TESOURINHOS "DESENTERRADOS" - VII
Outro tesourinho, outra estória. Na sequência do anterior, também este aparece “fora de tempo”. Não faz mal.
A “estória” desta brilhante vitória de Claus Möller começa algumas horas antes, no dia 23 de Setembro de 2001 – 12 dias depois do ataque às Torres Gémeas do WTC, em Nova Iorque. Uma vez mais, a acompanhar a única equipa portuguesa na Vuelta, desta vez a Maia-Milaneza-MSS, só estava eu, pel’A BOLA e o Fernando Emílio, da Rádio, então já Nacional. Mas nesse dia não estávamos sós. Na véspera chegaram a Tarragona, onde pernoitáramos, o Teixeira Correia e o Zé Veiga Trigo. O Fernando já não cobriria essa etapa. Voltava a Portugal para logo de seguida viajar para San Juan, na Argentina, onde foi acompanhar mais um Mundial de Hóquei em Patins. O Zé Veiga Trigo, amigo de há muitos anos, acompanhara o Teixeira Correia, porque a viagem era longa e, mandava o bom senso, que a condução fosse repartida, e voltou com o Fernando.
A “estória” desta brilhante vitória de Claus Möller começa algumas horas antes, no dia 23 de Setembro de 2001 – 12 dias depois do ataque às Torres Gémeas do WTC, em Nova Iorque. Uma vez mais, a acompanhar a única equipa portuguesa na Vuelta, desta vez a Maia-Milaneza-MSS, só estava eu, pel’A BOLA e o Fernando Emílio, da Rádio, então já Nacional. Mas nesse dia não estávamos sós. Na véspera chegaram a Tarragona, onde pernoitáramos, o Teixeira Correia e o Zé Veiga Trigo. O Fernando já não cobriria essa etapa. Voltava a Portugal para logo de seguida viajar para San Juan, na Argentina, onde foi acompanhar mais um Mundial de Hóquei em Patins. O Zé Veiga Trigo, amigo de há muitos anos, acompanhara o Teixeira Correia, porque a viagem era longa e, mandava o bom senso, que a condução fosse repartida, e voltou com o Fernando.
Mas voltando à primeira parte da “estória”, perdemo-nos nos muitos entroncamentos das várias “autopistas” que servem a capital valenciana. Não nos atrasámos porque o Fernando Emílio é um confesso amante do “canto do galo”. Já há luz? Então está na hora de levantar. Mesmo que as etapas comecem à uma da tarde.
E recordo este episódio porque nos aconteceu uma coisa que eu nunca tinha vivido. Não tenho nada a apontar à BT da GNR, mas a verdade é que tenho em grande conta a Policia Viária da Guardia Civil espanhola.
Estávamos nós, parados na berma a tentar perceber o mapa quando, no sentido contrário passou um carro da PV. Abrandou, olhou para nós e arrancou. Poucos minutos depois estava junto a nós. Só tinham ido até ao primeiro ponto de inversão de marcha.
Estávamos nós, parados na berma a tentar perceber o mapa quando, no sentido contrário passou um carro da PV. Abrandou, olhou para nós e arrancou. Poucos minutos depois estava junto a nós. Só tinham ido até ao primeiro ponto de inversão de marcha.
“Que se passa?”, “Nada, desorientámo-nos um bocadinho…”, “Venham atrás de nós…”
E levaram-nos até à via certa. Até porque, como a etapa terminava numa base militar, muito condicionada, até pelos acontecimentos de duas semanas antes, só um caminho tinha sido aberto para acesso ao local.
Mas pronto, voltando à vitória do Claus Möller, como as últimas centenas de metros, as que se corriam em terreno da Base, estavam mesmo vedadas a todos os carros, a não ser os oficiais e aos das equipas, claro, o Teixeira Correia teve de sair mais cedo para poder “trepar” – era trepar mesmo – essas últimas centenas de metros a pé.
E levaram-nos até à via certa. Até porque, como a etapa terminava numa base militar, muito condicionada, até pelos acontecimentos de duas semanas antes, só um caminho tinha sido aberto para acesso ao local.
Mas pronto, voltando à vitória do Claus Möller, como as últimas centenas de metros, as que se corriam em terreno da Base, estavam mesmo vedadas a todos os carros, a não ser os oficiais e aos das equipas, claro, o Teixeira Correia teve de sair mais cedo para poder “trepar” – era trepar mesmo – essas últimas centenas de metros a pé.
E eu fiquei sozinho na messe dos militares, onde funcionou a Sala de Imprensa.
Nesse dia houve sempre televisão e, ali estava eu, sozinho, no meio dos espanhóis – e outros colegas, de outras nacionalidades, que também aparecem para cobrir a Vuelta – de olhos fixos no pequeno ecrán… testemunhando mais uma grande jornada para o Ciclismo nacional.
São memórias. Boas memórias. Aquilo que sempre restará, mesmo quando veja chegada ao fim a minha carreira de jornalista.
Mas, e porque não faria sentido esquecê-la, aqui relembro também a vitória de Sérgio Paulinho – um português, finalmente, mas em contraponto com as duas últimas memórias… ao serviço de uma equipa estrangeira.
Foi o ano passado, no dia 4 de Setembro, em Santillana del Mar.
São memórias. Boas memórias. Aquilo que sempre restará, mesmo quando veja chegada ao fim a minha carreira de jornalista.
Mas, e porque não faria sentido esquecê-la, aqui relembro também a vitória de Sérgio Paulinho – um português, finalmente, mas em contraponto com as duas últimas memórias… ao serviço de uma equipa estrangeira.
Foi o ano passado, no dia 4 de Setembro, em Santillana del Mar.
Esta vi-a pela televisão.
Já estava encostado às boxes.
Espero, sinceramente, poder estar ainda e mais algumas vitórias de corredores portugueses, ou de equipas portuguesas, na Vuelta ou, quem sabe… um dia me seja dada a oportunidade de “fazer” um Tour!
Espero, sinceramente, poder estar ainda e mais algumas vitórias de corredores portugueses, ou de equipas portuguesas, na Vuelta ou, quem sabe… um dia me seja dada a oportunidade de “fazer” um Tour!
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