quarta-feira, outubro 04, 2006

248.ª etapa


UMA QUESTÃO (PARA JÁ) SEM RESPOSTA


Se já falei da passagem da LA Alumínios da equipa da Charneca do Milharado para a cidade da Maia, falta falar da mudança da Riberalves para o Porto. Para o Boavista.
No primeiro caso, que até já tive oportunidade de abordar há alguns dias atrás, terá, como então escrevi, prevalecido a vontade de um patrocinador de procurar um novo desafio, deixando uma equipa que ajudou a formar e que, dez anos passados, conquistando por mérito próprio um estatuto já invejável, hoje é uma das potências do ciclismo português. Já escrevi sobre isto, por isso não vou voltar ao mesmo…

Em relação à mudança da Riberalves – provavelmente porque me faltarão elementos que ajudem ao meu julgamento – já dou comigo a pôr-me algumas questões.

Por exemplo, e lembro-me das palavras dos responsáveis (dos dois lados, equipa e empresa – porque estava lá, quando elas foram ditas), se se abraçou um projecto que nascia de raiz e ao qual se dava um certo prazo até que se solidificasse… porquê o abandono desse projecto ao fim de dois anos? Não, da parte do patrocinador, porque tivesse, repentinamente, deixado de acreditar no ciclismo, tanto que não foi que aí está, apoiando outra equipa. Não foi desacreditando no homem que dava a cara pelo projecto porque, aí está, ele segue – embora com outras funções – para a mesmíssima equipa para a qual o patrocinador se muda…

É evidente que existe neste momento uma pergunta à qual ainda ninguém respondeu (já terão perguntado?): porquê abandonar o Alcobaça e passar-se para o Boavista?

Aqui, creio estar perfeitamente claro que o clube do Bessa nada tem a ver com a mudança. É do conhecimento público que o “divórcio” entre a Riberalves e a equipa de Alcobaça foi atempadamente anunciado e que isso motivou uma autêntica “corrida” de várias equipas que tentaram “ganhar” o patrocínio da empresa de comercialização de bacalhau. O Boavista foi apenas uma – e nem foi a primeira, que isso eu sei – e foi a que acabou por ser mais feliz no seu intento. Nada, pois, a apontar em relação à conduta da equipa do professor José Santos. Num aparte, fiquei, como, acredito, toda a gente, muito satisfeito por saber que o ciclismo do Boavista vai continuar. Ao lado do Tavira, é a única equipa que sobra desde o tempo em que eu cheguei ao ciclismo. E o professor José Santos o único DD que se mantém no seu lugar desde há 16 anos (os que eu tenho de ciclismo, que o professor e o Boavista têm muitos mais).

Mas, e volto atrás, não deixa de existir uma pergunta no ar.
Que aconteceu no seio do Alcobaça para que, ao mesmo tempo que o director-desportivo abandonava a equipa, o patrocinador também saiu? Interrogação que se aviva quando vemos a mesma pessoa e o mesmo patrocinador de novo juntos noutra equipa.

Pode ser que alguém queira esclarecer estas interrogações.

1 comentário:

mzmadeira disse...

Talvez sobreviva... talvez...