VALE A PENA LER OS REGULAMENTOS...
Esta… estória trouxe-me à memória um caso que, por acaso (passe o pleonasmo) só não deu maior “barraca” porque, por algo que não sei explicar, mais nenhum OCS – NENHUM! – se importou com os regulamentos.
Aconteceu – já não me lembro o ano e, como habitualmente, escrevo de coração, e não enfiado em montes de papéis. Sei o que digo, não preciso de mostrar provas… – num Grande Prémio Mitsubishi.
No palmarés da prova, a quem ele tiver acesso, há-de estar o nome do polaco Dariuzs Baranowski (Banesto) como vencedor, mas EU continuo a dizer – passada mais de meia dúzia de anos – que quem ganhou aquela corrida foi o RUI SOUSA. Então na Maia-Milaneza.
Não, não foi decidida no “puntógrafo”, mas aconteceu, como era habitual naquela corrida, num dia com duas meias etapas – figura que deixou de existir. Hoje já não há meias etapas, embora, no resto, o que regulamentava aquelas se mantenha válido.
E o meu escrito motivou o ÚNICO recurso ao Direito de Resposta consagrado na Lei de Imprensa. Do qual, e com um beijinho grande para a minha amiga Paula Martins, a signatária, me saí a contento.
Não me convenceram nunca.
O Baranowski foi o primeiro corredor da Banesto a cortar a meta num contra-relógio por equipas – que começou na Portela de Sintra – e, logo aí, recorrendo – erradamente – ao desempate com o recurso aos centésimos de segundo, ele “ganhou” vantagem ao Rui Sousa.
Não pode ser. O Regulamento é claro, isso só é aplicável nos contra-relógios individuais.
Depois, e na parte da tarde, naquilo que na altura ainda era a segunda metade da etapa (duas meias etapas) foram atribuídas bonificações como se de uma etapa se tratara quando o regulamento também aí é claro.
Etapa: 10, 6, 4 segundos de bonificação (para a categoria onde a prova se inseria); meia etapa: 6, 4, 2 segundos.
Mais… uma meia etapa NÃO pode ter mais do que DUAS metas volantes porque, voltemos aos regulamentos: as bonificações colhidas durante a etapa não podem ser superiores às creditadas no final da etapa.
Mas o argumento usado foi o de que, na reunião prévia à corrida, o presidente do Colégio de Comissários aceitara o Regulamento Particular da Corrida. Só que este não pode sobrepor-se aos Regulamentos Gerais.
Fui o ÚNICO que discutiu isto. AINDA, porque sou teimoso, o ÚNICO a dizer com as letrinhas todas: o RUI SOUSA foi o vencedor daquela prova. Pese embora, “oficialmente” Dariuzs Baranowski a tenha no seu palmarés.
E houve outras “barracas” nesta mesma corrida, noutros anos. Por exemplo, depois de uma meia-etapa, à partida para a segunda… metade, chegaram a aparecer DUAS camisolas amarelas. O Cândido Barbosa era o seu titular, por direito. Mas teve de sair de verde, depois de paciente e aturada conversa com o Américo Silva. Porque numa meia-etapa não se podia mudar de camisola amarela. Só no final da mesma. Tinha razão o Cândido. E provavelmente o Américo sabia-o, mas para que a corrida, que saiu com mais de meia hora de atraso, regressasse à estrada teve de convencer o seu pupilo.
Os regulamentos são extensos, é verdade, mas também não leva assim tanto tempo a lê-los. E quem gosta de Ciclismo, principalmente quem se diz amante da modalidade, devia fazer um esforcinho. Porque polémicas deste tipo não têm razão de ser.
Agora perguntem-me: e dos jornalistas que cobrem a maioria das corridas de ciclismo quantos conhecem os regulamentos?
Pois é. Dois. Três. Não mais do que isso…
Aconteceu – já não me lembro o ano e, como habitualmente, escrevo de coração, e não enfiado em montes de papéis. Sei o que digo, não preciso de mostrar provas… – num Grande Prémio Mitsubishi.
No palmarés da prova, a quem ele tiver acesso, há-de estar o nome do polaco Dariuzs Baranowski (Banesto) como vencedor, mas EU continuo a dizer – passada mais de meia dúzia de anos – que quem ganhou aquela corrida foi o RUI SOUSA. Então na Maia-Milaneza.
Não, não foi decidida no “puntógrafo”, mas aconteceu, como era habitual naquela corrida, num dia com duas meias etapas – figura que deixou de existir. Hoje já não há meias etapas, embora, no resto, o que regulamentava aquelas se mantenha válido.
E o meu escrito motivou o ÚNICO recurso ao Direito de Resposta consagrado na Lei de Imprensa. Do qual, e com um beijinho grande para a minha amiga Paula Martins, a signatária, me saí a contento.
Não me convenceram nunca.
O Baranowski foi o primeiro corredor da Banesto a cortar a meta num contra-relógio por equipas – que começou na Portela de Sintra – e, logo aí, recorrendo – erradamente – ao desempate com o recurso aos centésimos de segundo, ele “ganhou” vantagem ao Rui Sousa.
Não pode ser. O Regulamento é claro, isso só é aplicável nos contra-relógios individuais.
Depois, e na parte da tarde, naquilo que na altura ainda era a segunda metade da etapa (duas meias etapas) foram atribuídas bonificações como se de uma etapa se tratara quando o regulamento também aí é claro.
Etapa: 10, 6, 4 segundos de bonificação (para a categoria onde a prova se inseria); meia etapa: 6, 4, 2 segundos.
Mais… uma meia etapa NÃO pode ter mais do que DUAS metas volantes porque, voltemos aos regulamentos: as bonificações colhidas durante a etapa não podem ser superiores às creditadas no final da etapa.
Mas o argumento usado foi o de que, na reunião prévia à corrida, o presidente do Colégio de Comissários aceitara o Regulamento Particular da Corrida. Só que este não pode sobrepor-se aos Regulamentos Gerais.
Fui o ÚNICO que discutiu isto. AINDA, porque sou teimoso, o ÚNICO a dizer com as letrinhas todas: o RUI SOUSA foi o vencedor daquela prova. Pese embora, “oficialmente” Dariuzs Baranowski a tenha no seu palmarés.
E houve outras “barracas” nesta mesma corrida, noutros anos. Por exemplo, depois de uma meia-etapa, à partida para a segunda… metade, chegaram a aparecer DUAS camisolas amarelas. O Cândido Barbosa era o seu titular, por direito. Mas teve de sair de verde, depois de paciente e aturada conversa com o Américo Silva. Porque numa meia-etapa não se podia mudar de camisola amarela. Só no final da mesma. Tinha razão o Cândido. E provavelmente o Américo sabia-o, mas para que a corrida, que saiu com mais de meia hora de atraso, regressasse à estrada teve de convencer o seu pupilo.
Os regulamentos são extensos, é verdade, mas também não leva assim tanto tempo a lê-los. E quem gosta de Ciclismo, principalmente quem se diz amante da modalidade, devia fazer um esforcinho. Porque polémicas deste tipo não têm razão de ser.
Agora perguntem-me: e dos jornalistas que cobrem a maioria das corridas de ciclismo quantos conhecem os regulamentos?
Pois é. Dois. Três. Não mais do que isso…
8 comentários:
Há assim tantos jornalistas a saber o regulamento?
...e vou até um pouco mais longe, será que os DD e corredores conhecem os regulamentos da sua actividade?
Bem, Paulo, não vamos por aí... senão!
E organizadores que não sabem que no MÍNIMO têm de ter 350 metros de barreiras ANTES da linha de meta, mais 100 metros depois?
Mas porque falaste de jornalistas... entre os que realmente sabem e os que têm conhecimentos empíricos... pode ser que haja... quatro?!
Podia contestar a tua afirmação das barreiras pois não está de todo correcta mas não vamos por aí...
O que interessa mesmo é que a esmagadora maioria das pessoas que andam no Ciclismo não sabem os seus regulamentos.
Podias sim senhor Paulo,
o que o regulamentado prevê (no mínimo) são mesmo 800 metros de barreiras.
300 metros antes da meta + 100 metros depois desta... de ambos os lados.
Quanto à segunda parte, 90% dos espectadores de futebol não conhecem as regras básicas! Mas eu estou, como sabes, contigo. Quem REALMENTE gosta de ciclismo (porque o universo é bem menor) e porque as regras estão à disposição de todos, devia preocupar-se em, pelo menos, dar uma vista de olhos.
Haveria muito menos gente a fazer figura de parvo.
Mas Paulo, recupero uma coisa que disseste lá atrás...
E os principais interessados?
Corredores, dd's, managers, presidentes e demais?
Será que todos bem as regras?
E deixo mais uma ponta a descoberto... (tu não tens que responder que nada tens a ver con isso) mas quantas vezes vemos corredores subir ao pódio para envergarem camisolas sem que nelas apareça a publicidade aos seus patrocinadores?
Não havia de haver alguém que se preocupasse com isso?
Mas ainda digo mais, dou-te um exemplo concreto: o "Pencho" - o filho do Fulgêncio Sanchez, actual presidente da Real Federação Espanhola de Ciclismo, que foi corredor e técnico em Portugal - porque somos muito amigos, deixou-me um dia estar junto dele, quando era a sua empresa a assegurar as camisolas. Tinha na sua base de dados TODOS os logotipos das principais equipas, mas havia uma portuguesa - que não vou dizer, é claro - que nunca tinha respondido ao seu pedido. E eu tinha o logo dssa equipa no meu computador.
Em 15 segundos, o "Pencho" copiou. Dificilmente essa equipa subiria ao pódio... mas ele teve a preocupação de ter o logo da equipa.
E eu, francamente, não percebo como é que as equipas conseguem ter corredores seus no pódio sem a publicidade aos seus patrocinadores.
Depois, vêm perorar contra a Comunicação Social porque em vez de "Santa Bárbara Nos Acuda.com", só escrevem... Alguidares de Baixo!
Tu percebes....
Claro que percebo onde queres chegar...
Ainda há bem pouco tempo tive uma situação dessas no RTP.
Claro está que a maioria actualmente já se preocupa com isso, mas e ainda por falar em cerimonias protoculares repara no calçado que por vezes levam quando tem que ir a equipa ao podium e/ou mais do que um corredor da mesma equipa.
No quediz respeito ás barreiras ão vale a pena entrar-mos em discução sobre se é mais um metro ou menos um metro.
Já agora, sabes dizer-me qual é a penalização para um organizador que não cumpra o estipulado no regulamento?
E já agora sabes também dizer-me o que está previsto para um organizador que marca uma corrida no calendario nacional e depois não a realiza?
Olha, esta minha ultima pergunta até poderá dar origem a texto teu para uma etapa.
Paulo, não sei de cor mas também não vou fazer aqui "batota"...
é que bastava ir ver ali no "livrinho"...
A não ser que aches que é relevante... aí eu vou ver!
Até me deste uma ideia: eu podia fazer como os semanários, que estão sempre a oferecer "brindes"... de três em três "etapas"... transcrevia aqui um artigo do RGTC...
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