COMO TUDO MUDOU...
PARA PIOR (DIGO EU!)
Ora, serviu a “Nota” anterior para me justificar pelo facto se só agora aqui aparecer com um novo artigo.
Achei engraçado, ontem, um amigo ter-me telefonado para saber se se passava alguma coisa comigo porque a tarde já ia a meio e eu ainda não escrevera nada. Um abraço para ti, Amorim!
Isto porque – e fiquem descansados que não voltarei a maçar-vos com os mesmos argumentos – de facto há, pelo menos uma mas há, notícias que hoje são dadas à estampa por um dos desportivos, que não poderia nunca deixar passar em claro.
E volto aqui a vincar as tremendas saudades que tenho de um passado que, infelizmente, não vivi.
Já aqui disso falei.
Ditou o destino que eu tivesse aparecido no Ciclismo numa altura em que todos os “velhos lobos” – à excepção do meu caro Guita Júnior – foram saindo, pese embora ainda tenha tido o privilégio de trabalhar ao lado de “monstros” como o Zé Neves de Sousa, do António Sousa, do Costa Santos, do Dias Neves… e, embora em plataformas diferentes, do Fernando Correia, do Ribeiro Cristóvão, do… Fernando Emílio (da rádio)…
Os meus jovens companheiros de hoje, mesmo os mais humildes, que não fazem questão de me esfregar no nariz o seu douto Diploma de Jornalista formado na Faculdade, não conseguem, jamais conseguirão, perceber do que eu estou a falar.
No fundo, e perdoem-me se estou a ser imodesto, eu sou o último dos jornalistas de Ciclismo que conviveu com alguns dos nomes que constarão sempre da História do Ciclismo Nacional, no que aos jornais (e rádio, que a televisão, nessa altura, era miragem) diz respeito.
Toda uma geração, herdeira de gerações anteriores de outros nomes enormes como Lança Moreira, Artur Agostinho, Nuno Brás… - três nomes da rádio, porque os da escrita foram, durante muito tempo, os mesmos. Eu sei que vocês não sabem do que estou a falar…
Estou a falar de quando os verdadeiros especialistas em Ciclismo eram… os Jornalistas.
E isso, nos dias de hoje, é uma figura não encaixável na realidade.
1 comentário:
Amigo Manel, como eu te compreendo. E como sei que tu me compreendes. »Ai que saudades, ai, ai», diria o saudoso Carlos Pinhão.
Abraços
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