VEM AÍ UMA NOVA ORDEM
Pegando no artigo anterior, juntando-lhe mais três ou quatro informações que se lêem aqui e ali, o VeloLuso pode “projectar” aquilo que, mais ano, menos ano, vai acontecer com o dito Ciclismo Profissional.
É evidente, para todos, que a UCI perdeu completamente o controlo sob a mais apetitosa das fatias do Ciclismo. A criação do ProTour foi a última e desesperada tentativa para conseguir manter em casa a galinha dos ovos de ouro.
A União Ciclista Internacional, enquanto “mãe” de todas as federações, com a única responsabilidade de aconchegar sob a sua asa de “mãe-galinha” toda a modalidade, não é nada de… apetecível. E a verdade – mas isso não acontece só no Ciclismo, atenção!!!! – é que está dado o sinal quando há gente que tenta perpetuar o seu lugar.
Hoje em dia já ninguém acredita no menino jesus.
A profissionalização – diria mais, a alta profissionalização – das modalidades gere, de há umas décadas a esta parte, dividendos que não são, de forma alguma desprezíveis. Daí o “sacrifício” – que às vezes tem de ser batalhado – de algumas figuras para… ficarem. Ficarem… eternamente. Mesmo que coloquem no topo figuras a que, geralmente, se chama… “testas de ferro”.
E isso acontece em nome do desenvolvimento da respectiva modalidade? – não estou só a falar a de Ciclismo –, claro que não.
É por demais evidente.
Por isso, ainda não há muitos dias, eu falei dos cartões de crédito sem plafond definido, das reuniões cirurgicamente marcadas para locais de intensa actividade social e – porque é verdade e por isso, disso falei – nas suites de luxo com direito a esculturais escorts.
É verdade!
Agora, e voltamos à pequena família do Ciclismo, o que é que aconteceu nos últimos anos?
Enquanto, com dois lamirés se comprometia um patrocinador para um período de quase uma década – e ao mesmo tempo que as grandes empresas deixaram de ser controladas por UM homem, o dono, senhor… única voz dentro da mesma estrutura empresarial, que até podia ser “dobrado” apenas por questões “sentimentais” – o panorama empresarial mudou.
Hoje as grandes empresas já não são geridas do escritório situado na divisão da casa ao lado da sala de estar. Há directores-gerais – que não são tão “gerais” quanto isso –, há conselhos de administração onde são várias as vozes com poder, há directores de marketing cujo desempenho é sujeito a avaliação, há directores de imagem… há toda uma cadeia que, de vez, eliminou a empresa unipessoal.
Hoje em dia, mesmo que se seja o dono de uma empresa, não se pode decidir sozinho. Acabou, em termos empresariais o “quero, posso… mando”.
Mas as estruturas federativas da maioria das modalidades SÓ agora atingiram esse patamar.
Quando há dez anos se chegava junto ao dono de uma empresa e se pediam 10 mil contos para fazer uma equipa… se o homem gostasse de ciclismo bastava um telefonema para a tesouraria e… o dinheiro estava disponível.
Agora tudo mudou.
E se complicou.
E chegámos à antecâmara daquilo que pode, mesmo, vir a redundar numa definitiva sesseção na estrutura mundial do Ciclismo.
O... sim, mas espera aí, talvez, entretanto… não sei, talvez… com certeza, mas sim claro!, o que é preciso? Ok… vamos ver… com certeza, não… sim… está controlado… esperem, foi apenas um caso… não…
É evidente, para todos, que a UCI perdeu completamente o controlo sob a mais apetitosa das fatias do Ciclismo. A criação do ProTour foi a última e desesperada tentativa para conseguir manter em casa a galinha dos ovos de ouro.
A União Ciclista Internacional, enquanto “mãe” de todas as federações, com a única responsabilidade de aconchegar sob a sua asa de “mãe-galinha” toda a modalidade, não é nada de… apetecível. E a verdade – mas isso não acontece só no Ciclismo, atenção!!!! – é que está dado o sinal quando há gente que tenta perpetuar o seu lugar.
Hoje em dia já ninguém acredita no menino jesus.
A profissionalização – diria mais, a alta profissionalização – das modalidades gere, de há umas décadas a esta parte, dividendos que não são, de forma alguma desprezíveis. Daí o “sacrifício” – que às vezes tem de ser batalhado – de algumas figuras para… ficarem. Ficarem… eternamente. Mesmo que coloquem no topo figuras a que, geralmente, se chama… “testas de ferro”.
E isso acontece em nome do desenvolvimento da respectiva modalidade? – não estou só a falar a de Ciclismo –, claro que não.
É por demais evidente.
Por isso, ainda não há muitos dias, eu falei dos cartões de crédito sem plafond definido, das reuniões cirurgicamente marcadas para locais de intensa actividade social e – porque é verdade e por isso, disso falei – nas suites de luxo com direito a esculturais escorts.
É verdade!
Agora, e voltamos à pequena família do Ciclismo, o que é que aconteceu nos últimos anos?
Enquanto, com dois lamirés se comprometia um patrocinador para um período de quase uma década – e ao mesmo tempo que as grandes empresas deixaram de ser controladas por UM homem, o dono, senhor… única voz dentro da mesma estrutura empresarial, que até podia ser “dobrado” apenas por questões “sentimentais” – o panorama empresarial mudou.
Hoje as grandes empresas já não são geridas do escritório situado na divisão da casa ao lado da sala de estar. Há directores-gerais – que não são tão “gerais” quanto isso –, há conselhos de administração onde são várias as vozes com poder, há directores de marketing cujo desempenho é sujeito a avaliação, há directores de imagem… há toda uma cadeia que, de vez, eliminou a empresa unipessoal.
Hoje em dia, mesmo que se seja o dono de uma empresa, não se pode decidir sozinho. Acabou, em termos empresariais o “quero, posso… mando”.
Mas as estruturas federativas da maioria das modalidades SÓ agora atingiram esse patamar.
Quando há dez anos se chegava junto ao dono de uma empresa e se pediam 10 mil contos para fazer uma equipa… se o homem gostasse de ciclismo bastava um telefonema para a tesouraria e… o dinheiro estava disponível.
Agora tudo mudou.
E se complicou.
E chegámos à antecâmara daquilo que pode, mesmo, vir a redundar numa definitiva sesseção na estrutura mundial do Ciclismo.
O... sim, mas espera aí, talvez, entretanto… não sei, talvez… com certeza, mas sim claro!, o que é preciso? Ok… vamos ver… com certeza, não… sim… está controlado… esperem, foi apenas um caso… não…
... é finito!
Com, por um lado, a mais alta estrutura federativa, a UCI, presa ao “tacho”;
Com, por um lado, a mais alta estrutura federativa, a UCI, presa ao “tacho”;
por outro, pressionada por outros que… não estão menos presos aos respectivos “tachos” do que ela própria… com os geradores de receitas a verem-se permanentemente em causa... não se admirem se, mais ano, menos ano – provavelmente, mais depressa do que aquilo que alguma vez pensaram – se decidam por adoptar figurinos já experimentados e que, ainda por cima, funcionam.
Exemplo académico: a National Basketball Assotiation. Ou a Fórmula 1.
Nem a primeira está sob a alçada institucional da Federação Internacional de Basquetebol, nem a segunda se integra na Federação Internacional de Automobilismo.
Dentro destas duas modalidades foi criada uma figura não prevista.
Exemplo académico: a National Basketball Assotiation. Ou a Fórmula 1.
Nem a primeira está sob a alçada institucional da Federação Internacional de Basquetebol, nem a segunda se integra na Federação Internacional de Automobilismo.
Dentro destas duas modalidades foi criada uma figura não prevista.
A da criação de ligas perfeitamente autónomas.
Com regras próprias.
Vai ser por aí que o Ciclismo vai “sair” da sua crise.
Vai ser por aí que o Ciclismo vai “sair” da sua crise.
Como disse, o ProTour – e hoje percebe-se perfeitamente porquê – foi a derradeira tentativa de manter o Ciclismo, ao seu mais alto nível, sob a alçada dos corredores de Aigle.
Falhou.
Então, o que é que vai acontecer?
Simples… e não demorará mais do que 24 meses, podem crer.
Um grupo de investidores, organizados – não como o ProTour, onde ainda eram as “equipas” a procurarem patrocinadores – vão dividir entre si uma dezena, dezena e meia de equipas que vão disputar um calendário completamente à margem daquilo que a UCI comanda.
Que “perigo” correm? Não serem admitidos nem nos Campeonatos do Mundo, nem nos Jogos Olímpicos.
O que podem fazer com todo o dinheiro que podem disponibilizar?
Criar um Circuito que nada ficará a dever, nem aos CM, nem aos JO.
Porquê?
Porque terão os melhores atletas nas suas corridas.
É o que acontece com a NBA que, ainda assim, é o modelo melhor… copiável.
Nos primeiros dois ou três anos – não acredito!, se calhar ganham logo desde o início… – têm de perder dinheiro, “comprando” as transmissões televisivas?
Mas isso será “prejuízo” previsto, para uma recuperação a curto prazo.
Não perceberam ainda?
Uma Liga Profissional de Ciclismo total e completamente FORA da UCI.
Com regras próprias.
Falhou.
Então, o que é que vai acontecer?
Simples… e não demorará mais do que 24 meses, podem crer.
Um grupo de investidores, organizados – não como o ProTour, onde ainda eram as “equipas” a procurarem patrocinadores – vão dividir entre si uma dezena, dezena e meia de equipas que vão disputar um calendário completamente à margem daquilo que a UCI comanda.
Que “perigo” correm? Não serem admitidos nem nos Campeonatos do Mundo, nem nos Jogos Olímpicos.
O que podem fazer com todo o dinheiro que podem disponibilizar?
Criar um Circuito que nada ficará a dever, nem aos CM, nem aos JO.
Porquê?
Porque terão os melhores atletas nas suas corridas.
É o que acontece com a NBA que, ainda assim, é o modelo melhor… copiável.
Nos primeiros dois ou três anos – não acredito!, se calhar ganham logo desde o início… – têm de perder dinheiro, “comprando” as transmissões televisivas?
Mas isso será “prejuízo” previsto, para uma recuperação a curto prazo.
Não perceberam ainda?
Uma Liga Profissional de Ciclismo total e completamente FORA da UCI.
Com regras próprias.
Incluindo, se necessário for – pelo menos por omissão –, deixando de fora a “cruzada” da AMA.
Se eu concordo?
Eu estou farto de dizer que o Ciclismo de Alta Competição, nos dias de hoje, é MAIS ESPECTÁCULO que desporto.
Estou farto!
Se eu concordo?
Eu estou farto de dizer que o Ciclismo de Alta Competição, nos dias de hoje, é MAIS ESPECTÁCULO que desporto.
Estou farto!
Qual foi a parte do “estou farto” que não perceberam?
Espectáculo paga-se.
Se, como no caso do Ciclismo, não há maneira de fazer cobrar entradas… paga-se de outra maneira.
Com chorudos e aliciantes contratos a celebrar com duas ou três redes de televisão. Que depois diluem esse investimento vendendo os respectivos direitos.
Num calendário onde vão estar os maiores nomes mundiais do Ciclismo e onde não vai haver escândalos.
Como os não há na NBA.
Porque a AMA, ou seja lá quem fôr… fica à porta.
Como?
Exactamente da mesma forma como agora – e sem que ninguém se escandalize – fica à porta dos pavilhões da NBA.
Pagando.
Ah, pois!!!!
Parem de ser ingénuos…
Mas, e para terminar, a salvação do Ciclismo de alta competição vai acontecer, mais vírgula, menos vírgula, tal qual a “desenhei” aqui.
Espectáculo paga-se.
Se, como no caso do Ciclismo, não há maneira de fazer cobrar entradas… paga-se de outra maneira.
Com chorudos e aliciantes contratos a celebrar com duas ou três redes de televisão. Que depois diluem esse investimento vendendo os respectivos direitos.
Num calendário onde vão estar os maiores nomes mundiais do Ciclismo e onde não vai haver escândalos.
Como os não há na NBA.
Porque a AMA, ou seja lá quem fôr… fica à porta.
Como?
Exactamente da mesma forma como agora – e sem que ninguém se escandalize – fica à porta dos pavilhões da NBA.
Pagando.
Ah, pois!!!!
Parem de ser ingénuos…
Mas, e para terminar, a salvação do Ciclismo de alta competição vai acontecer, mais vírgula, menos vírgula, tal qual a “desenhei” aqui.
Estou a ver o estrebuchar dos fundamentalistas da nossa praça.
E mesmo a ver o quanto vai causar comichão ao próximos patrões do Ciclismo o seu voto de “jamais verei uma corrida”.
Mentira, claro…
Mas o que vale mesmo é que isso não interessa lhes interessa nem uma caganita.
E mesmo a ver o quanto vai causar comichão ao próximos patrões do Ciclismo o seu voto de “jamais verei uma corrida”.
Mentira, claro…
Mas o que vale mesmo é que isso não interessa lhes interessa nem uma caganita.
Vai haver - e muita gente - quem veja.
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