domingo, maio 27, 2007

556.ª etapa


ESTOU COMPLETAMENTE BARALHADO!... CONFESSO!

Não consigo perceber os acontecimentos que pautaram os últimos dias da semana que ontem findou.
Não consigo perceber a “necessidade” que algumas figuras sentiram em vir confessar-se publicamente.
E como bom alentejano que sou, sou desconfiado.
Pergunto-me: o que é que estará aí para rebentar para que os “ratos” tenham começado a abandonar o navio?

E não percebo a morbidez – tenho lido textos onde adivinho uma certa forma de prazer, inconfessável – nem de simples adeptos, nem de quem, afinal, até anda, ou andou no meio. E como agora, dez anos depois, aparecem despudoradamente a dizer que, afinal de contas, já na altura sabiam. Mas nada disseram…

Mas volto atrás. Interrogo-me sobre as razões que possam ter levado um fulano como o Riis, a confessar que tomou EPO numa altura em que a EPO nem sequer era proíbida… Porque era desconhecida.

Daqui a dez anos, quando for totalmente proíbido fumar, alguém irá perceber se eu aparecer numa Conferência de Imprensa a confessar que comecei a dar as primeiras “passas” aos 13/14 anos? Mas se há 30 anos nem se adivinhava ainda a perseguição aos fumadores!!!... E se toda a gente sabe que fumo!...

Voltando ao Riis… Ele depois veio a ser director-desportivo de outros corredores que, afinal, parece que, sob o seu comando, e quando a EPO já era proíbida, também a terão usado.
Sem o seu conhecimento?
Não acredito!

O que é que estará por trás de tudo isto? Porquê este “tsunami” quando estes costumam é acontecer depois de terramotos, e não antes deles?
Mas qualquer coisa me diz que vem aí um terramoto.

E, uma vez mais, testemunho como a maioria dos que se dizem amantes do ciclismo não passa, afinal, de um bando de abutres. E ainda as “vítimas” não estão bem “mortas” já lhes estão a saltar em cima, cada um com medo que o do lado possa levar uma maior porção da carcaça…

Confesso a minha incapacidade para perceber o que se está a passar.

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