segunda-feira, maio 07, 2007

520.ª etapa


PORTUGUESES SAEM POR CIMA
KOLDO VENCE COM RAÇA

Creio que esta edição da Volta às Astútias não defraudou ninguém. Houve muito, e grande, espectáculo praticamente todos os dias - o de ontem terá sido o nemos espectacular - e a Saunier Duval conseguiu levar a àgua ao seu moínho com um Koldo Gil que esteve enorme. Mesmo na falta de maior ajuda por parte da equipa. A Relax-GAM terá sido a maior derotada, mas pelo muito trabalho que fez deve ter saído de cabeça erguida, o mesmo acontecendo com as duas equipas portuguesas presentes.

A Liberty Seguros esteve várias vezes representada no pódio, incluíndo o final com o triunfo de Hernâni Brôco nos Sprints Especiais - bem que este valoroso jovem estava a precisar de um prémio destes para que não deixe de acreditar no seu valor - e com a equipa a terminar na 3.ª posição colectiva. Muito bom. Ainda conseguiu um terceiro lugar, na primeira etapa, com Pablo Urtasun e mostrou-se em várias fugas, com destaque para aquela protagonizada pelo mesmo Brôco na etapa-raínha, a caminho do alto del Acebo.

Foi nessa mesma etapa que o Benfica também obrigou a que se falasse de si e logo com José Azevedo que substituiu Brôco na frente da corrida, na segunda metade da etapa. E Danail Petrov, segundo, hoje, na meta em Oviedo, terminou também segundo na geral final da Regularidade. Aliás, o búlgaro só na etapa de ontem não esteve entre os primeiros dez a cortar a meta e o 6.º lugar na geral final - melhor posicionado dos corredores das equipas portuguesas - poderá até saber a pouco.

Os encarnados procuraram, principalmente hoje, a todo o custo um triunfo numa etapa e, metendo Petrov, mais José Azevedo e Hélder Miranda na fuga, foram eles quem mais trabalhou nos últimos quilómetros com o visível propósito de levar Petrov à vitória. Falhou por muito pouco.

Fechando este capítulo, reitero que, na minha opinião, as duas formações lusas estiveram à altura e o ciclismo português muito bem representado numa das corridas mais disputadas daquelas até agora realizadas. E creio que ficou provado que as nossas equipas têm qualidade mais do que suficiente para rodarem no pelotão europeu. Fica é por explicar porque é que se eclipsam, quando nas corridas disputadas em território nacional, mas isso fará já parte de um outro capítulo, que um dia destes aqui tratarei.

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