II - Etapa 145

CAMPEONATOS NACIONAIS DE VETERANOS (*)

Grândola recebeu no passado dia 25 de Maio e pelo segundo ano consecutivo, o Campeonato Nacional de Estrada para os escalões de Masters/Veteranos A, B e C.
Temia-se que a chuva viesse a complicar a tarefa de todos, mas a aparição do Sol, ainda que tímida, as pouca nuvens e o vento reduzido, criaram um ambiente propício para a prática da modalidade.

O programa das provas contemplava um total de duas voltas grandes para os ciclistas Masters C (+49 anos), ao que correspondiam 82 km;
duas voltas grandes e uma volta pequena para a categoria Masters B (39-49 anos), correspondentes a 106 km;
e, finalmente, os ciclistas Masters A tinham que cumprir duas voltas grandes e duas voltas pequenas, num total de 130 km.

Em termos desportivos, o evento foi muito atípico porque, uma vez mais, para se poupar tempo e, sobretudo, dinheiro, todas as categorias partiram em simultâneo, para irem terminando à medida que cumpriam as voltas previstas no programa da competição.

Todas as restantes categorias do ciclismo de estrada têm os seus campeonatos nacionais com provas em separado, ao contrário do que acontece nestas categorias.

Este facto altera por completo a estratégia de cada equipa, bem como o esforço individual de cada atleta nesta prova em concreto, uma vez que ciclistas de diferentes categorias podem ajudar ou prejudicar a acção, o esforço e o resultado final uns dos outros, algo que não aconteceria em provas com os ciclistas a competirem única e exclusivamente com atletas do respectivo escalão.

Resultados finais
Veteranos A
1.º, Gualdim Carvalho (CC do Litoral Alentejano)
2.º, David Caetanita (CC do Litoral Alentejano)
3.º, Paulo Martins (GD Janotas&Simões)
Veteranos B
1.º, Vítor Faria (GD Janotas&Simões)
2.º, Luís Gomes (CC do Litoral Alentejano)
3.º, Eduardo Madeira (CC do Litoral Alentejano)
Veteranos C
1.º, Tito Timóteo (Silvino J. Silva/SC Vila Verde)
2.º, Armindo Pereira (Silvino J. Silva/SC Vila Verde)
3.º, Manuel Carvalhosa (Rodabike)

(*) - Texto, editado a partir do original que me foi cedido pelo prof. Pedro Pinheiro

(Blog: Multiactividades Desportivas);

a foto também a tirei de lá, espero que o João Fonseca não se importe

Duas notas
1. de facto, e provavelmente foi distracção minha, não abri todos os mails quando os recebi, nem depois quando os apaguei, esta competição passou-me ao lado. Fez bem o Pedro Pinheiro em chamar-me a atenção. Se é para destacar todos os campeões nacionais de estrada, então os Veteranos (porquê Masters? Veteranos é tão bonito...) também têm que constar. Está remediada a falha.

2. estive, há coisa de quatro ou cinco anos, a assistir a uns CN de Veteranos no Circuito de Torres Vedras onde, curiosamente, eu era o único jornalista presente e só lá estava porque estava... de folga. E testemunhei o que o Pedro aqui conta. Os três escalões partiam ao mesmo tempo, nas primeiras voltas passavam ainda muito agrupados na frente e só quem os conhece bem, e sabe a que escalão pertencem é que poderia dizer quem ia a andar bem ou mal...
Concordo quando o Pedro diz que, à semelhança do que hoje acontece em todos os outros escalões - ainda não há muito tempo que as Corredoras seniores corriam junto com os rapazes juniores; e as juniores com os cadetes, mas iso, entretanto, acabou - os Veteranos também mereciam um Campeonato Nacional um pouco mais digno.

Os custos, a que o Pedro se refere, deverão ser com o policiamento.
Ora - azar isto da conversa ter descambado para este lado - o problema do policiamento das provas de Ciclismo arrasta-se há anos, daqui a pouco dez. Lembro que, na altura, foi a AC Minho a liderar a contestação.
O que é que foi feito neste meio tempo? Preocupou-se a FPC, como entidade máxima representativa de TODO o Ciclismo, em fazer alguma coisa?
É que, estou bem lembrado, nesse tal campeonato de Veteranos a que assisti em Torres Vedras, em 2003 ou 2004... talvez em 2005, havia três (3) batedores da Brigada de Trânsito para um pelotão que ainda rondava, entre as três categorias, as cem unidades.
Preocupação com a saúde e o bem estar dos Corredores, só através de um inaceitável controlo das suas vidas privadas, 24 sobre 24 horas, não vão tomar algum comprimido de cor errada.

Segurança nas provas? Ora, se acontecer alguma coisa, como aconteceu, por exemplo, o ano passado e em tripicado, com o Quim Andrade, primeiro um atropelamento com fractura da clavícula, quando treinava; depois queda feia na Volta ao Alentejo e, finalmente, quando, na pista da Malveira, lhe caiu literalmente em cima uma estrutura que só podia estar mal montada, senão não caía... isso são contingências da vida de um Corredor.