[Acordo Ortográfico] # SOU FRONTALMENTE CONTRA! (como dizia uma das mais emblemáticas actrizes portuguesas, já com 73 anos, "quem não sabe escrever Português... aprenda!») PORTUGUÊS DE PORTUGAL! NÃO ESCREVEREI, NUNCA, NUNCA, DE OUTRA FORMA!
sábado, agosto 05, 2006
185.ª etapa
AVISO À "NAVEGAÇÃO"
Virá atrasado, mas também não me imponho a mim mesmo grandes regras no ir preenchendo este espaço.
O que quero dizer é que, durante a Volta, sempre que puder, terei duas intervenções distintas. A primeira, ainda a quente, será a visão, até emocional, do apaixonado pelo ciclismo. Mais tarde, voltarei com um olhar mais frio sobre o que "deu" a etapa.
O meu muito obrigado a todos os que aqui vêm, gastando alguns minutos só para me lerem. Obrigado.
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4 comentários:
Também gostei muito da crónica do Vitor Santos, ontem n'A BOLA. Essa e a do Martins Morim, as quais subscrevo inteiramente. E com estas crónicas aqui fica mais fácil seguir uma corrida pelo outro lado, o lado do repórter, o lado do cronista.
Di Vítor Santos?, António? Mas o homem - enorme jornalista que, de facto, fez história no relato escrito de inúmeras voltas - já morreu há uma dezena de anos!!! Do Vítor Santos?... Ai!... andas a ler a colecção d'A BOLA :-)
Do Vítor Serpa...:-), passou-me completamente. Mas já agora, retive estes pequenos retalhos desse texto, e passo a citar, para quem não leu: "[...]A Volta está aí. Longe do brilho e do encantamento popular de outros tempos. [..] acima de tudo porque falta cultura desportiva a este país generalizadamente inculto."
"[...] o ciclismo sempre foi, para mim, um caso especial. [...] pela profunda gratidão que semprei terei a um desporto que me ajudou a entender que a reportagem é, muito provavelmente, o género mais nobre do jornalismo."
Bom e lá tenho comprado o jornal todos os dias, por amor ao ciclismo, mesmo que a carteira sofra, mas afinal é por boas razões, julgo eu.
Tenho tido, ao longo dos sete anos que levo n'A BOLA, longas e gratificantes conversas com o meu Director acerca da Volta.
Felizmente, ele é também um jornalista criado na reportagem e é filho de um outro enorme - em comparação com o falecido Vítor Santos - repórter com trabalho feito no ciclismo: Homero Serpa.
Já o disse várias vezes aqui, por muito que se aprenda na faculdade, por muito que se aprenda a escrever - o que não acontece, verdade seja dita - ou a tratar despachos, um jornalista nunca o será em pleno se não for testado na reportagem. E o ciclismo, e a Volta a Portugal (pello menos) é um manancial imperdível de motivos de reportagem. Sem querer ser "puxa-saco" foi n'A BOLA, ainda nem sonhava sequer vir a fazer parte dos seus quadros, que bebi muita da "inspiração".
Fazer reportagem no ciclismo é andar de "trouxa" às costas. Ir de terra em terra, viver situações diferentes em cenários diferente todos os dias.
O convívio com as populações, a forma de reagir dos próprios protagonistas, mesmo que sejam só os corredores, é influenciada pelo meio que os rodeia e contar isso um previlégio.
Francamente, não sei se gosto de ser repórter por causa do ciclismo... ou se gosto do ciclismo porque me proporciona a possibilidade de ser repórter.
E como também já escrevi, um repórter é mais do que um veículo da notícia. Isso acontece na, mais ou menos frieza da redacção. Um repórter é (tem que ser) influenciado pelo ambiente que o rodeia. Fazer reportagem é integrar-se no meio e transformar-se na sua voz. Temos que sentir, mais ou menos apaixonadamente, o que relatamos.
Escrever uma reportagem é escrever um pouco de história. Escrever uma notícia é outra coisa, mais fria, mais impessoal. A reportagem leva sempre um bocadinho do repórter.
É isso que eu gosto de fazer. O Vitor Serpa passou por essa experiência e não a esquece. Como muitos, muitos e muito melhor repórteres que eu. Eu só quero tentar todos os dias o melhor que for capaz, sabendo que nunca atingirei a qualidade daqueles com os quais aprendi.
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