quinta-feira, maio 08, 2008

II - Etapa 57

VOLTA ÀS ASTÚRIAS CONTINUA A SER
TERRENO ONDE OS "TUGAS" SE DÃO BEM

Olhando bem para as Corridas no estrangeiro onde Corredores de equipas portuguesas se dão melhor, não sobejarão muitas dúvidas de que muitos dos melhores resultados que conseguimos extra-muros acontecem nas Astúrias.

E, naquilo a que chamaria de passado muito recente - um período de dez anos, por exemplo -, o Principado entalado entre a Cordilheira Cantábrica e o Mar com o mesmo nome foi palco de vários feitos para o Ciclismo luso.

A começar pela histórica vitória de Pedro Silva em 1998 - passam agora, exactamente dez anos (ninguém se lembrou), na então Recer-Boavista - quando ganhou a a etapa que terminou em Avilés batendo ao sprint um senhor chamado... Laurent Jalabert. Que venceu essa edição da prova.

Depois, em 2000, tivemos o retumbante triunfo de José Azevedo, na então Maia-MSS, no alto do Viso, e a primeira (e única) vez que um português vestiu a camisola amarela nesta prova. Mas há mais exemplos. Tanto de vitórias em etapas (Pedro Lopes, Andrei Zintchenko, etc...) como triunfos finais.
Ok, foi apenas a segunda vez que ganhámos, sempre com corredores não portugueses.

A primeira foi em 2003. Ganhou Fabien Jeker, então na Maia-Milaneza dirigida por... Manuel Zeferino. Ontem conseguimos para Portugal o segundo triunfo, desta vez com Angel Vicioso, corredor na nóvel LA-MSS-Póvoa, dirigida por... Manuel Zeferino.

Mas vou deixar para mais tarde um comentário abrangente a esta corrida.

Agora, e porque é de todo justo, queria acrescentar mais um triunfo de um corredor de uma equipa portuguesa em Oviedo.
Depois de Pedro Lopes (da velha LA Alumínios), que até bisou, ontem coube a vez a Pablo Urtasun, da formação de Vítor Paulo Branco e diririgida por Américo Silva a lograr ser o primeiro na chegada à capital do Principado.

E foi, porque eu vi o que a RTPA mostrou, uma vitória mais do que justa.

Urtasun estava na fuga do dia; a longos 15 quilómetros da meta tentou a sorte em solitário; não resultou mas depois, nos últimos 500 metros, ainda teve força para numa derradeira sapatada somar mais um triunfo para a equipa da Liberty Seguros.

Repito, um triunfo plenamente merecido.

Não sei se vivido com a alegria que deveria ter acontecido, uma vez que, afinal de contas, a Corrida foi levada por um concorrente directo, a super LA-MSS-Póvoa.

E aqui não estou a fazer joguinhos de palavras tipo... «o pelotão seguia a diesel enquanto a LA-MSS parecia usar super...» [como saiu n'O Jogo], ainda por cima com o enquadramento que, inesperadamente, "emoldurou" os quatro últimos dias desta corrida.

Outro assunto a que voltarei daqui mais a pouco.

Serve este artigo para destacar, sublinhando o facto de que, afinal, não somos tão coitadinhos assim...
Que tivemos dois Corredores de equipas portuguesas a ganhar duas etapas desta Volta às Astúria e que um deles andou de amarelo do princípio ao fim.

Desafio, seja quem for, a questionar, agora, a táctica engendrada pelo Manel Zeferino. Acredito - e tenho no meu telemóvel prova disso - que tenha havido a quem custou a engolir isso. Verdade seja dita que, por esses lados arriscar é um verbo raramente conjugado.

E a verdade é que eu vi todas as transmissões das etapas, li o que pude ler da imprensa espanhola e... não identifiquei sequer sombra de maldosas insinuações em relação à etapa que a LA-MSS-Póvoa fez no primeiro dia.

Apesar daquele... "o mundo do Ciclismo em Espanha está revoltado!..."
Às vezes tomamos o nosso umbigo pelo Mundo...
Mas eu ainda sei reconhecer o que é uma dor de cotovelo.
E não me tentem provocar com mais insinuações!

Parafraseando o grande, o enorme Alfredo Farinha - um dos monstros do jornalismo desportivo português -, eu sei tudo o que escrevo, mas (ainda) não escrevo tudo o que sei.
Tenham lá calma!

Para quem não teve oportunidade de ver a chegada da etapa de ontem, a última, ganha pelo Pablo Urtasun, da Liberty Seguros, podem ver, agora, aqui (X).

(Para verem todo o écran - embora perca qualidade, é clicar no segundo icon, a contar da direira, entre o volune do som e a contagem do tempo)

É claro que na foto que aparece acima do vídeo não vemos O VENCEDOR DA VOLTA ÀS ASTÚRIAS... apenas o vencedor da derradeira etapa. Até os melhores se enganam...

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