terça-feira, agosto 29, 2006

217.ª etapa


AINDA AS RÁDIOS LOCAIS
(Reeditado a 31 de Agosto de 2006)


Este tema começou - ou foi reatado - na 210.ª etapa, mas achei que faria pouco sentido colocar lá mais esta mensagem do meu caro Teixeira Correia. Porque foca aspectos bastante pertinentes, que merecem ser discutidos, coloco-a aqui. Entretanto, porque directamente visado no primeiro post, também o Fernando Emílio me enviou um e-mail. Fica assente que estas duas situações são de excepção, porque, afinal, o Blog serve para eu postar as minhas opiniões, havendo um local próprio para o contraditório. Os meus amigos alentejanos estão a deixar-me ficar mal... Se todos os outros conseguem colocar as suas ideias, porque será que eles não? Mas pronto, acrescento agora a posição do Fernando Emílio...

Teixeira Correia
Meu caro Madeira, voltando “à vaca fria” das 33 rádios locais na Volta a Portugal, deixa-me explicar que tal não será tão linear.
A PAD, há três anos que criou a figura da “Rádio e Jornal Local”, para divulgarem a volta nos finais de etapa. Ou seja, 20 órgãos de comunicação local, são da responsabilidade da organização. Se a eles juntares um colega que passou a corrida na Sala de Imprensa e que estaria credenciado, pelo menos por duas, para não dizer três rádios, sobram dez: Gilão (Tavira) Horizonte (Olhão), Voz da Planície (Beja), Portalegre, Oeste (Torres Vedras), Antena Miróbriga (Santiago do Cacém), Alenquer, Oásis (Porto Alto), Cister (Alcobaça), Matosinhos e Lidador (Maia).
Mas grave, é o pai de um ciclista do Vitória/ASC, estar credenciado como comunicação social, com os respectivos autocolantes e rádio volta e com credenciais para ele, mulher, filhos e pais ou sogros, faltou só o caniche ter cartão ao pescoço. Isso é que é de acabar, isso é que deveria fazer parte do relatório da AIJC. Isso é que é de lamentar. Quem foi que credenciou esse senhor e qual o seu órgão de informação. Mas Manuel sabes porque é que este senhor teve acesso a tudo ? É que paga as jantaradas no Minho e oferece as caixas de vinho verde, por isso não pode ser desmascarado e vai continuar a ser credenciado. Chamei a atenção para o facto, tenho fotos do carro do senhor, mas o representante da AIJC, não ligou patavina.
Sabes o que deveria fazer parte do relatório da AIJC, é a falta de nível de alguns jornalistas, quando colocam “Coisas” nas salas de imprensa destinadas a todos e alguns “arrabanham” as deles e as dos outros. Não sou daqueles que anda na Volta na “micar”, mas o que se passou em Beja é no mínimo vergonhosos.
A PT colocou uns sacos destinados aos jornalistas credenciados, e ai juntamos os tais 33, que continua o livro do Guita júnior e um rato para o PC. Sabes o que aconteceu. Quando cheguei à Sala de Imprensa já não havia. Porque que passou o dia lá fez o “favor” de guardar às “paletes”. E olha que dos 33, poucos lá estavam.
Saudações amigas e alentejanas
Um abraço,Tx.Correia
Fernando Emílio
Afim de esclarecer as pessoas que têm feito alguns comentários sobre o representante da A.I.J.C. convém informar o seguinte:

Em finais de Setembro de 2005 no decorrer dos Campeonatos do Mundo realizados em Madrid, a direcção deste organismo solicitou-me que fosse o seu representante em Portugal, situação que não tive qualquer relutância em aceitar.
No decorrer do mês de Novembro foram realizadas duas reuniões com o presidente da UVP/FPC Dr. Artur Moreira Lopes afim de se clarificar a situação da acreditação dos jornalistas conforme o regulamento da UCI, seguindo-se uma outra em Janeiro.
No mês de Novembro e no mês de Janeiro, na sede da empresa PAD-João Lagos Sport mantive idênticas reuniões com o Sr. João Moreninho, Administrador da Empresa. Na primeira foram apresentadas algumas sugestões e na segunda foram feitos alguns acertos que não alteravam aquilo que estava a ser alvitrado e que tinha merecido o apoio da UVP/FPC.

Dispensando-me de colocar aqui todos os assuntos e situações que forma sugeridas (mas que posso disponibilizar), o facto principal baseava-se na obrigatoriedade de todos os jornais ou rádios que solicitassem acreditações para jornalistas que não possuíssem Carteira Profissional, cartão AIPS ou cartão AIJC, a obrigatoriedade do Director desse Órgão declarar por escrito em papel timbrado e assinado, em como os enviados à Volta a Portugal pertenciam e exerciam funções no órgão de comunicação em causa.
Esta situação não sendo legal, tinha como objectivo em 2006 não criar problemas a nenhum órgão de comunicação que pretendesse efectuar a cobertura do evento.
A questão foi colocada à A.I.J.C. que a título excepcional autorizava tal situação mas unicamente para o ano em curso e o presidente Gilles Le Roc’h, colocava a seguinte pergunta: Se em Portugal se cumprem os regulamentos da FIFA e da UEFA porque não se hão-de cumprir os da UCI ? É por se tratar de ciclismo ou existem outros interesses menos claros ?

As sugestões apresentadas na UVP/FPC e na PAD-João Lagos Sport, foram enviadas aos restantes organizadores de provas internacionais. Na Volta ao Algarve, Volta ao Alentejo e Troféu Joaquim Agostinho não surgiram problemas e a situação resolveu-se, excepção a uma situação que vem sendo habitual em que a mesma pessoa conseguiu nas três provas ser acreditada duas vezes, provavelmente julgando que enganava quem passava as acreditações.

Significa que em nenhuma prova da PAD foram cumpridos os regulamentos e muito menos o que havia sido alvitrado, na medida em que a organização ignorou sempre que existia um delegado da A.I.J.C..
Embora presente na Volta a Portugal como jornalista, apenas me limitei a pedir a lista com o nome dos Órgãos de Comunicação Social presentes no evento (nem todos lá constavam), a qual anexei ao relatório em que são assinalados os diversos tipos de cobertura feitos pela Comunicação Social.
Fica portanto claro que o delegado da A.I.J.C. não exerceu qualquer função dentro da Volta a Portugal, pelo que recuso todo e qualquer comentário a esse respeito. As acreditações foram passadas pela organização às pessoas e entidades que muito bem entendeu e só ela poderá justificar qualquer situação ou reclamação.
Existiram Órgãos de Comunicação que nunca poderiam ser acreditados, além de outras situações que não vale a pena focar neste espaço.

Foi elaborada uma informação detalhada com a situação ocorrida na Volta a Portugal a qual foi enviada para a sede da A.I.J.C., independentemente do "relatório".
Convém esclarecer os menos bem informados que o "relatório" referente a cada prova, serve para mencionar o tipo de cobertura e quem esteve presente no evento.

17 comentários:

mzmadeira disse...

Caro Teixeira Correia,

dividamos a tua mensagem em duas partes distintas.

Primeira: tem toda a lógica que aos Órgãos de Comunicação Social (OCS) de natureza local - e até regional, nos casos em que os haja - sejam concedidas acreditações, cumprindo-se, aliás, apenas o Direito que lhes é reconhecido de chegar à Notícia. De Informar os seus leitores e os seus ouvintes sobre um evento que, inegavelmente, será sempre marcante para as comunidades locais.

Acontece em todo o lado. Com todos os eventos, incluindo as visitas das principais figuras da República e/ou do Governo do País.

Não me consta, contudo, que a visita do Presidente da República à Cova da Beira - só para dar um exemplo - arraste OCS do Algarve, Alentejo, Minho ou Trás-os-Montes.

O que acontece na Volta a Portugal foge um pouco a esta verdade. Aliás, sei eu, sabes tu, sabe muita gente, que no futebol, e dou só os exemplos que conheço, nomeadamente nos jogos da I Liga disputados nos estádios de Alvalade e da Luz, acontece a presença de rádios locais o que, na minha modesta opinião, não faz sentido algum. Podem argumentar que em Alcochete, Samora Correia, Sobral do Monte Agraço e outros locais que tais, também há adeptos do Benfica e do Sporting e, para que não vejam a sua audiência dispersar-se pelas rádios nacionais para ouvirem os relatos dos seus emblemas do coração... que eu contraporei de imediato a seguinte questão: mas só se preocupam com os seus queridos ouvintes de 15 em 15 dias? É que quando Benfica ou Sporting jogam fora (pode até ser no Restelo) essas rádios locais já não aparecem. Sou obrigado a deduzir que, o que querem é MOSTRAR-SE nos estádios da Luz e de Alvalade.

E querem mostrar-se na Volta a Portugal.

Adultera-se, sem pudores, o principal objectivo de um OCS local que deviam preocupar-se em falar e escrever sobre os problemas que dizem directamente respeito às respectivas comunidades.

A segunda questão prende-se, num primeiro ponto, com algo que eu já escrevi há tempos. Há muitos "jornalistas" em Portugal, muitos menos Jornalistas e ainda menos Jornalistas Profissionais. A diferença é a mesma entre ser-se Carteiro e entregar cartas. É o reentrar noutra discussão que ficou a meio por falta de argumentações válidas que se contrapusessem aos meus prórpios argumentos. Quando entramos - e num evento desportivo com a dimensão da Volta a Portugal tem que se entrar - na questão das profissões. Eu não posso ser médico por 15 dias, não posso ser bancário por 15 dias, não posso ser engenheiro por 15 dias... e por aí adiante. Porque é que qualquer um quer entrar no meu campo profissional, nem que seja pelos mesmos 15 dias?

A primeira parte da questão fica, pelo que argumentei - de fora desta situação. E lá volto eu a dar o exemplo da Vuelta. Em TODAS as localidades de onde parte ou chegam etapas são acreditados jornalistas dos OCS locais. Credenciais bem distintas das dos profissionais que cobrem a corrida do princípio ao fim e válidas APENAS para o(s) dia(s) em que a corrida permanece na sua localidade.

Isto é tão cristalino que não consigo interiorizar a razão porque em Portugal teimam em não o perceber.

Mas, atenção, mesmo a esses colegas de OCS locais é pedido o(s) documento(s) que atestam estar o seu portador habilitado ao desempenho das funções que se propõe levar a cabo. Um exemplo: mesmo que seja mais do que um curioso, mesmo que seja um profissional com loja montada, nunca um fotógrafo de estúdio será acreditado a não ser que, por falta de meios próprios, algum jornal - porque se falarmos de Espanha, não há um, há dois ou três (grandes) jornais locais, o que acaba por deitar por terra este último exemplo - passar uma acreditação em seu nome (do jornal) ao fotógrafo de estúdio (ou simplesmente curioso) para que este fotografe o evento.

Se um comerciante, nas suas horas vagas, faz rádio - ou é repórter de um jornal - a nível local... será, naturalmente, desde que devidamente credenciado pelo OCS com o qual colabora, acreditado para fazer a cobertura da Volta... no dia em que esta estiver na localidade sede desse OCS.

Se aquele princípio básico que estou farto de apontar: os OCS locais SÓ aparecem nas suas localidades... nesse dia deixará de haver comerciantes, médicos, enfermeiros, bancários, etc, etc... a passear o carro cheio de autocolantes e de cartão identificador pendurado ao pescoço, desde o primeiro ao último dia da Volta.

Este "caso Mateus" da Imprensa que deve ou não andar na Volta é tão simples de resolver como isto: CUMPRAM-SE OS REGULAMENTOS E AS INDICAÇÕES DA UCI. E, tal como o verdadeiro caso Mateus, cumprindo-se os regulamentos da FIFA... não existia caso.

E os Regulamentos da UCI não são tão de respeitar quanto os da FIFA?

mzmadeira disse...

Se o José Luís Ribeiro diz o que diz... saberá o que está a dizer. Eu, para ser honesto, não posso negar que houvi muitas "estórias", algumas delas "encaixando" perfeitamente no que o José Luís diz.

Falamos, no entanto, de situações diferentes. E é preciso ter um mínimo de "cultura" no que respeita ao meio ciclista - que não nego ao José Luís - para se poderem diferenciar.

Correndo sempre o risco - que assumo - de parecer estar a "defender a camisola", a verdade, digam-no os mais velhos, é que para as rádios nacionais (que outras não havia) e para a Imprensa generalista - "palavrão" recente -, mesmo para a Imprensa desportiva, a época velocipédica, em termos de informação, foi, ao longo dos anos, sempre resumida à Volta, com as excepções das corridas directamente organizadas por este ou aquele jornal. Quem - e é aqui que vem o tal risco de poder vir a ser acusado de não despir a "camisola" - lutou contra este stuos quo e "abriu" o noticiário de ciclismo a quase tudo o que era corrida de bicicletas foi o Homero Serpa, e isto já nos últimos, digamos, 30 anos. (Daí, a tal necessidade que as organizações sentiam em "convidar" jornalistas.)

Mas, até há 15 anos - exactamente a altura em que eu cheguei - os homens que "faziam" ciclismo eram sempre os mesmos. Eu ainda apanhei alguns dos dinossáurios, quer da rádio, quer da Imprensa... A maneira de estar, até porque os desportivos eram, na melhos das hipóteses, trissemanários, não é decalcável para a actualidade em que todos os dias se faz um novo jornal, não sobrando tempo para os almoços e antares... "patrocinados".

A permanente rotatividade de jornalistas na esmagadora maioria dos OCS, mesmo nos desportivos, não permite, nos dias de hoje, a existência de laços tão estreitos entre todos como então acontecia.

O que o José Luís diz que acontecia, acontecia... tanto quanto sei. Mais, havia até quem, não sendo jornalista e fazendo na Volta apenas uma forma de juntar mais umas coroas ao orçamento familiar, ainda encontrava outra forma, como vender fotografias aos corredores, por exemplo. Eram outros tempos.

Agora, e sempre em relação ao que o José Luís disse, eu aceitarei TODAS as críticas aos Jornalistas, desde que a Volta seja coberta por Jornalistas. Profissionais, como a importância do evento exige. Profissionais experientes, que saibam o que escrevem e para isso precisam, primeiro, perceber o que vêem. Até porque, se todos concordam que é a Volta que, no final de contas, se assume como verdadeiro barómetro da temporada das equipas - e que servirá, com maior ou menor "intensidade", como argumento dos responsáveis pelas equipas no sentido de se justificarem perante os seus patrocinadores - não será quase inaceitável que a apreciação do seu comportamento ao longo desses dez dias seja feita por quem antes não acompanhou uma única corrida que fosse? Que não leu, que não sabe sequer identificar os corredores e ás vezes, malgrado o colorido do pelotão, não sabe, sem perguntar ou ouvir terceiros a dizer, que equipa é aquela equipa?

E só estou a falar dos profissionais. Que neste aspecto são os que interessam pois se A BOLA, o Record e O JOGO disserem que a equipa X falhou redundamente, não será a eventual apreciação positiva da Rádio de Vila Nova de São Nunca que prevalecerá...

E isto pode muito bem sugerir-me a abertura de outro espaço de debate que é este: os organizadores TÊM é que montar BOAS CORRIDAS, com BONS CORREDORES para que isso pese na agenda dos jornais e para que cada um mande os seus especialistas.

Enviar convites - pagando, às vezes - aos jornais só vai dar numa coisa: mandam-se estagiários (quando se manda alguém) porque estes custam menos e porque a sua ausência da redacção é mais facilmente colmatada.

Solução? Meus caros amigos, não assobiem para o lado fazendo de conta de que nunca ouviram falar. A UCI (com a AIJC) ACONSELHA (mais dia, menos dia OBRIGARÁ) a que as principais corridas tenham que ser cobertas por jornalistas de ciclismo. Para o bem da modalidade.

Eu fiz a minha primeira Volta a Espanha em 1997. Há 9 anos. Estive em Espanha entre 6.ª feira passada e antes de ontem. 95% dos cerca de 120 jornalistas na Sala de Imprensa SÃO OS MESMOS.

Na chegada da Volta a Portugal a Lisboa, na 2.ª etapa, não reconheci dois terços dos jornalistas presentes na Sala de Imprensa. Eu que ando lá há 15 anos! Metade do outro terço faz a Volta há menos de 5 anos. E só lá estava UM jornalista que conheci na Volta de 1991...

E lá vai sair uma das minhas comparações parvas: se o reconhecimento do trabalho da NASA e, principalmente, o impacto do lançamento de alguma coisa nova que tenha preparado, depender de um artigo escrito por mim... duvido muito que chegue a ter algum impacto pois eu não percebo absolutamente nada de foguetões.

mzmadeira disse...

José Luís, acrescento, em nome de um total esclarecimento, que aos Jornalistas Profissionais NÂO PODE SER VEDADO pelas instituições PÚBLICAS o DIREITO a INFORMAR.

Instituições PÚBLICAS, onde se inclue o Estado e todos os seus departamentos.

Qualquer organizador privado de eventos pode, porque a Lei disso não o proíbe, remeter-se ao Direito de Admissão e aí sim, são precisas credenciais.

Em relação ao CNID, tens outra vez razão mas actualmente, em Portugal, vivemos uma outra situação aberrante e o próprio presidente do CNID já o reconheceu, manifestando-se, no entanto, impotente para desfazer o que já está feito. É que através do CNID há entre nós várias dezenas de cidadãos, que não sendo Jornalistas Profissionais, tiveram acesso ao cartão da AIPS, esta sim, reconhecida internacionalmente e aceite como parceira desde a FIFA ao Comité Olímpico Internacional.

Diz a actual direcção do CNID, alheia à distribuição indiscriminada de cartões CNID há cerca de 10 anos, por causa das rádios locais, que, de boa fé, aceitou a inscrição na AIPS dos portadores de cartão CNID... convencidos de que eram, de facto, jornalistas. E sabemos que a grande maioria o não é.

Só um documento é válido para atestar a condição de Jornalista: é a Carteira Profissional passada pela respectiva Comissão. E um papel mesmo timbrado, selado e assinado pelo director de um jornal local ou de uma rádio local não chega para que a Comissão aceite como Jornalista qualquer um. Por isso também há diferentes categorias de cartões, sendo que até os jornalistas estagiários, mesmo fazendo do jornalismo a sua principal ocupação - e é isto que define um profissional - têm que respeitar um período de transição até terem a Carteira de Jornalista definitiva.

Quando eu comecei nas rádio locais, para termos acesso aos campos de futebol, por exemplo, tínhamos um cartão, no meu caso porque as equipas que seguia militavam nos regionais, da Associação de Futebol de Lisboa. Dois catões para a rádio onde eu já trabalhava em exclusivo.
O clube cá da terra - o FC Alverca - por uma questão de afinidade e para apoiar a rádio, enviava-nos semanalmente três convites para podermos entrar no seu campo. Quando ia jogar fora e os cartões da AFL eram só dois, muitas vezes paguei bilhete para fazer o relato do jogo.
Com a proliferação de rádios locais e o aumento de "jornalistas", o CNID, então mais ou menos estagnado, viu ali a hipótese de multiplicar (e por muitos) o seu número de associados e celebrou então um protocolo com a FPF, celebrando depois outros protocolos com outras federações. E multiplicou por cem os seus efectivos. A intensão até terá sido inocente, com o intuito de ajudar, mas deu no que deu. E aquela que hoje se denomina Associação de Jornalistas de Desporto (embora mantenha a cigla de sempre - Clube Nacional de Imprensa Desportiva, como o Clube de Jornalistas, associação da qual também sou sócio mas cujo cartão só me serve para frequantar as suas instalações) alberga desde talhantes a carteiros, passando por estudantes, que, no todo, são mais do que os Jornalistas propriamente ditos.

mzmadeira disse...

Recuperando aquele exemplo que o Teixeira Correia deu, de uma pessoa que, não sendo de todo jornalista teve direito a autocolantes no carro e a crachat que ostentava ao peito... houve mais casos... "esquisitos" e isso só os responsáveis pela acreditação da Comunicação Social podem explicar.

Como a de um fotógravo acreditado por... uma rádio local!!!
Que veremos a seguir? Um operador de câmara acreditado por um jornal?

E mais, posso digitalizar a página do Livro Oficial da Vuelta deste ano onde se vê que, por exemplo, os técnicos de rádio ou os motoristas, mesmo trabalhando para um OSC têm credenciais de cores diferentes. NÃO SÃO JORNALISTAS!

Por cá, motoristas, técnicos, namoradas e namorados de jornalistas... todos têm o crachat verde que deveria ser EXCLUSIVO para os profissionais em serviço.
E como todos têm crachat verde... todos têm acesso ao local onde só deviam estar os profissionais.

Daí eu ter escrito - e volto a escrevê-lo - na Sala de Imprensa da Vuelta há quatro vezes mais jornalistas que na da Volta a Portugal e na zona da meta há quatro vezes menos!

Vão ver com os próprios olhos, se acharem que eu posso não estar a ser honesto.

Fico à espera de quem tenha a coragem de vir aqui dizer que sim senhor, nós é que estamos certos. Que em Portugal é que sabemos como se faz.

mzmadeira disse...

Volto atrás, á lista que o Teixeira Correia deixou, para esclarecer uma coisa. Quando recebemos a directiva da AIJC, ao mesmo tempo que a FPC recebia o mesmo documento emanado da UCI, e nos juntámos para tentarmos chegar a uma plataforma de acordo - porque eu nunca defendi a pura e simples exclusão de fosse quem fosse - algumas rádios locais ficaram de fora da discussão porque reconheço que o trabalho que a Gilão ou a Lidador, e também a Cister, porque Tavira, Maia e Alcobaça têm equipas no pelotão, ao acompanharem a Volta do princípio ao fim estão a fazer aquilo que se pede a uma rádio local. Informar sobre assuntos que dizem directamente respeito às suas cidades. Aos seus ouvintes.

Todos os outros casos são questionáveis.

mzmadeira disse...

Vejo aí dois pequenos erros de interpretação da Lei.
Como vivemos numa sociedade de Direito, a Lei não belisca o direito dos privados, obrigando sim o que fôr público a "não se esquecer dos direitos dos jornalistas.

Se qualquer governante ou outro membro da administração pública tem a obrigação - nem que seja em comunicado - a satisfazer, através da Imprensa o direito do cidadão a ser informado, o mesmo não acontece com um administrador de uma empresa privada que só deve satisfações aos seus accionistas. E só fala aos jornalistas se quiser.

Naquela parte em que dizes «os jornalistas têm direito de acesso a locais abertos ao público» a coisa não é tão linear assim. De qualquer das formas, a reta da meta de uma corrida de ciclismo NÃO está aberta ao público e, sendo a Volta uma organização privada, daí a necessidade de se pedir uma acreditação. O mesmo acontece com os companheiros dos espectáculos. Têm que pedir acreditações.

Quanto ao direito «de acesso às fontes de informação» é figura que não consta nem podia constar da Lei. Não confundas "fontes de informação", que normalmente se mantêm no anonimato, com direito de acesso à notícia.

Ao estarmos a entrevistar alguém não estamos, em definitivo, a recolher informações de uma "fonte".

A única coisa que a Lei diz em relação às "fontes de informação" é a de que esta as protege, libertando o jornalista da obrigação de as revelar. E se o jornalista assim o entender, nem num tribunal, mesmo inquirido directamente por um juíz revelará as suas fontes. Sem esta protecção às fontes... simplesmente não haveria fontes...

mzmadeira disse...

Caro José Luís,
um dia - e estamos apenas a imaginar a possibilidade - que um qualquer agente da autoridade me queira impedir de fazer o meu trabalho, eu cederei... perante a força, porque tenho a certeza de que ele não conhece a letra da Lei como eu conheço. E tu aqui atrás expões.

As Leias têm que ser interpretadas, por isso não é raro, pese embora qualquer cidadão tenha acesso à Constituição, que em algumas situações os OCS peçam ajuda a constitucionalistas.

Não pode ser controlado, nem legislado o acesso às fontes de informação, naquilo que é a génese de fontes de informação. Eu há pouco evitei esta comparação, mas para que todos entendam... as minhas fontes são pessoas bem colocadas, com acesso preveligiado a informações e que colaboram comigo passando-me essas informações antes que elas sejam públicas. É isto uma "fonte".
O que ali está escrito deve ser lido como »acesso à informação», isto é, quem não tiver uma boa fonte tem de esperar que a notícia seja divulgada e a isso não podem restringir de forma alguma o trabalho do jornalista.

Depois, tudo vem dar ao mesmo.
Qualquer evento de organização particular exige uma prévia acreditação dos jornalistas a cobrirem o mesmo evento, para que não apareçam todos os que têm carteira profissional... parece-me fácil de perceber.

O direito ao acesso à NOTÍCIA, posso tentar exemplificar: Não há jornalistas disto ou daquilo, na Lei. Só Jornalistas. Por isso, se eu for no meu carro na autoestrada e acontecer um acidente, e o meu jornal tratar desses assuntos, nenhuma força policial me pode impedir de chegar ao local. Basta para isso apresentar o meu Título de Jornalista Profissional. Se acontecer um incêndio eu posso ir lá - nunca o faria pelo prazer (que não sinto) em ver arder matas - e as autoridades não me podem impedir. Se houver um terramoto, uma inundação, acontecesse perto do local onde eu estivesse e fosse eu jornalista num generalista, não ficaria à espera de uma ordem do jornal: avançava. E nenhuma polícia me podia parar. Quer dizer... ainda ontem na Amadora os jornalistas foram impedidos de assistir às demolições na Azinhaga do Besouro, mas contra a força...

Mas não confundamos o escrito na Lei com algumas realidades, sobretudo não confundamos acontecimentos naturais - como os exemplos que citei - com uma prova de ciclismo, organizada por uma entidade PRIVADA que tem todo o direito de restringir o acesso aos jornalistas, e para isso envia a todas as redacções formulários que devem ser preenchidos e remetidos à origem, indicando qual ou quais os jornalistas que o OSC destaca exclusivamente para a cobertura do evento. O que essa entidade NÃO PODE fazer é vetar nomes. Os OCS são soberanos na escolha dos seus jornalistas.

No fundo, José Luís, esta nossa troca de mensagens SÓ pode ser benéfica para todos nos, profissionais ou não, mas que se interessam pela "coisa" de informar.

Obrigado pela ajuda.

Nuno Inácio disse...

Caro Madeira,
Já te conheço há alguns anos, e aprendi a respeitar as tuas opiniões, mas desta não consigo ficar calado.
Não vou falar dos teus comentários à cobertura do GP Vinhos da Estremadura, já que, bem ou mal, foi a única rádio que acompanhou TODO o evento, onde, pasme-se (ou não), nem os órgãos oficiais apareceram…
Também não vou comentar as gralhas, até porque tu nunca escreveste nada errado (pois é, os gajos da correcção ortográfica também não percebem nada de ciclismo), e o teu jornal nunca cometeu bacoradas…
Venho aqui apenas comentar a presença,ou não, das rádios locais na Volta a Portugal em bicicleta e nos restantes eventos nacionais.
E respondo à tua questão com uma pergunta:
Porque é que a Bola vai à Vuelta ou ao Tour?
Não será que prefere fazer o seu próprio trabalho a basear-se apenas nas agencias internacionais…
Mas não será a Bola um jornal regional quando vai ao Tour ou à Vuelta?
E a RDP e a Rádio Comercial?
Para que é que lá vão?
É para acompanhar os ciclistas Portugueses?
Pois é…
As rádios locais também acompanham os ciclistas das suas zonas…
No nosso caso estendemos o nosso acompanhamento ao atletismo, duatlo, Triatlo, BTT, TT, Ralies, Kick Boxing, Pesca, tiro, já para não falar no Hóquei em Patins (sim, esta modalidade ainda existe) e no Futebol, já que, felizmente, existem atletas nessas modalidades que por acaso são da nossa região…
Para terminar apenas uma nota de felicidade, já que para o ano, além do HUGO VITOR, vamos também acompanhar o EDGAR ANSELMO.

mzmadeira disse...

Em primeiro lugar, caro Nuno,
disse-o desde o princípio e está escrito no cabeçalho do Blog: este é um espaço que quero seja de discussão do ciclismo nacional, por isso és bem vindo. Muitas cabeças pensam melhor do que uma; é inevitável que nem todas pensem da mesma maneira. E isso é bom.

Em segundo lugar, as minhas posições são generalistas e não dirigidas a este ou aquele - até porque quase todos são meus amigos - portanto, e não és o primeiro, a levar a coisa como se fosse uma questão pessoal, está errado.

Claro que a situação do GP Vinhos da Estremadira se centrou em algo bem concreto. E tu percebeste isso.

Depois entraste por um caminho errado. Segundo o teu ponto de vista, se o Alejandro Valverde vier correr a Portugal, ele ou outra das figuras do ciclismo espanhol, e a Marca resolver acompanhá-lo, a marca não passará, em Portugal, de um jornal local!
Poe acaso esta situação já aconteceu. Quando em 1996 Miguel Indurain correu a Volta ao Alentejo a Marca fez deslocar o Josu Garai. "Apenas" o seu chefe-de-redação para as modalidades. Igualzinho - porque de um jornal "regional" - ao barbeiro de Cuba que escreve no jornal da terra.

Entretanto, escrever algo de errado pode acontecer sem gralhas; e o oposto é também verdade, pode-se escrever algo muito a sério e de extrema importância, uma "cacha"... num texto em que podem acontecer gralhas. Gralhas não é escrever errado, nem é mau português. Gralha é falhar uma tecla no teclado e ninguém reparar. E às vezes a simples troca de uma letra pode mudar o sentido da coisa... Isso é uma gralha.

"Bacorada" é ainda outra coisa diferente. Mas vejo onde foste buscar essa da "bacorada".

Expliquei mil e uma vezes o porquê da minha opinião acerca da presença, em permanência, de OCS locais na Volta. Não vou voltar a escrever, embora tu tenhas acrescentado algo à discussão: acompanham um corredor da terra. Para o ano vão ser dois. OK... com mais de 150 corredores na corrida, mais meia centena de auxiliares e DD's, mais os juízes e pessoal das barreiras... isso deve dar para termos para aí... 100 rádio e jornais locais na Volta? Sim, mais ou menos...

Mas não explicaste foi como acompanham a corrida do Hugo Vítor na Volta ao Algarve, ou na Volta ao Alentejo, ou na Volta a Trás-os-Montes, pelo que voltamos a cair no mesmo. Só na Volta é que acontece isso.
Que a tua rádio acompanhe o Troféu Joaquim Agostinho ou o GP Vinhos da Estremadura, que se disputam por estradas da vossa região, é coisa que eu nunca pus em causa, hás-de reconhecer.
Quanto ao resto, é chover no molhado.

Mas gostei que tivesses colaborado e espero que o faças mais vezes, enquanto pessoa interessada no ciclismo.

Um abraço

Nuno Inácio disse...

Caro Madeira,
Não querendo deslocar nenhuma das tempestades tropicais para o teu -nosso - blog, gostava apenas que explicasses então porque é que a Bola vai ao Tour e à Vuelta?
Não vão acompanhar apenas um ciclista?
Já não aconteceu, inclusive, não estar lá nenhum?
Eu não te digo que a Bola ou a Marca sejam Jornais Regionais, mas convenhamos, a Bola imprime tantos jornais como alguns regionais espanhois...

mzmadeira disse...

Não estarás, por mero acaso, a confundir a Obra Prima do Mestre, com a Prima do Mestre de Obras?

Parece!

Nuno Inácio disse...

Meu caro Madeira,
Como já te conheço, até porque parecendo que não, também já tenho mais de duas "mãozitas" de volta, decidi dar um dia ao teu "ego" para pensar...
Mas agora vamos reflectir muito a sério.
Tu dizes que não faz sentido uma rádio local acompanhar os ciclistas da sua terra na Volta a Portugal...
Então porque é que a Bola vai ao Tour e à Vuelta?
Tu dizes que então deveria acompanhar todas as provas onde o Hugo vai.
Mas a Bola "só" acompanha o calendário nacional, e os nossos imigrantes (in loco) na Vuelta e no Tour.
Já a Voz de Alenquer "só" acompanha as provas da região, e o ciclista da terra na Volta.
No resto do calendário dos "nossos ciclistas", - tal como A Bola o faz com os imigrantes - , a Voz de Alenquer acompanha, por agência e por telefone, o desenrolar de todas as provas onde o Hugo participa.
O público de Alenquer não é o da Bola, e os seus interesses não são os mesmos.
Mas todos têm direito a saber onde estão os seus...
No que diz respeito à creditação, ai estamos de acordo.
Todos os presentes devem ser "acreditados" pelo OCS e devem possuir CP ou equiparado emitido pela CCPJ, tal como está previsto na lei.

Nuno Inácio disse...

Já agora,
e quando é que temos um site de ciclismo?

Um abraço,
Nuno Inácio

mzmadeira disse...

Parece que tenho de lembrar o porquê deste artigo (falo do artigo que escrevi no Blog) que é, até ao momento, o mais contestado.

A Associação Internacional de Jornalistas de Ciclismo (AIJC) e a União Ciclista Internacional (UCI) assinaram um protocolo no qual a segunda reconhece como fundamental para um jornalista ser acreditado nas corridas acima das HC, inclusivé, ser portador do cartão da AIJC e esta garante que, como não distribui cartões na Farinha Amparo, todos os seus membros são reconhecidamente jornalistas com experiência e especializados em ciclismo, com o que garante que a cobertura das principais provas profissionais será feita por profissionais conhecedores do fenómeno ciclismo.

Para se ser associado da AIJC é preciso ser-se jornalista profissional, pelo que só a Carteira Profissional de Jornalista é aceite como comprovativo. Nada de estagiários, nem equiparados, nem correspondentes, "regionais" ou "locais".
O cartão do CNID não chega (não é aceite, aliás) e, devido ao abuso que aconteceu em Portugal, do qual ambas as instituições já estão avisadas, cartão da AIPS só acompanhado pela Carteira de Jornalista Profissional.

No último congresso da UCI, embora fora da ordem de trabalho, foi focado o exemplo (mau exemplo) de Portugal que, na Volta, acredita quase tudo o que se apresenta como "jornalista".
De imediato, a Federação Portuguesa de Ciclismo foi avisada para que garanta o cumprimento do protocolo vigente entre a AIJC e a UCI, pelo que, atempadamente, a organização da Volta será informada disso mesmo. E, da mesma forma como respeita os restantes regulamentos da UCI, vai ser obrigada a respeitar também este.
Acabaram-se, pois, as rádios locais e os jornais regionais na caravana da Volta.

As excepções só são válidas para as rádios e jornais das localidades ou regiões onde a corrida passar, e só para o(ou) dia(s) em que a Volta estiver dentro da área de cobertura desses OCS.

À imagem do que acontece em TODO o lado, esses jornalistas, das rádios e jornais locais ou regionais, NÃO terão acesso, nem à zona de meta, nem à Sala de Imprensa. Considera-se que o seu trabalho incidirá, por ser apenas desenvolvido num determinado dia, num acontecimento extra-rotina, pelo que vão poder ver para contar a história do impacto que o acontecimento teve na sua localidade. Quanto aos aspectos meramente desportivos, a organização já disponibiliza fotos e filme da etapa. A agência noticiosa fornecerá a história da etapa, bem como as declarações.

Os corredores poderão sempre ser contactados nos locais onde pernoitam, ou telefonicamente. (Como admites fazer em todas as corridas, com as excepções daquelas duas que se desenrolam na área da tua rádio e da Volta).

Tu, como os demais colegas, da mesma forma que não discutem os outros regulamentos, não porão, concerteza, este em causa. Por isso vai-te preparando para uma nova realidade.

Como dos jornalistas portugueses, apesar da "allgazarra" que deu o meu primeiro artigo sobre o assunto, só três se mostraram interessados em, atempadamente, regularizar a sua situação de forma a cumprirem aquele protocolo, como, infelizmente, um deles nos deixou há bem poucas semanas, os outros dois foram aceites como associados da AIJC pelo que Portugal passa a ter 6 jornalistas que poderão fazer a cobertura de todas as corridas do ProTour mais as HC...

Como vamos ultrapassar o facto de, por exemplo, os outros dois jornais desportivos e todos os demais não terem um jornalista para cobrirem a prova dentro do regulamentado, isso não sei. Quem tiver que se preocupar com isso... que se preocupe.

Para terminar: começa a ser ridícula a tua comparação entre uma rádio local (com todo o respeito que as pessoas que a ela dão de si) e uma instituição como A BOLA... mas cada um baixa-se ao rídiculo que quiser.

Quanto ao site... está a caminho. É só esperares.

Nuno Inácio disse...

Meu caro Madeira,
Começo por te dizer que se alguém respeita a grande instituição que é "A Bola" serei eu (e todos os Alenquerenses) já que, ao contrário de outros, nasci a ler esse grande jornal, que só por acaso foi dirigido por um grande senhor de seu nome VICTOR SANTOS, que caso não saibas, dá em Alenquer nome ao nosso complexo desportivo.
Quanto ao facto de só poderem ir jornalistas com CP estou de acordo, até porque sou possuidor da carteira com o número 6280, passada com o cumprimento de TODAS as regras, ao contrario de outras que por ai estão...

mzmadeira disse...

Ok, Nuno

ainda bem que fazes parte da família dos jornalistas. Fico contente.

Quanto ao Vítor Santos, não deu o nome ao pavilhão de Alenquer por acaso. Ele era natural dessa vila.

Abraço

Nuno Inácio disse...

Eu sei meu caro.
Deve ser por isso que o jornal desportivo mais lido em Alenquer ainda vai sendo a Bola...
Isto apesar de falar pouco dos desportistas de Alenquer...
(Por acaso a fotografia desta semana era bonita... e a duas páginas...)