quarta-feira, julho 09, 2008

II - Etapa 127

A FALAR NOS ENTENDEMOS

Conheço o Cândido Barbosa há 17 anos! Uma vida.
A primeira corrida de Ciclismo que cobri, ainda n'A Capital - e que serviria para meu tirocínio, uma vez que daí a poucos dias arrancaria o I Grande Prémio A Capital, para o qual eu já estava indicado, e como não percebia nada de Ciclismo -, foram uns Campeonatos Nacionais de Juniores, ou Cadetes, lembro-me lá agora... ali para os lados da Terrugem. Ganhou ele.

Já agora - e torno depois ao tema - também assisti à primeira vitória, como profissional, de um então mui jovem e franzino Corredor que o prof. José Santos lançara na equipa principal da então Recer-Boavista num Grande Prémio de Almoçageme. Chamava-se, chama-se ele... José Azevedo.

Tive a felicidade de na minha primeira corrida ver o "puto" Cândido Barbosa já a dar cartas; e de ter estado também nas primeiras vitórias - uma etapa e a geral final - do Zé. Sinto-me um sortudo.

Voltando ao Cândido.
Falámos ontem, ao inicio da tarde. Ele tinha-me ligado, mas porque o telemóvel tinha ficado sem carga, não o atendi, liguei-lhe eu mal o coiso voltou a ter energia e falámos um bom bocado. De várias coisas. Mas quando ele me ligou era com um intuito declarado e, obviamente, escutei-o.

O Cândido não me ligou para se queixar, não senhor. Aliás, fez questão de frisar que, em relação àquela parte em que eu escrevi "é um bom rapaz, mas tem cá um feitiozinho!...", aceitava a minha observação como sendo uma opinião minha - era - e por isso a respeitava.
Eu não disse que ele é um bom rapaz?

Mas o Cândido queria esclarecer comigo a estória do bater no peito e de levantar o(s) dedo(s) ao cruzar a meta.

Isto, é um facto: sabendo que eu não poderia estar a acompanhar a corrida, um amigo comum - meu e do João Cabreira - assim que pode ligou-me a dizer-me que o João se tinha sagrado Campeão Nacional. Estava a cerimónia do pódio a terminar, tanto que, ainda durante essa mesma ligação, esse amigo comum me pôs a falar com o João, passando-lhe o telemóvel. Pude dar-lhe os parabéns, assim, quase de imediato.

Falámos, eu e esse amigo que temos em comum, do inesperado - se calhar não - apoio que o público presente manifestou aos dois "sobreviventes" da LA-MSS-Póvoa de Varzim, falámos da situação pela qual a equipa passa... de várias coisas, mas não que qualquer gesto fosse da parte de quem fosse, pelo que deduzo que, mais preocupado e levado pela emoção, essa pessoa nem tenha visto o Cândido chegar.

Outro facto: na manhã seguinte, ainda antes de vir espreitar ao VeloLuso já tinha visto os jornais desportivos e, sinceramente, não achei piada ao que li. Logo a seguir, mal abro o VeloLuso, vejo que já há um comentário à notícia que foi veiculada por dois deles (jornais). E dei conta da indignação da pessoa até porque, como já referi, eu também não tinha gostado de ler o que li.

Acontece que hoje [ontem], pela boca do próprio Cândido fiquei a saber mais um facto, este de todo repreensível. Garantiu-me o Cândido que nenhum jornalista falou com ele, nomeadamente para lhe perguntar sobre o significado do pretenso gesto. Garantiu-mo, e disse-me que está à espera da primeira oportunidade para o esclarecer com quem escreveu a notícia. De facto na notícia não havia palavras do Cândido. Antes a interpretação, pelo repórter, de um gesto que sobre o qual, repito, o Cândido garante não ter sido interpelado. E eu não tenho porque não acreditar no Cândido.

E ele foi taxativo: "Nenhum jornalista me perguntou o que poderia significar aquele gesto."
Acredito nele. Mas aproveitei para lho perguntar eu mesmo.

E o Cândido deu-me a sua versão do caso. Que fez um gesto sim, mas que não tinha nada a ver com o vencedor da prova, que não se lembra se levantou dois dedos ou um, ou o punho fechado, que, naquele momento, se congratulava a si próprio por - e é verdade que os jornais o disseram, pondo a frase na sua boca - "num traçado nada a meu jeito, afinal, ter conseguido ficar ainda nas medalhas".

Em relação à "frieza", que eu também comentei, em relação ao novo campeão, o Cândido explicou-me que não são, de facto, boa as relações pessoais entre os dois. Coisa que para aqui não interessa. Não serve o VeloLuso para troca de galhardetes e não serve porque eu não o vou permitir.

Quanto ao "msm" ao qual eu também me refiro (na etapa II - 120), confirmou-mo, leu-ma, não são exactamente aquelas as palavras, mas a ideia que prevalece é aquela que deixei escrita. Disse-o ao Cândido, reforço-o aqui, questões pessoais à parte, no fundo, é engraçada e não ofende ninguém.

Ponto final neste assunto.

Agradecia que se abstivessem de comentar este artigo - podem fazê-lo, se quiserem, em privado para o meu mail que é exactamente o nome de utilizador que "assina" os meus artigos, seguido do @hotmail.com - pela razão que creio, deixei clara: aqui não há troca de galhardetes.

Sem comentários: