[Acordo Ortográfico] # SOU FRONTALMENTE CONTRA! (como dizia uma das mais emblemáticas actrizes portuguesas, já com 73 anos, "quem não sabe escrever Português... aprenda!») PORTUGUÊS DE PORTUGAL! NÃO ESCREVEREI, NUNCA, NUNCA, DE OUTRA FORMA!
terça-feira, agosto 08, 2006
191.ª etapa
PORTUGUESES "IN"...
Não gosto, tenho que o dizer, mas entendo. As equipas portuguesas, a sua grande maioria, assenta sobre a Volta todas as baterias. A Volta é que interessa e, tudo o que aparecer pelo meio é benvindo mas, a mesma maioria, só recolhe esses dividendos em situações mais ou menos "acidentais". Eu escrevi: a MAIORIA!
Entretanto, aqui estamos nós em plena Volta. E que vemos? Pois bem, vemos que TODAS as equipas portuguesas - há duas em menor evidência, mas já lá vou - já têm algo contabilizado a seu favor. Vejamos:
- A LA Alumínios-Liberty ganhou 2 etapas, teve dois dias a camisola amarela e mostrou que tem força suficiente para controlar a corrida... sempre que quiser. Nota alta para o bloco de "operários" e um grande destaque para Cândido Barbosa que, afinal de contas, é um dos favoritos - talvez o mais favorito - ao triunfo final.
- A Carvalhelhos-Boavista conseguiu um dos seus objectivos (ganhar uma etapa) e juntou a isso o ter tido já a camisola amarela. Entretanto, mantém-se como uma das mais bem colocadas para a vitória no Prémio da Juventude. Sendo uma das menos "sonantes" das classificações secundárias, não deixa de ser importante, tanto que merece uma camisola especial.
- A DUJA-Tavira "ganhou" moralmente a 2.ª etapa - teve um homem em fuga até 400 metros do final - e, de facto, a terceira. Como factor menos positivo o facto de ter sido a única a não meter, hoje, um corredor na fuga do dia. Mas esteve nas outras fugas, nas outras etapas.
- A Madeinox-Bric já conseguiu mais do que aquilo que esperava. Ganhar uma etapa é o mínimo que TODA a gente deseja. Chegar à camisola amarela nem todos arriscam querer, mas a formação de Gaia conseguiu-o.
- Barbot-Halcon, Imoholding-Loulé e Paredes-Beira Tâmega têm trabalhado para aparecerem nas fugas e ambas já chegaram à liderança do Prémio da Montanha. É uma classificação secundária mas é também a segunda mais importante da Volta. Certo que as maiores montanhas ainda estão para vir, mas já apareceram estas equipas no pódio.
Ainda não foram ao pódio, mas tanto a Riberalves-Alcobaça como a Vitória-ASC têm vindo a estar presentes nas fugas, cumprindo outro dos objectivos a que se comprometeram: mostrar as camisolas, facturar, em termos de publicidade. Destaque aqui, e muito merecido, para Micael Isidoro, da equipa de Vítor Gamito.
- A Maia-Milaneza... tem estado discreta. Como equipa mais ganhadora da temporada não sentia a pressão da necessidade de se mostrar e os seus objectivos são mais altos. Quer ganhar a Volta e tem mantido os seus homens-chave na quietude (?!) do pelotão. Hoje já se mostrou, com Pedro Andrade e quem percebe o mínimo disto terá entendido o porquê. Natural daquela zona - é da Feira - e, de certeza, corredor fundamental para o trabalho que a equipa pretende fazer daqui para a frente, terá tido hoje a sua oportunidade pois daqui para a frente... vai ser trabalhar, trabalhar e trabalhar.
- Em relação à Vitória-ASC, na última meia dúzia de anos o seu director-desportivo, José Augusto Silva sempre conseguiu levar um corredor seu à camisola amarela. Não tendo sido hoje, começa a faltar tempo à formação de Guimarães, mas isto ainda não acabou... De qualquer modo, e porque estou a fazer uma primeira avaliação às equipas nacionais nesta Volta, a Vitória-ASC será aquela que menos tem para mostrar.
Quanto às formações estrangeiras... Bem, a Barloworld apareceu logo na primeira etapa mas depois... esfumou-se. Até se pode compreender isto se o traduzirmos numa opção: a de pôr à frente um triunfo final, poupando o colectivo a desgastes desnecessários. "Traduzindo": não vieram cá para ganhar etapas, mas para ganhar a Volta. Atenção a esta equipa!
A Lampre apareceu hoje no comando do pelotão, como a Kaiku e a Comunitat Valenciana já tinham feito antes, nas primeiras etapas; a ELK austríaca apareceu em duas etapas, em fugas (principalmente na 1.ª), e, tanto a Relax como a Flaminia ainda não fizeram nada de registo, pese a participação de homens seus em algumas situações de fuga. Nada de significativo.
Ora, lendo isto, a primeira coisa que salta aos olhos é que a Volta está a ser dominada pelas formações nacionais. Ainda bem. Agora falta que se confirmem algumas indicações que apenas ficaram afloradas. De qualquer dos modos, quase todas as equipas já fizeram o suficiente para justificarem perante os seus patrocinadoes o investimento destes.
O que era mesmo preciso era que os apoios fossem maiores de forma a que fosse possível as equipas terem mais corredores e, desta forma, estenderem os seus objectivos por toda a temporada. Assim, estão condicionadas, e muito, levando os respectivos técnicos a "encolherem-se" na maior parte da época de forma a chegarem à Volta em condições de fazerem... isto que está à vista.
Senhores patrocinadores - os existentes e aqueles que poderão vir a entrar no ciclismo - façam as contas. Vale ou não a pena apostarem um poucochinho mais no ciclismo? Não gostariam todos de um dia ter as suas cores e nomes no pódio da Volta? Vá lá... acreditem. Vale a pena.
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