quinta-feira, maio 10, 2007

524.ª etapa


PERDOA-LHES "JAQUIM"
NÃO TE MERECERAM!...

Estou cru.
Estarei!
Assumo-o e neste momento tanto se me dá mandar badamerda seja quem fôr. Sou eu. Cru.

Sim, talvez, mas não perco as minhas memórias.
Aquilo que me sustenta.
Aquilo que valho. O que sou.

Assisto, arredado dos bastidores, à fácil etronização de novo(a)s deuse(a)s.
Mandam as agendas.
Falham as memórias.

Mas porque são frágeis os alicerces daqueles que não têm memória, nem pena deles tenho.
Há uma História, e essa não se pode apagar.

Houve uma época em que a palavra "operário" - que fez história no Jornal do qual me orgulho de pertencer - significava fazer, honrando o passado dos seus fundadores.
Caiu em desuso.
Operário era aquele aquele que dava o que tinha e um pouco mais ainda.
Porque, por trás dele, havia um historial de trabalho de outros que, antes, tinham feito do Jornal aquilo que ele é.
Que ELES pensaram deveria vir a ser.

Devemos aceitar que uma hérnia inguinal hoje "vale" a primeira página?
Porque não? Quem sou eu?
Mas insisto, teimoso, em agarrar-me às memórias.
Nem um artigo, nem uma notícia, nem uma breve... recordou que
passaram hoje 23 anos desde a morte de Joaquim Agostinho.

E como é que TODA A IMPRENSA DESPORTIVA o ignorou?
Ah!... Efemérides, são giras... é só nos anos redondos!!!... Ok...

JOAQUIM AGOSTINHO, morreu, faz hoje 23 anos.
Não me interessa quem se lembra dele, ou não, nesta nova plataforma de informação que é a internet.
Quem, há 23 anos, vendeu dezenas de milhares de jornais à custa da sua morte...
... hoje esqueceu-o.

E não há outra forma de pôr a coisa. Não estamos a falar de um qualquer (por mais valoroso que fosse) atleta.
É do JOAQUIM AGOSTINHO!...

E é triste que a data da sua morte tenha passado despercebida.

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