quarta-feira, agosto 06, 2008

II - Etapa 178

“ESPECIAL” CYCLOLUSITANO

Não. Ao contrário do que quase todos pensaram de imediato, não venho, com este artigo, zurzir naquele espaço que considero, sempre considerei, merecedor do epíteto de “Utilidade Pública”.

Que muitas vezes é mal aproveitado, isso não há como o negar, mas que, mais ou menos bem vai cumprindo a sua missão, vai.

Pelo menos põe algumas dezenas de pessoas a discutir a modalidade que elegemos como a nossa preferida.

Mas pronto, lá está, tanto se pode lá ler uma mão cheia de “posts” que aparecem com todo o a-propósito, como, de repente – e este de repente ainda é demasiado volumoso, em termos comparativos com os que vêm a-propósito – deparar-mo-nos com as maiores atrocidades.

No fundo, eu sou capaz de compreender que há pessoas que emitem opiniões sem nexo, apenas porque o Ciclismo não é como o futebol, que se discute desde os bancos da escola, aos cafés, às tertúlias… até chegarmos aos doutos comentadores profissionais.
E não há ninguém que “não perceba de futebol”.

De Ciclismo, há muita gente, felizmente há muita gente, que quer perceber. E neste momento não existe, pelo menos em português, outro espaço como o Fórum do Cyclolusitano.

Merecia um par de moderadores, alguém que interviesse a pôr água na fervura quando as coisas descambam… E que, perante um comentário menos rigoroso, o corrigisse.

Ninguém tem culpa de saber de menos.
Se não sabe mais é porque não teve oportunidade de aprender.

Como há tanta gente interessada na Modalidade, eu não tenho dúvidas que o Fórum do Cyclolusitano é um espaço a preservar, a defender…

E estou a ser o mais sincero que posso ser.

Antes de passar aos factos, sinto-me na necessidade de sublinhar uma coisa:

Não, António Dias, não fiquei melindrado por me teres comparado ao Professor Bambo, a sério que não fiquei.
Custa-me muito é não poder, no mesmo espaço, chamar-te Professor Karamba.

É injusta a minha inibição de poder comentar num espaço onde, modéstia à parte, não acredito que haja quem pense que eu não caibo. Só isso.

Claro que podia acrescentar: se não me é permitido responder a “provocações”, mesmo que feitas apenas na brincadeira, devia ser interdito aos demais usar o meu nome.

Mas o que interessa é que não fiquei nem ofendido nem melindrado.

Se bem que o verdadeiro Professor Bambo seja um grandessíssimo vigarista.
Mas não vi que aquela comparação feita pelo António Dias fosse nesse sentido.

Por mim, assunto encerrado.

2 comentários:

Armando disse...

Olha Madeira,sempre fui da opinião de que a tua presença no cyclolusitano era uma mais valia.
Quando me iniciei naquele forum,ja tu por la andavas ha bastante tempo e fui-me habituando a ler os teus posts,tanto assim é que diariamente visito o teu blogue.
Mas temos que dizer tambem,que de vez em quando te saltava a tampa e a paciencia para com alguns foristas e vai daí, estalava o verniz.

Na minha opinião,tu sempre foste apologista de um forum com varios membros com conhecimentos do teu nivel. Só que o forum é composto por muitas pessoas com fracos conhecimentos e que por vezes não entendem a tua escrita bem como a de outros e é preciso tambem respeitar essas pessoas.

Na minha opinião,penso que nos ultimos tempos te tornas-te mais humano,menos agressivo nas palavras e um pouco mais tolerante.Digo-o com toda a sinceridade e desde já te peço desculpa por no teu espaço vir emitir a minha opinião sobre a tua pessoa.

Abraço

mzmadeira disse...

Foi erro meu e, como sempre, não tenho problemas em assumi-los publicamente.

Descobri quase por acaso o Cyclolusitado e fiquei maravilhado.

Era um sítio que, naquela altura, pese embora a permanente falha no que respeita ao noticiário, eu igualava aos maiores que conhecia. O CyclingNews - por causa dos arquivos - um espanhol, que entretanto acabou e agora não me recordo o nome... e havia o Cycling4all, esse sim de noticiário puro(tal como o CyclingNews, claro, sendo que este acrescenta um arquivo que não era melhor do que o do Cyclolusitano. Então se falarmos do quem nos interessa mais de perto, que é o ciclismo português...

E havia o Fórum.

Ajudar com noticiário, eu não podia. Há uma entidade que me paga o ordenado todos os fins-de-mês e à qual devo lealdade. Ainda por cima, na altura, era eu o responsável por tudo o que A BOLA dava de Ciclismo.

Idealista, como sempre fui e sempre serei, "vi" ali uma oportunidade para, e isso já não mo impede a exclusividade para com o Jornal, transformar aquilo numa grande tertúlia que congregasse toda a gente que gosta de Ciclismo. E faria do Cyclolusitano algo muito maior do que já era.

E nem me passou pela cabeça meter-me naquilo sob pseudónimo. Daria a cara, assinaria com o meu nome.

Espera eu que outros fizesem o mesmo.

E comecei de mansinho. É verdade, emendando alguns erros, tentando contribuir.

Mas rapidamente surgiram os problemas. Nunca iniciados por mim. Mas houve quem não tivesse sido capaz de evitar, cobardemente escondido atrás de um nick, vir enxovalhar-me. E eu reagi mal.

Também nunca a administração do Fórum teve alguma vez o mínimo de intervenção, em relação aos ataques de que eu estava a ser permanentemente alvo, mas apressando-se a penalizar-me. A mim, só a mim. Porque houve outros a quem a conta foi bloqueada, mas rapidamente regressavam sob outro nick. Eu, como não abro mão do direito, que é meu, de usar o meu próprio nome, fui duas vezes expulso e agora, na última vez, lá condescendram, não bloquaram a minha entrada, mas impedem-me de lá comentar.

Tivesse havido um pouco de diálogo e, se calhar - e até com a minha ajuda - o Rui teria mantido o Cyclolusitano, melhorando-o, e, anexo a ele, poderia coexistir um espaço de debate sério e mais ainda, sem as constantes diatribes, provavelmente pessoas que mais tarde optaram por projectos pessoais até se teriam integrado e o Cyclolusitano poderia ser hoje... um sítio de informação actualizada - vê-de o que o Rui Quinta consegue estar a fazer, quase sozinho, no seu Ciclismo Digital - e "O" espaço de discussão da modalidade que todos escolheriam.

Mas deves lembrar-te da bandalheira que aquilo era. Marcavam-se almoços, trocavam-se mensagens pessoais num Fórum e não foi mais longe ainda na degradação... olha, porque não sei.

Curiosamente, Armando, concordo com tudo o que escreves, menos com a última parte. Se o humano é no sentido de mais condescendente... piorei. Hoje soltam-se-me muito mais depressa as emoções. E até sou capaz de ser mais agressivo.

Principalmente porque percebi que dois em cada dez que eu tinha como amigos... ou me toleravam apenas ou, porque eu era muito menos expansivo, me substimaram em relação áquilo que valho.

Há uma velha frase que diz: "Para que exista uma amizade sólida e á prova de qualquer abalo, é preciso que cada um dos dois amigos, sem nunca o deixar perceber, pense que é um bocadinho melhor que o outro."

E houve muito boa gente que, de repente, percebeu que, e em relação a mim, isso de facto não acontecia. Não falava - nem falo - alto, não atropelo ninguém, não faço questão de ser o centro de todas as atenções... mas sei mais do que aquilo que eles pensavam que eu sabia.

E não tens que pedir desculpa por escreveres no VeloLuso. És sempre bem vindo.
MzM