quarta-feira, agosto 06, 2008

II - Etapa 176

NINGUÉM, NESTE PAÍS,
TERÁ CORAGEM PARA FALAR A VERDADE?

Olhando para os últimos “posts” não posso evitar de aqui tentar deixar bem claro o que se passou com o Sérgio Paulinho.

Caramba… as pessoas não são parvas de todo.
Não lhes contem só as meia-verdades, ou correm o risco de cair no descrédito total.

Por exemplo, o Paulo Martins, vizinho e amigo de há longa data do Sérgio Paulinho vem dar a cara em sua defesa.

É bonito.
É o que eu venho a fazer há meses, em relação a TODOS os corredores.

Agora, o Paulo incorre no mesmo erro que, parece, é incontornável a todos os que gostam de Ciclismo.

Põe as relações pessoais à frente da verdade.

No “post” que o Paulo Martins deixou no Cyclolusitano ao meio-dia e meia hora de ontem, insiste que o Sérgio não vai a Pequim «porque não lhe é permitido continuar a tomar o medicamento…»

Traduzamos isto, e não acredito que o Paulo o não saiba.
O tal… “medicamento” – a “droga” de que fala o doutor Artur Lopes a quem o António Dias rapidamente saiu a proteger a retaguarda (salvo seja) explicando-nos, a nós, aparentemente todos papalvos… que “droga” é o termo usual que os médicos usam para… medicamento – o tal “medicamento”, ou dizendo melhor, o tratamento a que o Sérgio tem de se submeter – por indicação dos médicos da sua equipa, e não estou a ver nenhum atleta a pôr em causa o diagnóstico do seu médico, pelo que o Sérgio sai ilibado de toda esta história – esse tratamento é sustentado apenas no uso (ao abrigo do tal atestado médico) de corticóides e de beta-2 agonísticas!

Assim não vos diz nada?
Eu explico, são dois produtos proíbidos em todos os índex relativos ao doping.

E isto abre-nos uma nova frente de discussão:
Qual a diferença entre um corredor apanhado num controlo anti- doping, sem justificações, e aquele que apresenta uma justificação médica?
Claro, é a justificação médica.

E a quem tenta, por todos os meios, apontar a maioria do pelotão como sendo… batoteira, inclui no bando de batoteiros aqueles que, só porque têm um papelinho podem tomar o que aos outros está liminarmente vedado?

Última referência ao Cyclolusitano
… tem razão o Cunego.

Cai mal ouvir (ou ler) – tenham sido palavras suas, ou de terceiros que as colocam na sua boca – o Sérgio apontar como grande objectivo da temporada, o ajudar um companheiro (da equipa que lhe paga, é verdade) a ganhar a Vuelta, pondo isso à frente da representação do País num evento desportivo com o peso de uns Jogos Olímpicos.
E foi, ou devia ter sido, pago para isso. Em 60 mil €uros!!!

Para terminar…
Todos os que (ainda) lêem jornais puderam ler hoje que, mal ficaram disponíveis, após as burocracias dos Costumes no Aeroporto Internacional de Pequim, os Corredores espanhóis fora imediatamente “apanhados” pelos responsáveis pla luta anti-doping do COI e sujeitos aos primeiros controlos.

O Sérgio não viajou para Pequim porque sabia, ou alguém bem melhor posicionado se acautelou e o livrou de um castigo iminente porque sem a justificação… não justificada para o tal “tratamento”, ele seria apanhado pelo uso de corticóides e de beta-2 agonísticas, um vasodilatador.

PS: A Federação Portuguesa de Ciclismo não tem o direito de sonegar – neste caso concreto – ao Hernâni Brôco ou ao Ricardo Mestre aquilo que será o grande sonho de todos os desportistas: estar presente numas olimpíadas.

3 comentários:

Antonio Dias disse...

Acho que NÃO é preciso repetir que eu , António Dias, não escrevi nada no Cyclolusitano a respaldar o Dr. Artur Lopes. Por favor, corrigir a citação porque a frase não é minha logo o meu nome não deveria figurar no texto. Espero não ter de chamar a atenção mais outra vez.

Obrigado.

Antonio Dias disse...

Idem (x2)

Acho que NÃO é preciso repetir que eu , António Dias, não escrevi nada no Cyclolusitano a respaldar o Dr. Artur Lopes. Por favor, corrigir a citação porque a frase não é minha logo o meu nome não deveria figurar no texto. Espero não ter de chamar a atenção mais outra vez.

Obrigado.


Até aqui coloco a frase para que todos utilizadores vejam: "O tal… “medicamento” – a “droga” de que fala o doutor Artur Lopes a quem o António Dias rapidamente saiu a proteger a retaguarda (salvo seja) explicando-nos, a nós, aparentemente todos papalvos… que “droga” é o termo usual que os médicos usam para… medicamento"

mzmadeira disse...

O António Dias não é o autor do comentário que erradamente apontei como tendo sido dele.

Peço-lhe aqui, publicamente, desculpa!

O autor da "explicação" de que quando um médico diz "toma algumas drogas", quer dizer... medicamentos foi o José Carlos Gomes. Aparentemente desconhece que no composto dos medicamentos há drogas. Drogas proíbidas. E foi exactamente isso, com as letrinhas todas - e toda a gente sabe que o dr. Artur Lopes não costuma atalhar caminho - que ele disse.