AS COISAS QUE DESCOBRIMOS NA NET!...
Para me manter activo, tenho a minha própria agenda diária. Neste momento – e já estou atrasado – estou a recolher todos os resultados de todas as provas onde participam equipas portuguesas.
Como algumas foram no estrangeiro – nomeadamente, a DUJA-Tavira acabou de correr em França – tenho que vasculhar a net. Às vezes, por indigência, deixo-me levar de link em link… dispersando-me. E perdendo tempo, na maioria das vezes.
Mas encontram-se notícias giras.
Por exemplo, esta que é datada de Paris com o selo da AFP (o que significa que terá chegado a todas as redacções nacionais) mas que não li em nenhum jornal.
Vou tentar sintetizá-la.
A Federação Francesa de Ciclismo (FFC) foi condenada a pagar uma indemnização no valor de um milhão e 350 mil euros ao ex-corredor Patrice Sulpice, mais 600 mil euros à “segurança social” lá do sítio, pelos custos dos tratamentos a que este teve de ser sujeito na sequência de um acidente ocorrido há 12 anos quando, ainda nas sessões de treino dos mundiais de Bogotá (Colômbia, 1995), Sulpice ficou paraplégico depois de ter chocado violentamente, em plena pista, contra um outro corredor que rolava calmamente à sua frente.
Em Março passado, o Tribunal de Chambéry considerou a FFC culpada por negligência na informação aos seus corredores. Estes deveriam ter subscrito apólices de seguro individuais, para além do seguro colectivo subscrito pela própria federação. Que, deduzo, não cobriria a possibilidade de incapacidade permanente.
A estória vem a seguir. A FFC recorreu da sentença alegando que… cito: “Sendo obrigada a pagar essas verbas, a federação teria de vender a sua sede e, complementarmente, dispensar os seus funcionários, pagando-lhes as devidas indemnizações o que significaria… a falência financeira do organismo."
Reconhecendo que a situação de Sulpice (actualmente com 32 anos) é dramática, a FFC pede “um prazo razoável, até que o os tribunais se pronunciem sobre o recurso a esta sentença, entretanto accionado”, avança até com a possibilidade de negociar um pagamento fraccionado da indemnização “compatível com as possibilidades da federação” e reconhece esta coisa surpreendente: “O dinheiro que é movimentado pela federação é o dos prémios dos corredores; não é dinheiro da federação”.
Leram bem… a FFC “vive” dos dinheiros que deveria entregar aos corredores seus filiados!!!
E pode fechar a qualquer momento, porque, ao fim de 12 anos de espera, Patrice Sulpice já esgotou a paciência e diz, cito: “Tenho que reconstruir a minha vida, preciso ser autónomo. Quero viver como toda a gente.”
E a seguir o desabafo: “O mundo do desporto, tal como está, enoja-me.”
Esta notícia é da Agence France Press, é datada de Paris com a data de 26 de Junho de 2007 e hora de linha das 18.22. As fotos são do site pessoal do ex-corredor.
Para me manter activo, tenho a minha própria agenda diária. Neste momento – e já estou atrasado – estou a recolher todos os resultados de todas as provas onde participam equipas portuguesas.
Como algumas foram no estrangeiro – nomeadamente, a DUJA-Tavira acabou de correr em França – tenho que vasculhar a net. Às vezes, por indigência, deixo-me levar de link em link… dispersando-me. E perdendo tempo, na maioria das vezes.
Mas encontram-se notícias giras.
Por exemplo, esta que é datada de Paris com o selo da AFP (o que significa que terá chegado a todas as redacções nacionais) mas que não li em nenhum jornal.
Vou tentar sintetizá-la.
A Federação Francesa de Ciclismo (FFC) foi condenada a pagar uma indemnização no valor de um milhão e 350 mil euros ao ex-corredor Patrice Sulpice, mais 600 mil euros à “segurança social” lá do sítio, pelos custos dos tratamentos a que este teve de ser sujeito na sequência de um acidente ocorrido há 12 anos quando, ainda nas sessões de treino dos mundiais de Bogotá (Colômbia, 1995), Sulpice ficou paraplégico depois de ter chocado violentamente, em plena pista, contra um outro corredor que rolava calmamente à sua frente.
Em Março passado, o Tribunal de Chambéry considerou a FFC culpada por negligência na informação aos seus corredores. Estes deveriam ter subscrito apólices de seguro individuais, para além do seguro colectivo subscrito pela própria federação. Que, deduzo, não cobriria a possibilidade de incapacidade permanente.
A estória vem a seguir. A FFC recorreu da sentença alegando que… cito: “Sendo obrigada a pagar essas verbas, a federação teria de vender a sua sede e, complementarmente, dispensar os seus funcionários, pagando-lhes as devidas indemnizações o que significaria… a falência financeira do organismo."
Reconhecendo que a situação de Sulpice (actualmente com 32 anos) é dramática, a FFC pede “um prazo razoável, até que o os tribunais se pronunciem sobre o recurso a esta sentença, entretanto accionado”, avança até com a possibilidade de negociar um pagamento fraccionado da indemnização “compatível com as possibilidades da federação” e reconhece esta coisa surpreendente: “O dinheiro que é movimentado pela federação é o dos prémios dos corredores; não é dinheiro da federação”.
Leram bem… a FFC “vive” dos dinheiros que deveria entregar aos corredores seus filiados!!!
E pode fechar a qualquer momento, porque, ao fim de 12 anos de espera, Patrice Sulpice já esgotou a paciência e diz, cito: “Tenho que reconstruir a minha vida, preciso ser autónomo. Quero viver como toda a gente.”
E a seguir o desabafo: “O mundo do desporto, tal como está, enoja-me.”
Esta notícia é da Agence France Press, é datada de Paris com a data de 26 de Junho de 2007 e hora de linha das 18.22. As fotos são do site pessoal do ex-corredor.
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