me diga que ler quem não percebe nada do que fala é que é fácil de ler amigo manel!!

já não vinha aqui há 3 ou 4 dias e estou a pôr a leitura em dia.... quando acabar resumo aquilo que acho

abraço