O IMPAGÁVEL COMPLEXO DO… TAMANHO!
Porque preciso do computador para outras coisas, só uma vez, até hoje e no decurso desta edição da Vuelta, recorri à internet para, através da TVE2 ver algumas imagens da corrida espanhola. De resto, contento-me com a transmissão da EuroSport.
Em mensagens (de correio electrónico) trocadas recentemente com o Paulo Martins tive oportunidade de lhe dizer que, de facto, hoje em dia já não tenho tantos motivos para criticar os comentários que ele e o Luís Pissarra vão fazendo, embora continue a pensar que há um insubstituível “trabalho de casa” que é preciso não descurar.
Porque preciso do computador para outras coisas, só uma vez, até hoje e no decurso desta edição da Vuelta, recorri à internet para, através da TVE2 ver algumas imagens da corrida espanhola. De resto, contento-me com a transmissão da EuroSport.
Em mensagens (de correio electrónico) trocadas recentemente com o Paulo Martins tive oportunidade de lhe dizer que, de facto, hoje em dia já não tenho tantos motivos para criticar os comentários que ele e o Luís Pissarra vão fazendo, embora continue a pensar que há um insubstituível “trabalho de casa” que é preciso não descurar.
Por exemplo: não me falem na terrível subida em pavée na etapa de Ávila. Perguntaram ao Sérgio Paulinho o que achava e o pobre, que nunca esteve em Ávila, gaguejou. Claro.
A etapa de Ávila, na passagem junto ao pano sul das muralhas deixa por pouco mais de 800 metros a estrada/avenida alcatroada - que segue paralela, por baixo - para subir... 4 ou cinco metros (não chega à altura de um prédio de dois andares) em piso empedrado, é verdade - e depois retomar a mesma estrada/avenida frente à porta principal do velho burgo e da igreja de Santa Teresa, percorrer mais 300 metros, virar à esquerda e entrar na curta recta da meta. Acho que fiz esta etapa em todas as sete Vueltas que cobri...
E estas informações são importantes, até porque têm responsabilidades na formação de novos adeptos ou, dizendo de outra forma, de adeptos mais novos. Que ainda não dominam, nem regulamentos, nem opções tomadas pelas equipas durante as corridas.
Mas já estiveram pior.
Contudo, venho aqui hoje, pela primeira vez este ano – pelo menos directamente – rebater uma situação e chamar a atenção para outra.
Comecemos por esta.
Hoje tiveram, como já referi, como convidado o Sérgio Paulinho.
Tentaram – e aí consigo vislumbrar um clarão de… veia jornalístico – “sacar” ao Sérgio qualquer coisa sobre o seu futuro. É evidente que não tiraram nada. O Sérgio irá para uma equipa ProTour, uma das três (ou quatro) que alimentará sempre o objectivo de vencer qualquer uma das três grandes e… mais não pode dizer.
É evidente que mais não pode dizer porque nada se sabe ainda que futuro espera a Astana no meio da “guerra” entre a facção suíça e os petro-euros injectados directamente e em exclusivo pelo governo do Kazaquistão. Que ainda tem problemas a resolver com a UCI.
Não me chamem já maluco, pois podem vir a ter de morder a língua, mas uma generosa… contribuição para os cofres das caves de Aigle até pode conseguir o impensável “milagre” de ver todas as suas figuras disponíveis, pelo menos, para a segunda parte da temporada.
E tirando esta hipótese… o Sérgio não tem mais nada. A não ser voltar à equipa de onde saiu há dois anos.
Mas com o que eu queria mesmo “embirrar” aqui era com a fixação do Pissarra em relação aos contra-relógios. Principalmente aos contra-relógios destas grandes provas de três semanas.
Mas em que raio de resultados – sim! resultados concretos – ele se escuda para dizer que o crono de 20 quilómetros de Collado de Villalba, na véspera do terminus da corrida em Madrid, é “curto para fazer diferenças”?
Diferenças entre quem?
O primeiro e o último? Mas a quem é que isso interessa? É que, caro Luís Pissarra, não percas os resultados do crono de Saragoça, guarda-os até à 20.ª etapa e depois compara as diferenças de tempos entre os… 15 ou 20 primeiros. Que são os que interessam. Vais ter uma enorme surpresa.
E depois, os comentadores não iniciados deveria, pelo menos isso, conceder o benefício da dúvida aos organizadores, ainda por cima a quem já organiza a Vuelta há mais de 25 anos. Eles devem saber o que estão a fazer.
E sabes, por acaso sabes, que corredores como… Perico Delgado, Abraham Olano, Melcior Mauri, por exemplo… integram a estrutura da organização como… consultores? E quem melhor do que estas estrelas pode avalizar o traçado de uma corrida? Já repararam como melhorou a Volta a Portugal desde que o seu Director-técnico passou a ser um ex-Corredor?
Queriam o quê? Outro crono de 50 km ao fim de 19 etapas? Vá lá… nem sempre o Tour pode servir de exemplo.
O tamanho do último crono não conta para nada. Vai ganhá-lo o mesmo corredor que o ganharia se ele tivesse 40, 50 ou 100 quilómetros e com as distâncias equivalentes, em termos de tempo.
Até por isso eu, há dois ou três artigos atrás “pedia” ao Joaquim Gomes que, em vez de um crono com 40 ou 45 quilómetros, a próxima edição da Volta a Portugal pudesse ter dois… É que… o que conta é como o(s) atleta(s) se encontra NESSE dia. Não a quilometragem.
No caso da Volta a Portugal… dividir o crono único em dois traria a mais valia de não chegar estar muito bem num determinado dia, que até tem sido o último da corrida. Estar bem, quando pela frente ainda faltasse, por exemplo, subir a Senhora da Graça e voltar a estar bem, ok, condescendo… no último dia… isso sim, dava-nos um corredor regular. E é sempre o mais regular que vence uma corrida por etapas com mais do que cinco dias.
Mas já estiveram pior.
Contudo, venho aqui hoje, pela primeira vez este ano – pelo menos directamente – rebater uma situação e chamar a atenção para outra.
Comecemos por esta.
Hoje tiveram, como já referi, como convidado o Sérgio Paulinho.
Tentaram – e aí consigo vislumbrar um clarão de… veia jornalístico – “sacar” ao Sérgio qualquer coisa sobre o seu futuro. É evidente que não tiraram nada. O Sérgio irá para uma equipa ProTour, uma das três (ou quatro) que alimentará sempre o objectivo de vencer qualquer uma das três grandes e… mais não pode dizer.
É evidente que mais não pode dizer porque nada se sabe ainda que futuro espera a Astana no meio da “guerra” entre a facção suíça e os petro-euros injectados directamente e em exclusivo pelo governo do Kazaquistão. Que ainda tem problemas a resolver com a UCI.
Não me chamem já maluco, pois podem vir a ter de morder a língua, mas uma generosa… contribuição para os cofres das caves de Aigle até pode conseguir o impensável “milagre” de ver todas as suas figuras disponíveis, pelo menos, para a segunda parte da temporada.
E tirando esta hipótese… o Sérgio não tem mais nada. A não ser voltar à equipa de onde saiu há dois anos.
Mas com o que eu queria mesmo “embirrar” aqui era com a fixação do Pissarra em relação aos contra-relógios. Principalmente aos contra-relógios destas grandes provas de três semanas.
Mas em que raio de resultados – sim! resultados concretos – ele se escuda para dizer que o crono de 20 quilómetros de Collado de Villalba, na véspera do terminus da corrida em Madrid, é “curto para fazer diferenças”?
Diferenças entre quem?
O primeiro e o último? Mas a quem é que isso interessa? É que, caro Luís Pissarra, não percas os resultados do crono de Saragoça, guarda-os até à 20.ª etapa e depois compara as diferenças de tempos entre os… 15 ou 20 primeiros. Que são os que interessam. Vais ter uma enorme surpresa.
E depois, os comentadores não iniciados deveria, pelo menos isso, conceder o benefício da dúvida aos organizadores, ainda por cima a quem já organiza a Vuelta há mais de 25 anos. Eles devem saber o que estão a fazer.
E sabes, por acaso sabes, que corredores como… Perico Delgado, Abraham Olano, Melcior Mauri, por exemplo… integram a estrutura da organização como… consultores? E quem melhor do que estas estrelas pode avalizar o traçado de uma corrida? Já repararam como melhorou a Volta a Portugal desde que o seu Director-técnico passou a ser um ex-Corredor?
Queriam o quê? Outro crono de 50 km ao fim de 19 etapas? Vá lá… nem sempre o Tour pode servir de exemplo.
O tamanho do último crono não conta para nada. Vai ganhá-lo o mesmo corredor que o ganharia se ele tivesse 40, 50 ou 100 quilómetros e com as distâncias equivalentes, em termos de tempo.
Até por isso eu, há dois ou três artigos atrás “pedia” ao Joaquim Gomes que, em vez de um crono com 40 ou 45 quilómetros, a próxima edição da Volta a Portugal pudesse ter dois… É que… o que conta é como o(s) atleta(s) se encontra NESSE dia. Não a quilometragem.
No caso da Volta a Portugal… dividir o crono único em dois traria a mais valia de não chegar estar muito bem num determinado dia, que até tem sido o último da corrida. Estar bem, quando pela frente ainda faltasse, por exemplo, subir a Senhora da Graça e voltar a estar bem, ok, condescendo… no último dia… isso sim, dava-nos um corredor regular. E é sempre o mais regular que vence uma corrida por etapas com mais do que cinco dias.
1 comentário:
Há alguns pequenos pormenores com os quais eu não concordo, mas são irrelevantes.
Sendo eu portugues, vivendo eu em Portugal não entendo porque é que pegou na moda dizer pavee em vem de empedrado ou paralelos.
Como eu detesto a expressão pavee!!!!!!!!
Enviar um comentário