segunda-feira, julho 10, 2006

144.ª etapa



GOSTO DESTA VOLTA



Primeira coisa que gostava aqui de sublinhar: gosto do traçado desta edição 68 da Volta a Portugal. Desde 1991 fiz 15 Voltas (todas) até hoje, quando tudo se perspectiva pelo pior. Vou falhar a minha 16.ª Volta consecutiva? Só o desejo enorme de ultrapassar este mau momento (em termos de saúde) ainda consegue com que eu ponha ali um ponto de interrogação. Manda a razão que acate os conselhos médicos. Quer o coração mandar tudo às malvas e que comece a fazer as malas…

Mas isto – o meu Blog – sendo assim como que um
“diário” não permite, ainda assim, “desabafos” de cunho estritamente pessoal. Passemos à frente.

Gosto do percurso desta 68.ª Volta a Portugal. Adivinho as dores de cabeça dos responsáveis da JLSports/PAD para a montar e sinto nele o dedo de um profundo conhecedor.

Não foi pacífica, como todos sabemos, a entrada da PAD na Volta. Dividiu opiniões e, nos anos que se seguiram a 2000, marcou-se, de alguma maneira, passo. Dificuldades que foram mais
“filhas” da polémica levantada então do que da vontade da nova organização. Seria de uma extrema injustiça negar a Francisco Nunes os créditos que somou ao longo de muitos, muitos anos ao serviço do ciclismo nacional.

Depois, e em boa hora – mas não por acaso, porque acredito no enorme profissionalismo que João Lagos trouxe consigo –, alguém chamou Joaquim Gomes para director-técnico das corridas JLS/PAD.

Sempre disse que, o ter-se sido bom corredor (ou jogador) não significa que venha a dar um bom treinador (ou director-desportivo)… ou responsável pelo traçado de uma Volta, por exemplo. Mas o Joaquim Gomes está a demonstrar que é a pessoa certa no lugar certo. Somos amigos – respeitando, sempre, cada um de nós, o papel do outro – mas não é por isso que lhe faço o elogio (merecido), é porque – modéstia à parte – qual
“organizador” de beira de estrada, eu me entretenho nas, infelizmente, muitas horas vagas, a “inventar” Voltas a Portugal. Depois de saber, ao pormenor, o percurso desta Volta, “rendo-me”. Eu não seria, de certeza, capaz de fazer melhor. Salvo, é claro, enquanto adepto não “aceitar” uma Volta sem chegada à Torre.

Sem comentários: