ZÉ AZEVEDO REGRESSA ÀS VITÓRIA
QUATRO ANOS E DEZ DIAS DEPOIS
Só pelo filme da etapa não é fácil "ver" o que terá acontecido hoje, na última tirada do Grande Prémio Internacional CTT-Correios de Portugal, mas logo que soube o resultado "percebi" que terá sido de "raiva" a vitória do Zé Azevedo e, de imediato, meio-me à memória um outro triunfo benfiquista, também de raiva, em 2000, creio, quando no Troféu Joaquim Agostinho. A prestação dos encarnados não fora das melhores mas no último dia, com chegada a Torres, Melcior Mauri resolveu dar o exemplo aos seus companheiros e, atacando na derradeira subida para a Serra da Vila, aguentou depois a perdeguição feroz que lhe foi feita e ganhou, ligeiramente isolado.
As comparações ficam-se por aqui. Aqueloutra corrida acompanhei-a no terreno. Esta que terminou hoje só através dos jornais... Não estou a dizer que o Zé tivesse querido dar exemplo algum. Quis e isso conseguiu-o, mostrar que não está tão mal quanto isso.
E, António Dias, tens razão sim senhor. Esta foi a primeira vitória do Zé desde aquele soberbo triunfo na difícilima chegada a alto em Feldberg, na Volta à Alemanha de 2003. Foi no dia 7 de Junho. Passaram-se, entretanto, quatro anos e dez dias.
Posso recordar que o Zé se escapou na companhia do seu chefe-fe-fila, à altura, Igor Gonzalez de Galdeano, que foi segundo na etapa, com o mesmo tempo. Isidro Nozal. 3.º, a 24 segundos fez o pleno para ONCE-Eroski.
E com esse triunfo, o Zé envergou a camisola branca e azul, símbolo de líder da Geral Individual na corrida germânica. Foi líder apenas por 24 horas pois, na etapa seguinde, um crono, longo, de 40,7 km disputado em Breten, ganhou Michael Rogers (Quick Step) que viria a ganhar a prova. O Zé terminou essa Volra à Alemanha na segunda posição, a 1.19 minutos, à frente de... Alexandre Vinokourov (Telecon, a 1.53), Jörg Jaksche (ONCE, a 1.54) e Jan Ullrich (Bianchi, a 2.10).
Mas como este é o primeiro artigo sobre o GPI CTT-Correios, não quero deixar de endereçar os parabéns ao jovem André Vital (Madeinox-Bric-Loulé) que ontem ganhou na Torre, em condições que me fizeram lembrar as chegadas de 1994 e 1995.
O André, tal como aconteceu no Alentejo, viu a vitória final tão perto, tão perto, que se compreende a desilusão. Ainda mais a de hoje. Faltou só um bocadinho assim...
Parabéns ao Pedro Cardoso (LA-MSS-Maia) também, por mais um triunfo à geral numa prova que, pareceu-me terá sido das melhor disputadas desta temporada.
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