DEFINITIVAMENTE: SIM!...
Com practicamente oito dias de atraso, fui descobrir um texto no sítio web do Norte Desportivo no qual – curiosamente, nenhum jornal desportivo o citou (não foram lá!...) – Joaquim Gomes terá dito, na apresentação oficial do I Grande Prémio Internacional Paredes-Rota dos Móveis (sim, primeiro… que na edição do ano passado esta corrida era .12, apenas do calendário nacional), que esta corrida pode ser candidata a um lugar no calendário Pro-Tour.
Em relação ao actual figurino desta “supra”-classe do ciclismo mundial sou insuspeito pois, já o referi vezes mais do que suficientes, não gosto. Não concordo. Acho mal. Sou contra.
Mas também já o escrevi, e reitero aqui essa minha opinião, Portugal, mais do que merecer, DEVIA ter uma corrida inscrita no primeiro patamar daqueles em que se divide o calendário internacional.
Porque sim!
Porque poria à prova a nossa capacidade organizativa – e não temos de que nos queixar nas vezes a que a isso fomos chamados – e porque o adepto português teria aí a grande oportunidade de ver as grandes figuras do ciclismo mundial.
Se ninguém se chocou quando Portugal organizou um master de Ténis, quando o nosso ténis é apenas incipiente; se ninguém se chocou quando concorremos à organização da Taça América, em vela, quando a nossa vela – depois dos Quinas e Bellos – é pouco mais do que entertenimento; se ninguém se choca quando ameaçamos lançar uma candidatura à organização dos Jogos Olímpicos e, muito menos ainda, quando aparecemos – embora se perceba (o que não foi dito) que isso não passa de uma manobra de diversão – como candidatos à organização do mundial de futebol atempadamente entregue à África do Sul, sinceramente, não vejo porque é que não devemos aspirar a ter uma corrida de Ciclismo inscrita na I Divisão da modalidade.
E não tenho quaisquer dúvidas em como organizaríamos – principalmente se essa incumbência fosse entregue à João Lagos Sports/PAD – uma corrida sem mácula, no aspecto técnico. E, deixando de lado eventuais questões de coração e/ou simpatia, creio não merecer quaisquer dúvidas que essa corrida deveria ser traçada a Norte.
Por todas as razões.
Em relação ao actual figurino desta “supra”-classe do ciclismo mundial sou insuspeito pois, já o referi vezes mais do que suficientes, não gosto. Não concordo. Acho mal. Sou contra.
Mas também já o escrevi, e reitero aqui essa minha opinião, Portugal, mais do que merecer, DEVIA ter uma corrida inscrita no primeiro patamar daqueles em que se divide o calendário internacional.
Porque sim!
Porque poria à prova a nossa capacidade organizativa – e não temos de que nos queixar nas vezes a que a isso fomos chamados – e porque o adepto português teria aí a grande oportunidade de ver as grandes figuras do ciclismo mundial.
Se ninguém se chocou quando Portugal organizou um master de Ténis, quando o nosso ténis é apenas incipiente; se ninguém se chocou quando concorremos à organização da Taça América, em vela, quando a nossa vela – depois dos Quinas e Bellos – é pouco mais do que entertenimento; se ninguém se choca quando ameaçamos lançar uma candidatura à organização dos Jogos Olímpicos e, muito menos ainda, quando aparecemos – embora se perceba (o que não foi dito) que isso não passa de uma manobra de diversão – como candidatos à organização do mundial de futebol atempadamente entregue à África do Sul, sinceramente, não vejo porque é que não devemos aspirar a ter uma corrida de Ciclismo inscrita na I Divisão da modalidade.
E não tenho quaisquer dúvidas em como organizaríamos – principalmente se essa incumbência fosse entregue à João Lagos Sports/PAD – uma corrida sem mácula, no aspecto técnico. E, deixando de lado eventuais questões de coração e/ou simpatia, creio não merecer quaisquer dúvidas que essa corrida deveria ser traçada a Norte.
Por todas as razões.
Porque é aí que se podem acrescentar dificuldades que elevem, em termos desportivos, a qualidade da prova, porque o público nortenho é, verdadeiramente aficionado, por…
Por tudo!
A isto o que é que há a acrescentar?
Remanesce, contudo, no espírito crítico dos portugueses, a nossa irredutível queda para o fatalismo. Quer queiramos, quer não, da ponta de Sagres à fronteira de Quintanilha regemo-nos, antes de mais, pelo fado. Choradinho, como convém, fatalista, retrato de frustrações e… impotência.
Para dar a volta às coisas, para, em vez de choramingar, arregaçar as mangas. Para, em vez de mendigar uma esmola, deitar braços ao trabalho.
Neste imenso deserto onde a falta de iniciativa escalda mais do que o sol em paisagem de areia, vem a destacar-se um homem: João Lagos.
Mandando às malvas o miserabilismo pelo qual nos regemos, consolidou um torneio internacional de ténis – que já conquistou o seu espaço –, trouxe para Lisboa (Portugal, para não ferir susceptibilidades de tacanhez hiperprovinciana) o famoso Dakar, lançou uma coisa nova que vai ser a Taça do Mundo de Vela e salvou o Ciclismo nacional ao deitar-lhe a mão.
Mas quem é que se atreve a duvidar das capacidades deste homem? Que eu conheço apenas das duas ou três apresentações da Volta a Portugal que cobri. Não lhe devo favores, nem ele precisa do meu apoio expresso.
E a pequenez do pensar lusitano fica bem retratada em comentários do género… “Mas havendo uma corrida ProTour em Portugal, neste momento só temos uma equipa que nela podia participar…” Pensamento imediatamente seguido de outro que bate ainda mais fundo no nosso provincianismo: “Ah… mas se tivessémos uma prova do ProTour, para o ano haveria muitas mais equipas a inscrever-se como Profissionais.”
Claro que haveria.
Se continuamos a enganar-nos com um pelotão pouco mais que amador (comparem-no com o amador de Espanha) só porque, sendo Continentais UCI as equipas podem correr a Volta… se tivéssemos uma prova ProTour em Portugal ultrapassaríamos a Itália e Espanha, e todos os outros países, em número de equipas Profissionais. Disso nem eu duvido.
Mas as questões que se põem são: podemos, ou não, ter uma prova do primeiro escalão – para abandonar de vez o termo ProTour – no calendário nacional? E seria isso benéfico para o Ciclismo português?
Sim! É a minha resposta a ambas.
Correndo o risco de desenterrar velhas dor de cotovelo a quem fez o que pôde para denegrir a realização de uns Campeonatos do Mundo de estrada no nosso País. (Embora eu creia que, se essa provável corrida fosse traçada a norte do Mondego congregaria o intelectual apoio daqueles.)
A isto o que é que há a acrescentar?
Remanesce, contudo, no espírito crítico dos portugueses, a nossa irredutível queda para o fatalismo. Quer queiramos, quer não, da ponta de Sagres à fronteira de Quintanilha regemo-nos, antes de mais, pelo fado. Choradinho, como convém, fatalista, retrato de frustrações e… impotência.
Para dar a volta às coisas, para, em vez de choramingar, arregaçar as mangas. Para, em vez de mendigar uma esmola, deitar braços ao trabalho.
Neste imenso deserto onde a falta de iniciativa escalda mais do que o sol em paisagem de areia, vem a destacar-se um homem: João Lagos.
Mandando às malvas o miserabilismo pelo qual nos regemos, consolidou um torneio internacional de ténis – que já conquistou o seu espaço –, trouxe para Lisboa (Portugal, para não ferir susceptibilidades de tacanhez hiperprovinciana) o famoso Dakar, lançou uma coisa nova que vai ser a Taça do Mundo de Vela e salvou o Ciclismo nacional ao deitar-lhe a mão.
Mas quem é que se atreve a duvidar das capacidades deste homem? Que eu conheço apenas das duas ou três apresentações da Volta a Portugal que cobri. Não lhe devo favores, nem ele precisa do meu apoio expresso.
E a pequenez do pensar lusitano fica bem retratada em comentários do género… “Mas havendo uma corrida ProTour em Portugal, neste momento só temos uma equipa que nela podia participar…” Pensamento imediatamente seguido de outro que bate ainda mais fundo no nosso provincianismo: “Ah… mas se tivessémos uma prova do ProTour, para o ano haveria muitas mais equipas a inscrever-se como Profissionais.”
Claro que haveria.
Se continuamos a enganar-nos com um pelotão pouco mais que amador (comparem-no com o amador de Espanha) só porque, sendo Continentais UCI as equipas podem correr a Volta… se tivéssemos uma prova ProTour em Portugal ultrapassaríamos a Itália e Espanha, e todos os outros países, em número de equipas Profissionais. Disso nem eu duvido.
Mas as questões que se põem são: podemos, ou não, ter uma prova do primeiro escalão – para abandonar de vez o termo ProTour – no calendário nacional? E seria isso benéfico para o Ciclismo português?
Sim! É a minha resposta a ambas.
Correndo o risco de desenterrar velhas dor de cotovelo a quem fez o que pôde para denegrir a realização de uns Campeonatos do Mundo de estrada no nosso País. (Embora eu creia que, se essa provável corrida fosse traçada a norte do Mondego congregaria o intelectual apoio daqueles.)
1 comentário:
Concordo totalmente...
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