Já o fiz aqui várias vezes e sempre avisando que, julgando-o eu significativamente importante, voltarei a fazê-lo quando isso se justificar.
Refiro-me ao repescar para artigo principal um comentário que corre o risco de passar despercebido.
Este, alguns o terão lido nos comentários da Etapa 146. Mas eu quero que todos dele tomem conhecimento.
Aqui fica:
"Quero só deixar uma correcção. Esta EPO - a CERA - tem já os critérios de positividade definidos. Sem isso acontecer, mesmos que os laboratórios detectem a substância, não podem declarar a análise como adversa. Foi o que aconteceu no ano passado com o Rasmussen e uma série de pessoas do atletismo em França, com outra EPO, a Dynepo.
Essses critérios têm de ser amplamente estudados e têm de passar pelo crivo igual a qualquer outro estudo que seja publicado em revistas "per review", ou seja, revistas e analisadas por outros cientistas.
Se chumbarem não são publicadas, logo não podem ser implementadas.
E sem serem reconhecidas pela comunidade científica nunca passariam nos tribunais.
Já soube de vários estudos financiados pela WADA que esta decidiu não implementar por não serem suficientemente sólidos.
É que não se trata de uma brincadeira. Uma técnica anti-doping má pode destruir carreiras e vidas. Por isso, na dúvida, é preferível deixar fugir pessoas que fazem batota a implementar técnicas pouco credíveis ou declarar análises positivas duvidosas."
D. L.
1 comentário:
Será impressão minha ou está tudo louco!!! Infelizmente o Tour já terá pelo menos 3 casos positivos (a confirmar pelas contra análise), e há mesmo quem o tenha admitido. E já foi avançado que dois sponsors de equipas de topo (Saunier Duval e Barloworld) retiraram o apoio às respectivas equipas que patrocinam (o que não significa o fim das equipas, contrariamente ao que tem sido amplamente noticiado). Falta saber se as equipas terão algum envolvimento (o que não acredito, mas…) ou se foi por iniciativa pessoal dos atletas envolvidos, na ânsia de apresentar resultados.
E já começou a caça às bruxas. Os alvos principais são, como de costume, os médicos. Mas um dos casos, o Dr. Marcos Maynar (médico da LA MSS), é no mínimo patético. Divulga a imprensa que ofereceu os seus serviços (e do laboratório de uma faculdade que dirige) a várias equipas para efectuar controles anti-doping internos. Ainda não li que se tenha oferecido para dopar atletas com métodos infalíveis ou qualquer outra coisa do género. E seria tão ingénuo ao ponto de enviar e-mails por si assinados a várias equipas se não oferecesse algo legal e até recomendável, pondo em risco a sua carreira e a credibilidade da instituição?
Mas não é isso mesmo que, por exemplo, a CSC já faz? E não será esta uma prática louvável? E não será a melhor forma de as equipas se protegerem deste tipo de casos que em última instância poderão significar a extinção da própria equipa. Na minha humilde opinião esta prática deveria ser fomentada e até ser obrigatória. É que existem substâncias que são pura e simplesmente interditas, mas outras, até porque são produzidas pelo organismo em condições extremas, tem limites máximos admissíveis e que podem e devem ser monitorizados. Quem sabe alguma coisa de ciclismo (e outros desportos de alta competição) sabe que esta prática é normal e generalizada, porém normalmente feita por métodos por vezes empíricos e quase artesanais, não por métodos científicos comprovados, por não terem acesso e disponibilidade de técnicos e equipamentos laboratoriais necessários. E, em casos extremos, até poderá por em causa a saúde dos atletas, o que deverá ser sempre a prioridade dos agentes envolvidos!!!
É uma atitude responsável e recomendável, e que julgo até vai de encontro aos regulamentos em vigor. É pelo menos o que pessoalmente depreendo do Regulamento Geral e Técnico de Corrida da UVP/FPC, Capitulo 13.2.010 - Código de Conduta dos Médicos, nos seus pontos 31 e 32.
Mas, também não tenho dúvidas, há quem se aproveite dos atletas e porventura de equipas, para obterem (elevados) lucros com a oferta de produtos e métodos milagrosos!!!
Se as equipas tivessem capacidade financeira e vontade para a realização de controles internos, poderiam evitar muitos dissabores como aqueles que infelizmente vão acontecendo e que mancham e alteram a verdade desportiva do ciclismo profissional.
Infelizmente, e á falta de melhor, estas noticias amplamente divulgadas pelos OCS, serão certamente aproveitados como suporte de algumas suspensões em vigor a atletas e outros elementos da equipa LA MSS, "decretados pelo Conselho de Disciplina da FPC" (ou terá sido pelo já célebre "conselho de estrada"), e que parece ninguém saber porquê. Ou não seja o Dr. Marcos Maynar o médico daquela equipa. Mas, tenhamos esperanças, na altura certa, "as suspeitas" (que parece não passam disso mesmo) serão do domínio público. Esperemos que ainda durante a época desportiva em curso…
A modalidade continua “doente”, mas felizmente está longe de estar “moribunda” como alguns profetas do apocalipse pretendem fazer crer! Quem acompanha os blogues e fóruns sobre esta modalidade e lê alguns artigos e principalmente alguns comentários aí expressos, reveladores por vezes de total ignorância sobre aquilo que opinam, sabe do que falo.
Cumprimentos
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