[Acordo Ortográfico] # SOU FRONTALMENTE CONTRA! (como dizia uma das mais emblemáticas actrizes portuguesas, já com 73 anos, "quem não sabe escrever Português... aprenda!») PORTUGUÊS DE PORTUGAL! NÃO ESCREVEREI, NUNCA, NUNCA, DE OUTRA FORMA!
segunda-feira, agosto 14, 2006
201.ª etapa
AINDA SEM VENCEDOR FINAL DEFINIDO, A DUJA-TAVIRA GANHOU HOJE A SUA VOLTA
Nova etapa, novo vencedor, novo líder e mantém-se intacta a luta pelo triunfo final. Esta ligação entre Gouveia e o Fundão, com passagem pelas imediações pelo meio, envergou, perfeitamente, a roupagem que tem caracterizado a Volta.
O austríaco Christian Pfannberger não conseguiu aguentar o ritmo imposto, sempre pelos homens da LA Alumínios e, tal como todos os anteriores líderes, não manteve o “trono” mais do que 24 horas. O novo líder, e penúltimo – isso é quase certo – é o veterano Carlos Pinho, da Barbot-Halcon. Um justo prémio para esta formiguinha de trabalho que sempre soube dar o melhor de si a todas as equipas por onde passou. É quase um “prémio carreira”, isto de amanhã sair de amarelo.
Do facto de a Torre não ter sido final de etapa já se falou o suficiente e, tudo o que agora se dissesse era “chover no molhado”. A Volta está desenhada há já algum tempo, e era ESTE o percurso a vencer pelos corredores.
Com muita coisa ainda por decidir – o vencedor do Prémio da Montanha, por exemplo – o pelotão só tinha que ultrapassar estes 144,1 quilómetros e os grandes vencedores do dia foram, sem margem para quaisquer espécie de dúvidas, os algarvios da DUJA-Tavira.
Brilhante a estratégia montada por Vidal Fitas - a confirmar que temos técnico - ainda que com uma pontinha de sádica. Livre de quaisquer marcações porque não punha em perigo as pretensões dos mais fortes, não foi difícil – o que não lhe retira nem um miligrama de valor – a Nélson Vitorino escapar ao grupo principal e adiantar-se a caminho do cimo da Estrela e rapidamente ficou claro que Hélder Miranda, “tábua de salvação” improvisada para evitar o “afundamento” da Riberalves-Alcobaça não era mesmo a opção mais acertada para lutar por este prémio. Ao contrário, a DUJA-Tavira que garantiria para si o título de “reis” da montanha só com o Nélson Vitorino, ainda teve a “desfaçatez” de, a algumas centenas de metros do topo fazerem sair o jovem Ricardo Mestre – que arrebataria o prémio – coadjuvado pelo “rei” deposto: Krassimir Vassilev. Três tavirenses na frente, nas imediações da Torre e Nélson Vitorino a continuar a servir de “engodo” na descida, quase até Manteigas, para, um pouco mais à frente, Krassimir Vassilev arrancar rumo à terceira vitória em etapas para a DUJA. Brilhante.
Se é verdade que as nove etapas tiveram nove vencedores diferentes, a equipa de Tavira arrecadou um terço dessas vitórias e só poderá ser igualada pela LA Alumínios, se for desta equipa o vencedor do “crono” final.
LA que voltou a assumir o estatuto que tem – é a mais forte equipa neste pelotão – e, muito à custa de um trabalho quase perfeito dos inexcedíveis Nuno Ribeiro e Rui Sousa logrou o seu principal objectivo: colocar Cândido Barbosa o mais a jeito possível para atacar amanhã a vitória final. Muito graças ao esforço dos seus dois companheiros, o corredor de Rebordosa amealhou seis segundos de bonificação nas três metas volantes e, malgrado a fuga de Vassilev, que “queimaria” os dez segundos de bonificação à chegada, só não recortou ainda mais a sua desvantagem para o primeiro lugar porque, já a meio caminho entre a Covilhã e o Fundão um trio composto por José Rodrigues (Carvalhelhos-Boavista), Pedro Cardoso (Maia-Milaneza) – o responsável pela iniciativa – e Juan Gomis (Comunitat Valenciana) logrou adiantar-se e segurar a curta vantagem até à meta. Mas o Cândido viu reduzida a sua diferença em relação ao seu grande objectivo de 1.28 minutos para os 54 segundos. Será o suficiente? Será pouco? Isso só amanhã saberemos.
Neste momento, e quando só faltam 39.600 metros para terminar a Volta, distância essa que cada um dos corredores cumprirá em solitário, há 2.08 minutos a separarem o 11.º (Claus Möller) do 1.º, Carlos Pinho, curiosamente, ambos companheiros de equipa na Barbot-Halcon. Com todo o respeito, o 12.º, que é o Nuno Ribeiro (a 2.34), já não conta, nem para a etapa, nem para a classificação final, no que respeita aos primeiros.
O vencedor do “crono” fará um tempo muito próximo dos 53 minutos e, sinceramente, não creio que mais do que 5 corredores façam a etapa entre os 55 minutos e aquela fasquia que calculei. O que significa que as diferenças serão bastante grandes. Claro que há que contar com a falta de motivação de 4 quintos do pelotão, uma vez que já muita pouca coisa há em jogo, passe a heresia de dizer isto quando não se pode sequer apostar num vencedor da Volta. O mais regular está encontrado, é Cândido Barbosa; o rei da montanha também, mas Ricardo Mestre ainda pode somar outra camisola à azul, a da juventude. Há apenas 19 segundos entre ele e Tiago Machado nessa segunda frente de luta ainda ao rubro.
Entre o vermelho e o amarelo… vamos ver quem verá acender-se a luz verde para o triunfo.
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