terça-feira, agosto 19, 2008

II - Etapa 205

TANTAS QUESTÕES AINDA SEM RESPOSTA

Afinal, e como fez questão de mo dizer o André Silva - abraço, companheiro -, sempre houve quem tivesse perguntado ao presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo como vai o caso-Póvoa Cycling Clube. Parece que... "vai andando" !???

Ok...

Andando para onde, e seguindo que "pistas"?

Ainda não li nada que, citando fontes policiais ou judiciais, nos tenha informado que o caso está... "em segredo de justiça".

Já o lemos, mas proferidas, nomeadamente, pelo presidente da FPC por isso convém fazer outra pergunta: de que justiça?

Se nem a PJ, nem o Ministério Público tiveram que dar essa resposta, porque não lhes foi colocada a questão, não será a Justiça, mas a justiça desportiva.

Ora, a justiça desportiva não tem nada a ver com o que já desesperamos, de tanto esperar, a PJ ou o MP terá para nos dizer.

A justiça desportiva terá a ver com eventuais casos positivos colhidos na tal famosa investida conjunta PJ/CNAD e lembro que todos os corredores da equipa foram sujeitos a controlo inopinado, nessa mesma tarde.

Sei até de um Corredor que, atempadamente, e desconhecendo, como é evidente, que a tal operação estava em marcha, comunicara ao CNAD e à FPC que nessa mesma data não estaria na sua residência por motivos meramente pessoais.

Mas, nem que seja para ir visitar um familiar internado num hospital, os Corredores têm de dar conta de todos os pormenores da sua vida pessoal àquelas entidades, e foi por aqui que começou a minha... cruzada, como alguns gostam de lhe chamar; a intolerável negação ao direito à sua vida privada a um grupo de Cidadãos só porque são Corredores.

Dizia eu, sei até de um Corredor que não seria encontrado em casa, e o CNAD sabia-o porque fora disso informado, ao aperceber-se da dimensão da operação e do que se estava a tentar armar, por livre iniciativa voltou a casa e fez questão de ser controlado, como os outros. Apesar de o médico e do inspector do CNAD terem reconhecido que ele não seria objecto de qualquer retaliação porque eles próprios estavam informados de que não estaria em casa. Mas ele sujeitou-se ao controlo.

Ora, esses controlos, se tivessem dado alguma coisa de concreto, já passou tempo mais do que suficiente para que se soubesse. E, a pelo menos dois dos Corredores da equipa da Póvoa, suspensos, esses controlos não acusaram nada, senão não teria havido a necessidade de vir o CNAD a tentar apanhá-los por outros meios... Estão a seguir o meu raciocínio?

Se tivesse havido alguma coisa de errado com o controlo feito pelo Pedro Cardoso, por exemplo, na posse dessa... prova não precisariam nem o CNAD nem a FPC de ir desenterrar um caso de um faxe que foi recebido sim senhor, mas que foi recebido em branco, blá. blá, blá...

Todos sabem a história.

Mas todos os dias se vão sabendo coisas novas.
Muita tinta se gastou, tudo junto, já dá um monte de páginas de jornais gastas e continua a haver falhas incompreensíveis. Quem ninguém explica.

Já li, durante a Volta, que o CNAD e a FPC estão muito satisfeitos porque da Real Federação Espanhola de Ciclismo obtiveram a permissão para controlarem, mesmo em suas casas, tal qual fazem com os Corredores portugueses, os Corredores espanhóis que correm por equipas portuguesas.

Talvez por isso, os primeiros controlos surpresa feitos nos primeiros dias da Volta se tenham centrado principalmente nas equipas estrangeiras que integram o pelotão.

Agora... se o CNAD pode ir a Espanha controlar os corredores espanhóis das equipas portuguesas, porque é que o não fez aos espanhóis do Póvoa Cycling Clube? Nem antes, nem ao mesmo tempo, nem depois da tal investida contra a sede do clube, camiões e habitação dos elementos portugueses da mesma?

No que é que me baseio para escrever isto? Na entrevista que o Pedro Romero deu ao jornal espanhol Hoy, de Badajoz. Pedro Romero mora a uma dúzia de quilómetros da fronteira portuguesa, o CNAD pode ir lá controlá-lo mas nunca o fez. Porquê?

Porque o trabalho estava feito, a equipa estava amputada e não poderia mais correr?
Então... quem encomendou o trabalhinho?

1 comentário:

aamorim disse...

Também eles gostavam de ter respostas para a grande embrulhada em que se meteram. E para a qual todos arrastaram (PJ, CNAD, PAD, etc. etc.).
Compete-nos a nós, adeptos, não deixar que o assunto caia no esquecimento e "vá morrendo", agora que já conseguiram os seus intentos, que, nunca houve dúvida, sempre foi o de eliminar a melhor equipa nacional, superiormente dirigida pelo "mestre" e que tanta "gentinha" incomodava.
Mesmo que para isso tivessem, como tiveram, de sacrificar tudo e todos, impedindo 22 profissionais de exercerem a sua actividade.
Contam, como é hábito instituido nesta triste nação, que a culpa morra solteira, sem que nunca ninguém seja responsabilizado.
Será mesmo assim?
A procissão ainda vai no adro!