
TROFÉUS "VELOLUSO" - 3
Já temos Corredores, já temos provas.
Estava garantida a existência do Ciclismo.
Mas não é assim tão fácil, nos dias de hoje.
O Ciclismo – eternamente “balançando”
entre o se será o mais colectivo dos desportos individuais (só ganha um!...) ou a mais individual das disciplinas colectivas – está organizado. É preciso que esteja organizado. E está-o… por equipas. E, se uma grande equipa pode não ser capaz de levar o seu candidato ao triunfo, quem ganha dificilmente
o faria sem ter uma boa equipa na retaguarda…

Porque foi a equipa com mais vitórias – 18, no total (pelo menos isso ninguém o poderá negar) – e porque muita pouca gente acreditaria que Manuel Zeferino conseguisse fazer uma

Amparando os mais novos aqui, dando um “empurrãozinho” aos mais experientes ali… conseguiu levar a água ao seu moínho. Ganhou sete corridas – entre elas, o Campeonato nacional, com o alentejano Bruno Pires – venceu 11 etapas, ao logo da temporada e apresentou-se na Volta com uma vitória, sempre importante, no Troféu Joaquim Agostinho (Danail Petrov), poucas semanas antes. Bruno Pires (que ganhou também a Volta a Trás-os-Montes), Danail Petrov, Pedro Cardoso, Pedro Andrade e Bruno Castanheira tiveram de, na Volta, “ensinar” o caminho aos jovens Bruno Lima, Afonso Azevedo, Rogério Batista e João Cabreira e, pese embora todo o jogo “psicológico” que Zeferino colocou no tabuleiro, a verdade é que pouco mais se podia esperar desta equipa que ultrapassou, e muito, aquilo que dela se esperava.


A equipa de Vítor Paulo Branco e Américo Silva, que não soube, é um facto, ultrapassar a ausência (forçada) de Cândido Barbosa em meia temporada – com tantos corredores de valor, como o são Rui Sousa, Nuno Ribeiro ou Luís Pinheiro (!!!), só como exemplo –, viu-se, chegada a Volta, na “obrigação” de jogar naqueles dez dias toda a temporada. As vitórias que antes conseguira, apenas uma em corridas por etapas – Jordi Grau, no GP Correios – não chegavam para “almofadar” a época e a equipa partiu para a Volta quase “obrigada” a ganhar. Depois, a “guerra psicológica” – principalmente com a Maia – saiu-lhe a descontento e, malgrado o ímpeto de Cândido Barbosa, a verdade é que estava “escrito” que esta Volta ia ser atípica. Marcando e tentando “provocar” uns adversários, saiam-lhe, diariamente, de onde menos se esperava, outros e foi preciso correr atrás do prejuízo. Mas a equipa fez uma grande Volta, na qual foi a que mais trabalhou. Os segundo e terceiro lugares na geral final, contudo, souberam a pouco.
Na “discussão” pelos segundo e terceiro lugares, mas aqui nesta apreciação, ganhou a DUJA-Tavira. Foi a grande surpresa, pela positiva, da última Volta, com aquele senão – que na altura

E pronto, em terceiro lugar – que não é nada desprestigiante – fica a Carvalhelhos-Boavista.
A equipa do professor José Santos foi a mais regular em toda a temporada e – não me lembro, mas também não vou ver!... – se não esteve em todos os pódios em todas as corridas, terá

Tiago Machado e Manuel Cardoso foram os seus corredores mais em destaque, mas Ben Day, Célio Sousa, Virgílio Santos e o “eterno” Joaquim Sampaio souberam protagonizar um sempre consistente apoio aos seus jovens colegas, levando a equipa do Porto a chegar ao final com um balanço que só pode ser positivo. E vendo à sua frente um futuro radioso, tal a qualidade dos seus elementos mais jovens.
(continua)
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