quinta-feira, junho 21, 2007

605.ª etapa


UMA ATITUDE QUE SE ENTENDE;
OUTRA QUE NÃO FAZ SENTIDO E...
UM RECADO PARA QUEM O QUEIRA ENTENDER

Foi ontem divulgada a lista de equipas que vai disputar a Vuelta’07. Às 18 atempadamente aceites, a Organização acrescentou mais três, às quais endereçou os convites que sobravam. A Astana – de Vinokourov, que venceu o ano passado –, a Karpin-Galícia e a Andalucia-CajaSur. De fora, das Profissionais Continentais espanholas, ficaram a Relax-GAM e a Fuerteventura-Canárias.

Leio agora a explicação de Victor Cordero. A Relax-GAM não se compremeteu a assinar o Código de Conduta. Da equipa que Vicente Belda comanda dos bastidores, nem se fala.

Aqui abro um parentisies. Sempre gostei da atitude das equipas de Belda. Mas, depois de tudo o que veio a público envolvendo as formações de Alicante (Kelme e Comunitat Valenciana), a don Vicente Belda só restava mesmo uma saída, se é que gosta mesmo de ciclismodesaparecer.
Porque voltamos ao mesmo. Um conjunto de corredores, profissionais, que ganham em cima da bicicleta o sustento das respectivas famílias, não pode ficar sujeito ao prolongamento de suspeitas – fundamentadas ou não – que pairam à sua volta. Têm o direito a poder aspirar mostrar-se nos maiores palcos, e a presença – quase constante – de Belda junto dela (vi-o, por exemplo, no Alentejo), nem com o facto de o filho fazer parte do plantel é justificável.

Recuperando o que disse atrás, se gosta realmente do ciclismo… devia impor-se a si próprio um recolhimento sabático.
Só ia fazer bem.
A todos.

Portanto, creio que a Fuerteventura-Canárias não ter sido sequer tido em conta, acaba por não surpreender.

Sobra a Relax-GAM.
Conheço o Victor Cordero há anos!
Ainda era “apenas” o homem de mão de don Enrique Franco, o tal senhor, patrão, dono… da Unipublic, praticamente A Unipublic, que uma vez, chegado à porta de uma Sala de Imprensa bateu, estacou e pediu licença para entrar.

Porque a Sala de Imprensa, sendo, obrigatoriamente, responsabilidade da Organização montá-la, é um local “neutro”.
Qual “embaixada”.
Território “estrangeiro” no nosso próprio território.

E, como ninguém, por mais… fino que seja, chega e entra por uma embaixada dentro, NINGUÉM, a não ser que seja Jornalista e esteja acreditado como tal, poderia entrar numa Sala de Imprensa.

Alguém que diga ao senhor Rui Oliveira que ser responsável pela comunicação da João Lagos NÃO lhe garante o livre-trânsito no local de trabalho dos Jornalistas.
Onde ele NÃO MANDA NADA!
E foi extremamente inconveniente por mais de uma vez.

Mas desviei-me do assunto…
Recuperemo-lo então.

Segundo li, Victor Cordero justificou o não convite à Relax-GAM porque esta equipa não garantiu a assinatura do… Código de Ética.
Caramba! Então se o que se pede nesse tal… Código de Ética, é que os corredores assumam a responsabilidade de garantir que NUNCA tiveram problemas com o doping e se nas suas fileiras, a equipa de Fuenlabrada (subúrbios de Madrid) tem, pelo menos, quatro corredores que já viveram isso na pele… iam assinar o quê?

Mas atenção!
Tiveram problemas mas cumpriram a respectiva pena.
O ciclismo não pode, não pode, não pode, só para que os outros vejam, querer ser mais papista que o papa!

Qualquer cidadão comum, apanhado nas teias da Lei, mas que tenha cumprido a sua dívida para com a Sociedade não pode continuar a ser “punido” pelo seu passado.
Céus! O que é que há de errado com o Ciclismo que são as próprias autoridades máximas, as que mandam na modalidade, a mostrarem uma prepotência deste calibre?

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