sexta-feira, maio 25, 2007

553.ª etapa


PORQUE TODOS TÊM DIREITO
A QUE AS SUAS POSIÇÕES SEJAM TIDAS EM CONTA


Estou, provavelmente, mais uma vez, a ser injusto.
Se calhar, amanhã - que, por acaso já é hoje, mais logo, pela manhã... - verei estampada em página inteira, em todos os "desportivos" este mesmo comunicado da Associação Portuguesa dos Ciclistas Profissionais (APCP).
Não faz mal...


Quanto mais defendermos os Corredores - e é neles que se centra a actividade velocipédica (eu sei que os responsáveis pelas equipas defendem uma outra teoria... mas também cá estou para lhes dar cobertura)... - dizia, quanto mais defendermos os Corredores, mais verdade teremos no Ciclismo.

Por isso, transcrevo, aqui, na íntegra, o Comunicado da APCP.

Se os meus amigos, quando chegarem à net... e ao VeloLuso, já o tiverem lido nos jornais... então estamos todos de parabéns.

Temos, de facto, a trabalhar na Imprensa, profissionais que se preocupam, antes de mais... com os profissionais do Ciclismo.
A mim não me passaria nunca pela cabeça que da sua parte houvesse concessões inconfessáveis beneficiando quem, quando quer, os "compra".


É este o comunicado da Associação Portuguesa dos Ciclistas Profissionais
(que logo pela manhãzinha, estou certo, lerão EM TODOS os jornais desportivos):




Comunicado
"A Associação Portuguesa dos Ciclistas Profissionais, no âmbito das suas competências,
e tomando conhecimento das afirmações produzidas
pelo Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo
e face às noticias veiculadas na Comunicação Social,
respeitantes à existência de inquéritos a correr,
tendo como intervenientes
vários ciclistas profissionais vem dizer o seguinte:

1 - Esta Associação dará o seu apoio técnico,
jurídico ou outro, sempre que um seu associado o solicitar,
dado ser essa uma das razões de existência da Associação;
2 - A esta Associação não cabe julgar as condutas dos seus associados
que, pelos regulamentos federativos, se submetem aos regulamentos vigentes e são julgados nos órgãos de disciplina competentes da sua Federação, ou outros;
3 - Por esta Associação foram solicitados, em sede própria,
nomeadamente no CNAD, a realização de mais controlos antidopagem
em todas as provas que se realizam no nosso país, procurando-se, assim,
dissipar dúvidas e tornar tal actividade mais transparente;
4 - São os ciclistas federados e membros desta associação
que descontam 2% dos seus prémios para a luta anti-doping,
sendo tal prática inexistente noutras modalidades;
5 - Não pode, contudo, aceitar esta Associação que, a coberto de uma luta
contra a Dopagem, que deve ser de todos os intervenientes desportivos
(atletas, agentes, treinadores, equipas, Associações e Federações), se violem direitos e normas legais, que põem em causa direitos consagrados constitucionalmente;
6 - Lamenta pois, esta Associação, que o Presidente
da Federação Portuguesa de Ciclismo venha, perante a Comunicação Social,
lamentar-se da queixa fundamentada desta Associação
junto da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD)
e não queira assumir que, ao impôrem-se normas abusivas e ilegais
nos regulamentos da modalidade, se viola o estabelecido na Lei Geral;
7 - A Federação Portuguesa de Ciclismo foi accionada pela CNPD porquanto
não cumpriu o estipulado na Lei, e esta Associação não permitirá que,
ao arrepio da mesma, sejam os seus associados obrigados a cumprir
situações ilegais e atentatórias aos seus direitos num... Estado de Direito;
8 - Lamenta esta Associação que não sejam, em sede própria,
discutidos os assuntos em causa e se aproveite a Comunicação Social
para criar uma falsa imagem da posição desta Associação;
9 - Não se coibirá, nunca, esta Associação, de defender
os interesses legítimos dos seus Associados e nem se inibirá,
sob qualquer pressão, de fazer respeitar os seus direitos;
10 - Espera sim, esta Associação, que as questões desportivas e disciplinares
sejam primeiro discutidas e resolvidas com celeridade, justeza e competência, nos órgãos próprios, e só após isso se manifestem posições na Comunicação Social.

Maia,
24 de Maio de 2007
o Presidente da APCP,
Paulo Couto

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