segunda-feira, junho 11, 2007

582.ª etapa


UMA VELHA DISCUSSÃO QUE ACHO SEM SENTIDO
(MAS NÃO SE PERDE NADA EM INSISTIR...)

A propósito não percebi bem do quê, “apanhei” uma discussão sobre a forma como a Imprensa, na opinião e algumas pessoas, “maltrata” as equipas de ciclismo porque nas notícias não transcreve os seus nomes “oficiais”.
Vá lá… podia ser pior ainda porque OFICIALMENTE cada equipa SÓ PODE TER DOIS NOMES sendo que a maioria das portuguesas estende a sua denominação de forma a, pelo menos, não desagradar aos principais patrocinadores.

E trago esse assunto aqui porque, sinceramente, creio poder de alguma forma contribuir para o esclarecimento da coisa.

Não tem nada a ver com boas ou má vontades, nem sequer com critérios pessoais.

Em princípio, não.
A maioria dos jornais tem perfeitamente definidos critérios discutidos e achados como os mais convenientes.

Por exemplo: o Jornal onde trabalho, A BOLA, há muito definiu que nas Classificações – e tendo em conta tudo o que a montante foi há muito decidido em termos graficos – se usariam os códigos UCI das equipas. São três letrinhas apenas, o que faz com que a informação caiba toda numa linha (nome do corredor, equipa e tempo gasto).

Por isso, desde cedo na temporada se começa a ligar o nome das equipas ao seu código, para que os leitores, pelo menos os habituais, rapidamente se habituem às tais três letrinhas…

Depois, e estava definido (escrevo ESTAVA porque, de facto, nos últimos dias vi o contrário) que nas Crónicas não se usava o código.
Já tive que emendar muitas vezes textos de colaboradores, menos identificados com as regras da casa

Se calhar porque não deixo de olhar aos pequenos pormenores que escaparão facilmente a quem não tem tempo para minudências.

Num texto de uma Crónica NÃO se usa o código, mas não esperem que, quando na maior parte das vezes se tem 1600/1800 caracteres se escreva o nome completo das equipas. Até, e porque temos disso exemplo esta temporada, há patrocinadores que migram de uma equipa para outra.

Se o objectivo é informare não fazer publicidade às equipas – e, ainda por cima, se há pouco espaço, a referência tem obrigatoriamente que ser lida à primeira. Por isso a equipa de Manuel Zeferino é a Maia, a de José Santos o Boavista, a de Vidal Fitas o Tavira. Só como exemplo.

Até porque o Jornal tem também como função ligar leitores e equipas.

Os portuenses sentem-se perto do… Boavista. Claro que os maiatos, depois de terem sido Jumbo, MSS, Milaneza e agora serem LA, foram e serão sempre MAIA.

Como para os algarvios Tavira é… Tavira.

A publicidade aos patrocinadores das equipas não é feita nos textos jornalísticos. Nem poderia ser. Muito menos num texto genérico que relata uma etapa de uma qualquer prova.

Imaginem só o que seria ter-se 1700 caracteres para contar uma etapa onde tivesse havido três fugas diferentes, com protagonistas diferentes e, se já é difícil escrever os nomes dos corredores, escrever ainda os das equipas com os seus três ou quatro patrocinadores. Mesmo a designação oficial, que só admite DOIS NOMES.

Por isso não tem razão quem se queixa.
Boavista, axadrezados (embora isto tenha muito de futebolês), maiatos, algarvios, vitorianos… desde que aproxime o leitor/adepto da sua equipa é perfeitamente válido.
Até porque para os menos atentos escrever hoje o nome oficial de algumas das equipas podia levar a que pensassem que o jornalista se tinha enganado… porque o ano passado o prefixo estava ligado a outro nome.

Chato, chato é, por exemplo, chamar uma equipa pelo nome que já não usa.

Carvalhelhos-Boavista era mau.
Como é mau – atenção Paulo Martins (EuroSport) – insistir em chamar Ilhas Baleares à Caisse d’Épargne! Caramba… Porquê? Porquê?...
Se a equipa é de Pamplona (Navarra) e o patrocinador uma instituição bancária francesa e NADA TÊM A VER com as ditas ilhas?


Vá lá… um esforcinho para que o pessoal acredite que estás a fazer alguma coisa para melhorares…

Voltando atrás e aos jornais repito, chamando daqui a atenção para isso mesmo, n’A BOLA, nas Crónicas, NUNCA se usou o código das equipas.

Bastava que se tivessem lido meia dúzia de Crónicas de há ano e meio, dois anos…

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