ESTAMOS PERANTE O FUTURO!...
Permitam-me o ligeiro desvio na forma como vou abordar este artigo.
Hoje, domingo, 11 de Maio de 2008 - e se nada vier a alterar-se nas próximas semanas -, os amantes do futebol, em geral (porque, creio, o nome é consensual), e os adeptos do SL Benfica, em particular, despedem-se de uma das figuras que conquistou, por direito próprio, o estatuto de símbolo do clube encarnado. Rui Costa, é o seu nome. Um senhor. Que, mal grado ter atingido o estrelato, se manteve sempre umbilicalmente ligado a nós, simples mortais. Nisso reside a diferença entre o Rui Costa e outras estrelas que - e quem lhes pode levar a mal? - subiram acima dos mesmíssimos comuns mortais, e jamais se dignaram a voltar ao nosso plano... meramente terreno.
Pronto, fica aqui - por uma vez sem exemplo - uma "entrada" diferente.
Não é novidade para ninguém que sou simpatizante do Benfica.
Nunca o escondi.
E, não gostando de futebol por aí além (e definitivamente não sou um "sofredor"), aproveitei a oportunidade para, à minha maneira, prestar esta pequena homenagem ao Rui Costa.
Mas - adivinho-vos a pensar - "este não dá ponto sem nó!".
Ok, confesso. Mas confesso, antes de mais, a péssima "ligação" que fui desencantar, isto porque, e ao nível do VeloLuso, quem eu quero mesmo destacar aqui é o... Rui Costa.
O jovem Corredor encarnado que ontem fez uma etapa - adivinho-o (estou a repetir-me) - espectacular.
Não sei de pormenores, baseio-me apenas na classificação que vi no sítio da Edosof, e isso chega-me. O Rui Costa, o jovem Rui Costa - será do nome? -, foi o 5.º no alto de Navacerrada, a 1.54 minutos de Ezequiel Mosquera, sabem quem é não sabem? Um dos muitos vizinhos espanhóis que chegaram ao profissionalismo via-Portugal; oito segundos à frente de Paco Mancebo, da Fercase-Rota dos Móveis (a outra equipa lusa a correr a prova de Alcobendas); 8.58 minutos à frente de Alexis Rodriguez, também do Paredes, tal como André Cardoso - um trepador com provas dadas (ganhou o prémio da montanha na Volta a Portugal, o ano passado) - que chegou 13.29 minutos depois. O mesmo tempo gasto por, por exemplo, Eládio Jimenez (ainda do Paredes), o homem que o ano passado ganhou, em menos de um mês, Montejunto, a Senhora da Graça e a Torre; que o sul-africano John Lee Augustin, grande revelação como trepador, o ano passado; que Adrian Palomares; que... Stefano Garzelli; que... Alejandro Valverde.
Fixem o nome: RUI COSTA.
Entretanto, e graças à também boa corrida de Mikel Pradera (10.º) e de Mário Costa (outro jovenzinho) o Benfica lidera a prova por equipas.
Disse lá atrás que sou adepto do Benfica.
Pois sou!
E sou jornalista.
E preso a minha independência e a minha honestidade.
Por isso escrevo aqui o que ninguém teve a coragem de escrever em lado nenhum:
Que bom o Benfica ser notícia via resultados desportivos.
Que pena aquela triste manobra de pura diversão - o "comunicado" que, como escrevi, foi pensado para enganar os tolos e... enganou - que, no decurso da Volta às Astúrias só teve como fito desviar as atenções dos adeptos da - com a excepção do Zé Azevedo - mísera prestação da equipa.
E com a cumplicidade (pode até não ter sido intelectual, mas foi-o materialmente) dos ignorantes do costume.
Um claro, claríssimo fait-divers, uma manobra de diversão - sustento-o eu aqui - com o nome do Benfica, relegou para segundo plano a sensacional corrida da LA-MSS-Póvoa.
E para que não me chateiem o juizo... não menosprezem a minha memória de elefante.
Só quero que saibam que eu sei... de muitas estórias!
(Por isso ia rebentando a rir - sozinho, com toda a gente a olhar para mim no comboio - quando recebi uma certa mensagem!...)
Se todos perceberam que tudo não passou de uma manobra de diversão... porque é que eu não o li em nenhum lado?
Na, na, na, na... não falhei um único jornal.
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