NÃO É TEORIA NÃO!...
Quando esta manhã... quero dizer, ontem de manhã, li a notícia sobre o "caso"-João Cabreira, e porque no jornal onde a li apenas dizia que ele estava em Espanha quando não foi encontrado por uma brigada do CNAD, pensei que o João tivesse dado um salto, sei lá... a Vigo, à Corunha... a Santiago de Compostela, qualquer coisa assim...
Mas não.
E só mais tarde, quando tive acesso à notícia da Lusa que espoletou a "bomba", que nenhum dos desportivos desperdiçou, é que percebi que o João tinha ido... ao País Basco.
Mas, antes de continuar, revejamos parte da matéria que já é do domínio público:
1. metade da equipa do Póvoa Cycling Clube-MSS está suspensa;
2. ninguém em Portugal a convidou mais para correr, nem uma domingueira;
3. o dono do autocarro que a equipa usava, retirou-lho;
4. a marca que cedera as bicicletas à equipa já as foi buscar à Póvoa;
5. os atletas que escaparam à suspensão preventiva não têm presidente, o DD está suspenso, não têm bicicletas... estão parados à força.
Ainda assim, o CNAD, informado pelo próprio corredor que se ia ausentar por dois dias do seu domicílio habitual, tendo-lhe indicado outro onde iria estar, depois de o ter contactado, creio que por telefone, claro, e não obtendo resposta, achou que o dinheiro dos contribuintes seria bem empregue numa visitazinha surpresa.
À Galiza? Não!
Ao País Basco.
Como são cada vez mais ilimitadas as ferramentas que a internet coloca à nossa disposição, dediquei-me ao exercício do cálculo de quantos quilómetros fez a brigada do CNAD para controlar um corredor que não pode correr porque não o deixam correr.
Como podem observar nas ilustrações juntas, da Póvoa de Varzim à pequena localidade de Zeberio, no País Basco distam 709 km, uma viagem que o programa do Google calcula em cerca de 6.46 horas. Só ida, claro.
Em condições normais, o João estaria na pequena aldeia da Aguçadoura, concelho da Póvoa, onde mora e onde a brigada do CNAD iria.
Ora, de Lisboa lá são 352 km (mais ou menos 3.38 horas de viagem).
Somando: temos 1.061 km (10.24 horas só a ida)
Há uma hipótese que não sei se é real ou não, de o CNAD ter uma delegação no Porto.
Do Porto à Aguçadora são 42,2 km (39 minutos de viagem, só ida)
Somando, a partir do Porto: temos 751,2 km (mais ou menos 7.25 horas de viagem, só ida)
Ir e voltar para o Porto seriam então 1502,4 km/14.50 horas
Ir e voltar para Lisboa 2.122 km/20.48 horas
Não faço ideia de quanto custou a brincadeira em combustível - ou se pagas as deslocações ao km, quanto é que o Estado paga - e foram precisas, pelo menos, quatro refeições, sendo que na hipótese de a viagem ter sido feita de Lisboa, ou conduziram 24 horas seguidas ou temos que acrescentar duas dormidas. E pagar ao médico, e compensar o inspector...
Isto tudo para, repito, controlarem um Corredor que não pode correr porque não deixam a equipa correr... o que, tendo em conta que o mesmo CNAD já foi controlar um mecânico e um massagista, de uma outra equipa, que estão inscritos como corredores de forma a que a equipa respeita a regra dos 26 anos... quando toda a gente sabe o nome dos 14 corredores (e não 16, como consta da ficha na FPC) dessa equipa e toda a gente os conhece... se calhar dá-nos uma ideia de como o coiso funciona.
Não sei se ainda o utiliza, mas um dos slogans-imagem da TSF diz: "Por uma boa notícia vamos ao fim do Mundo; vamos ao fim da rua..."
O lema do CNAD há-se ser qualquer coisa parecida, tipo... "Para apanharmos mais um..."
E ainda há quem sustente que há - eu sei que se referem a mim - quem tenha "montado uma teoria de conspiração contra a equipa da Póvoa".
Não é teoria não!
Quando esta manhã... quero dizer, ontem de manhã, li a notícia sobre o "caso"-João Cabreira, e porque no jornal onde a li apenas dizia que ele estava em Espanha quando não foi encontrado por uma brigada do CNAD, pensei que o João tivesse dado um salto, sei lá... a Vigo, à Corunha... a Santiago de Compostela, qualquer coisa assim...
Mas não.
E só mais tarde, quando tive acesso à notícia da Lusa que espoletou a "bomba", que nenhum dos desportivos desperdiçou, é que percebi que o João tinha ido... ao País Basco.
Vejam a notícia original... (*)
Mas, antes de continuar, revejamos parte da matéria que já é do domínio público:
1. metade da equipa do Póvoa Cycling Clube-MSS está suspensa;
2. ninguém em Portugal a convidou mais para correr, nem uma domingueira;
3. o dono do autocarro que a equipa usava, retirou-lho;
4. a marca que cedera as bicicletas à equipa já as foi buscar à Póvoa;
5. os atletas que escaparam à suspensão preventiva não têm presidente, o DD está suspenso, não têm bicicletas... estão parados à força.
Ainda assim, o CNAD, informado pelo próprio corredor que se ia ausentar por dois dias do seu domicílio habitual, tendo-lhe indicado outro onde iria estar, depois de o ter contactado, creio que por telefone, claro, e não obtendo resposta, achou que o dinheiro dos contribuintes seria bem empregue numa visitazinha surpresa.
À Galiza? Não!
Ao País Basco.
Como são cada vez mais ilimitadas as ferramentas que a internet coloca à nossa disposição, dediquei-me ao exercício do cálculo de quantos quilómetros fez a brigada do CNAD para controlar um corredor que não pode correr porque não o deixam correr.
Como podem observar nas ilustrações juntas, da Póvoa de Varzim à pequena localidade de Zeberio, no País Basco distam 709 km, uma viagem que o programa do Google calcula em cerca de 6.46 horas. Só ida, claro.
Em condições normais, o João estaria na pequena aldeia da Aguçadoura, concelho da Póvoa, onde mora e onde a brigada do CNAD iria.
Ora, de Lisboa lá são 352 km (mais ou menos 3.38 horas de viagem).
Somando: temos 1.061 km (10.24 horas só a ida)
Há uma hipótese que não sei se é real ou não, de o CNAD ter uma delegação no Porto.
Do Porto à Aguçadora são 42,2 km (39 minutos de viagem, só ida)
Somando, a partir do Porto: temos 751,2 km (mais ou menos 7.25 horas de viagem, só ida)
Ir e voltar para o Porto seriam então 1502,4 km/14.50 horas
Ir e voltar para Lisboa 2.122 km/20.48 horas
Não faço ideia de quanto custou a brincadeira em combustível - ou se pagas as deslocações ao km, quanto é que o Estado paga - e foram precisas, pelo menos, quatro refeições, sendo que na hipótese de a viagem ter sido feita de Lisboa, ou conduziram 24 horas seguidas ou temos que acrescentar duas dormidas. E pagar ao médico, e compensar o inspector...
Isto tudo para, repito, controlarem um Corredor que não pode correr porque não deixam a equipa correr... o que, tendo em conta que o mesmo CNAD já foi controlar um mecânico e um massagista, de uma outra equipa, que estão inscritos como corredores de forma a que a equipa respeita a regra dos 26 anos... quando toda a gente sabe o nome dos 14 corredores (e não 16, como consta da ficha na FPC) dessa equipa e toda a gente os conhece... se calhar dá-nos uma ideia de como o coiso funciona.
Não sei se ainda o utiliza, mas um dos slogans-imagem da TSF diz: "Por uma boa notícia vamos ao fim do Mundo; vamos ao fim da rua..."
O lema do CNAD há-se ser qualquer coisa parecida, tipo... "Para apanharmos mais um..."
E ainda há quem sustente que há - eu sei que se referem a mim - quem tenha "montado uma teoria de conspiração contra a equipa da Póvoa".
Não é teoria não!
(podem clicar nas imagens para as verem maiores)
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