[Acordo Ortográfico] # SOU FRONTALMENTE CONTRA! (como dizia uma das mais emblemáticas actrizes portuguesas, já com 73 anos, "quem não sabe escrever Português... aprenda!») PORTUGUÊS DE PORTUGAL! NÃO ESCREVEREI, NUNCA, NUNCA, DE OUTRA FORMA!
sexta-feira, agosto 18, 2006
211.ª etapa
VOLTA - RESCALDO III
Já “bati” muito no famigerado “plano B” mas tenho que continuar a fazê-lo. É que, numa leitura bem à posteriori – a que eu mesmo me obriguei – chego à conclusão que mais nenhuma outra equipa o tinha, à excepção da DUJA-Tavira que, digo eu, SÓ tinha mesmo o “plano B”… Confusos? Explico. O Vidal Fitas – que está a ser uma agradável surpresa enquanto DD – tinha as duas opções da ordem: entrar nas fugas para mostrar as camisolas e… atacar nelas. Era o “plano B”. Não se ficar pela tentativa de pontuar nas metas intermédias, mas, a partir delas, quando as fugas têm tendência para de diluírem, partir para o ataque à vitória nas etapas. Vejam o que aconteceu na etapa que terminou em Lisboa… O "plano A" não era plano, era “obrigação”: entrar nas fugas; o "plano B" era aquele que tão bons resultados deu. E ainda podia dar-se ao luxo de enfrentar chegadas em pelotão compacto porque tinha, e ele sabê-lo-ia, um Martin Garrido em grande forma. Como se viu em Viseu.
Foi enorme a corrida dos Tavirenses. Ricardo mestre mostrou, na etapa de Fafe, que tem uma “alma até Almeida”, depois voltou a estar bem na senhora da Graça, mas ele é, acima de tudo, um trepador. E aquela jogada na Torre foi de mestre. Só pecou num aspecto. É a minha opinião, claro. Se o Ricardo Mestre tem sido o terceiro no alto igualava e ultrapassava, à luz dos regulamentos, o Hélder Miranda e ficava em segundo na montanha, precavendo a equipa contra qualquer azar que pudesse vir a acontecer ao Nelson Vitorino, e este seria o líder da classificação dos trepadores. Merecia-o, pelo trabalho que fez, simplesmente “monstruoso” e, com a hipótese – que ele, Vidal Fitas – já teria em conta, a de Ricardo Mestre bater Tiago Machado no “crono”, teria tido três homens no pódio e teria feito justiça ao trabalho de Nelson Vitorino sem beliscar as possibilidades de a equipa ganhar a montanha.
Foram este lance mal medido e aquela inexplicável cena de ver a DUJA à frente do pelotão a perseguir… Luís Bartolomeu que acabaram por macular uma corrida quase perfeita da formação algarvia.
Isto enquanto em prova, porque já sei que a cidade acolheu com festa a equipa, que tinha um mar de gente à sua espera mas, continuo “desconfiado” – e peço desculpa se estiver enganado – que não se lembraram da grande “alma” do CC Tavira, o engenheiro Brito da Mana. Espero, sinceramente, estar enganado e pedirei desculpas ao Jorge Corvo e ao Vidal Fitas, mas, pelo contrário, a confirmar-se este… “esquecimento”, é imperdoável.
Quanto às outras equipas nacionais – já tinha dito que me escuso a fazer apreciações uma-a-uma – partiram para a corrida concerteza com o mesmíssimo "plano A" do Tavira. Sair para fugas e esperar que alguma coisa desse. Sem "plano B", outra vez. E andaram nas fugas. Andaram todas elas nas fugas. E algumas conseguiram ainda mais, conseguiram chegar à camisola amarela, como a Carvalhelhos-Boavista e a Madeinox. Todas as outras conseguiram, pelo menos uma vez, ter um corredor seu no pódio. À excepção de uma. Estavam alcançados os seus objectivos. O caso mais “doloroso” acabou por tocar à Riberalves-Alcobaça – Vítor Gamito deixará o comando da equipa no final da temporada – mas, apesar da sua abnegação, Hélder Miranda – que fez o que pode – não era a melhor opção para ganhar a montanha. Isto apesar de, no ano passado, a DUJA-Tavira ter conseguido esse feito com Krassimir Vasilev. Mas o búlgaro, ainda assim, é significativamente mais trepador que o Hélder.
Termino esta parte com uma breve alusão às equipas estrangeiras.
A Comunitat Valenciana acabou por ser feliz. Ninguém ligou muito à escapada de David Blanco – lembram-se de eu, nessa etapa, ter escrito que não percebi porque no grupo deixaram ir o galego e depois “caçaram” impiedosamente o Claus Möller? Lembram? Pois é… – e depois foi a “ratice” de Vicente Belda a fazer o resto. A verdade é que o Blanco foi sempre com o grupo da frente, na etapa da Torre e só “deram” por ele quando saíram as classificações e se puseram a fazer contas. Tinham dado “boleia” ao inimigo. E eu também escrevi – perdoem-me a imodéstia – que só dois corredores não “caberiam” num eventual grupo que tomasse a dianteira, o austríaco Pfannberger e… David Blanco. Mas ser treinador de sofá é muito mais fácil do que sê-lo no terreno. Eu sei.
A CV não fez NADA durante a corrida, mas viu sorrir-lhe a sorte. Que acabou por saber merecer. Quanto às outras… foram paupérrimas. Não vieram acrescentar nada ao pelotão. A Barloworld parece que “queimou” todos os cartuchos na primeira chegada. Mas aqui eram precisas as tais informações que eu, não estando no terreno, não podia saber. Parece que os italo-britânicos foram dizimados por uma onda de problemas de saúde com os seus corredores. O mesmo aconteceu à Vitória-ASC, por isso não se pode ser completamente rígido quando se faz um balanço só a partir do escalonamento das etapas e da classificação final.
A Kaiku ainda chegou à camisola amarela, tal como a ELK, mas apenas aproveitaram a conjuntura do momento. Sim é claro, o mesmo aconteceu com as portuguesas que chegaram à amarela, à excepção da LA e da Maia.
A Cerâmica Flamínia, sendo Profissional Continental está ao nível das nossas continentais da segunda linha, como a ELK, e a Relax foi uma completa nulidade. E o que dizer da ProTour Lampre? Não vale a pena gastar mais caracteres com estas.
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